Enquanto a presidente da
República discursava, em cadeia de rádio e televisão, várias cidades
brasileiras promoviam buzinaço e panelaço, em protesto contra o desempenho dela
no comando da nação. O destaque ficou por conta da capital paulista, que tem
sido, há algum tempo, o epicentro das críticas não somente ao governo, mas
também ao PT.
Há
nítida evidência de que o governo e o PT vêm, de forma progressiva, perdendo
terreno não somente na simpatia dos paulistanos, mas também dos brasileiros que
se interessam em conhecer e acompanhar o desempenho da presidente na
administração do país e perceber os estragos causados por ela na condução das
políticas públicas, notadamente da fragilização da economia, que foi
descarrilhada direto para terrível atoleiro, que a petista se mostra impotente
para repô-la no rumo correto, conforme manda o figurino da administração
eficiente.
Não há dúvida de que
cresce, no país, rejeição à gestão da petista, justamente em razão dos pífios
resultados econômicos e, de resto, das políticas públicas, em conjuminância com
os atos de corrupção detectados na Petrobras, que cada dia contribuem para
trucidar a tranquilidade dela. As surpreendentes reações ao pronunciamento
presidencial têm o condão de sinalizar que existe enorme possibilidade de
gigantescos protestos contra o governo e o PT, no próximo domingo.
Trata-se de indiscutível
alerta sobre a deterioração do cenário político da presidente do país, que
funciona em prejuízo dos planos dela e do PT, servindo como clara advertência
sobre a urgente necessidade da melhora da administração do país, sob pena de se
agravar perigosamente a grave situação, que já é periclitante.
A inabilidade e o visível
desconhecimento sobre a realidade político-administrativa da presidente
brasileira são notórios, a ponto de ela cometer o lapso de quebrar os
compromissos de campanha e ter a insensibilidade de atribuir a culpar pela grave
situação econômica e de credibilidade à crise internacional e à falta de
chuvas, como se os brasileiros fossem parasitas e imbecis que não tivessem
condições de perceber que somente esses fatos não seriam capazes de acobertar a
incompetência administrativa e gerencial do governo, quando é sabido que as
nações estrangeiras estão passando por progressiva recuperação econômica, fato
que descarta qualquer reflexo desses casos com a crise tupiniquim.
Durante a recente campanha
eleitoral, a candidata petista era só otimismo e apregoava que o país vivia às
mil maravilhas, sem a influência dos casos por ela agora elencados, mas tão de
repente, a petista “percebeu” que há crise no país que exige a adoção de
medidas econômicas duras e o sacrifício da sociedade, para a qual a presidente
pediu confiança e atribuiu parcela de responsabilidade para a superação das
dificuldades.
Mesmo no fundo do poço, com
o país atolado em plena crise de governabilidade, conforme atestam os
entendidos de administração pública, economia, política, verdade, sinceridade e
tudo o mais que possa certificar a realidade dos fatos, a presidente da
República não teve sensibilidade para reconhecer a patente ineficiência da sua
gestão e da sua visível incapacidade para solucionar as graves questões que
grassam na administração do país, quando todos os indicadores sinalizam para a
vastidão de deficiência e precariedade.
Contudo, ao invés de compreender
e assimilar a gravidade da situação no âmbito da administração, onde deveria
ser solucionada por mecanismo próprio do governo, a mandatária do país vem
dizer que se trata de "marolinha" passageira, a crise não tem a
dimensão que os pessimistas alardeiam e a sociedade precisa colaborar para o
país sair do atoleiro, quando o governo continua com impávido, sem atentar para
o fato de que a crise foi originada pela incapacidade gerencial dele, que tem o
primacial dever de sacrificar os variados programas ineficientes e ineficazes,
principalmente a exagerada quantidade de ministérios e cargos comissionados,
que servem tão somente para a manutenção do enorme cabide de empregos, sem a
menor contribuição ou benefício para o interesse comum da sociedade.
É absolutamente inadmissível
a existência do absurdo de quase quarenta ministérios, sendo que a absoluta
maioria não tem nenhuma utilidade senão para acomodar os aliados da base de
sustentação do governo, em verdadeiro sistema escandaloso conhecido como
espúrio fisiologismo de conveniência, em total desprezo aos salutares
princípios da eficiência e da dignidade na administração pública.
Causa perplexidade se
verificar a falta de humildade da presidente de não ter sensibilidade para poupar
o sentimento dos brasileiros, que são submetidos a uma das mais elevadas cargas
tributárias do mundo e o desgaste de merecer prestação dos serviços públicos de
péssima qualidade e em precárias condições, em forma de saúde, educação,
segurança pública, saneamento básico, infraestrutura etc., a qual não chega nem
perto do que são prestados nas piores republiquetas, onde a carga tributária se
encontra em nível civilizado e compatível com a capacidade contributiva da
sociedade. .
Faltou sensibilidade à presidente para
reconhecer que seu governo não corresponde ao status de potência econômica
situada no sétimo patamar da economia do mundo, principalmente à vista da
importante avaliação do Índice de Desenvolvimento Humano, que tem o condão de expor
o grau de lástima e de penúria da população, que merece ser governada com
competência digna de valorização do ser humano.
No mais, a realidade nua e
crua aponta, de forma tristonha e lamentável, para a confirmação do velho e sempre
lembrado adágio popular segundo o qual "o povo tem o governo que merece", à vista da situação caótica que
se encontra o país, sem dúvida fruto de má governança, com reflexos prejudiciais
às atividades politico-administrativas, que foram indiscutivelmente deterioradas,
e não da falta de chuva e da crise internacional, que sequer deveriam ter sido
citadas para acobertar deficiências governamentais.
Compete à sociedade, no âmbito do seu dever cívico,
avaliar o desempenho e a atuação do administrador do país, quanto à sua
capacidade e competência para priorizar as políticas públicas e encontrar
solução para as questões de afetam as estruturas econômicas do país, e se
manifestar com responsabilidade sobre a necessidade das mudanças e das reformas
capazes de contribuir para reparação das incorreções e das deficiências na
condução da administração do país, como forma de salvaguardar os interesses da
população e da nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de março de
2015
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