Ao se manifestar pela primeira vez após os
surpreendentes protestos que invadiram as ruas do país, a presidente brasileira
fez questão de lembrar sua participação nos movimentos terroristas contra o
regime militar e se disse feliz por ver a liberdade de expressão nas ruas, numa
alusão totalmente fora de contexto.
Ela disse que "Ontem, quando eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando,
não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena
lutar pela democracia. Este país está mais forte que nunca. Muitos da minha
geração deram a vida para que o povo pudesse ir às ruas se expressar. Eu,
particularmente, participei e tenho a honra de ter participado dos processos de
resistência da ditadura".
Para o bem da verdade, os fatos históricos evidenciam que a petista, em absoluto, não
teria lutado pela democratização do país, porque consta que ela participou de
atividades de implacável terrorismo, tendo o deliberado propósito de rebeldia
contra o regime de então, quando seus grupos explodiam bombas em locais
públicos, assaltavam bancos, matavam inocentes e, enfim, disseminavam violência
com a primacial finalidade de implantar, no Brasil, o regime comunista do
proletariado, pelo enfrentamento do regime militar.
Acreditar-se nesse pensamento inverídico da
presidente não passa de tremendo retrocesso dos princípios da dignidade e da
honestidade para com os fatos históricos, que são muito claros mostrando os
verdadeiros objetivos dos terroristas, que não visavam, em absoluto, à
redemocratização, mas sim à implantação do comunismo no país.
A presidente do país precisa compreender, isto sim, que
as manifestações foram realizadas por força da maneira deplorável como ela vem
administrando a nação, a ensejar que a população se insurgisse contra a falta
de competência na condução das políticas públicas, em especial das políticas
econômicas, que foram completamente destroçadas no primeiro mandato dela, que
fez tudo para investir maciçamente no seu exclusivo projeto de perenidade no
poder, com a estruturação de órgãos públicos em quantidade absolutamente
desnecessária.
A exagerada quantidade de ministérios é mantida tão
somente para o atendimento do excrescente sistema fisiológico
institucionalizado na administração do país, como forma de se assegurar apoio
político aos projetos e objetivos do governo, quanto à perenidade no poder.
Até o momento, o governo petista vem fazendo
política para a satisfação do bem pessoal e partidário, como forma de acomodar
os interesses partidários e da classe dominante, sem a menor preocupação com o
bem comum da população, salvo alguma exceção, também na conveniência política.
Induvidosamente, a sociedade agora teve coragem e
dignidade para ir às ruas e mostrar que tudo tem limite e a incompetência governamental
se enquadra nesse limite de tolerância, que extrapolou o critério de
razoabilidade e racionalidade.
É completamente inadmissível que a presidente se
apresente, agora, como verdadeira heroína dos brasileiros, como se tivesse
contribuído, como terrorista, para o povo poder sair às ruas, quando, na
verdade, a demonstração de indignação da sociedade é devido à desastrosa condução
das políticas públicas desse governo, que, se tivesse a mínima competência,
teria evitado o caos na administração do país e, de consequência, as
manifestações, porque não haveria necessidade de se dizer que ninguém aguenta
mais tanta precariedade na governança do país e que urge a adoção de medidas concretas,
efetivas e eficientes para sanar as graves questões que contribuíram para
deteriorar os mecanismos de desenvolvimento econômico.
Não se admite mais que a sociedade continue
submetida ao terrível sacrifício, com os juros altos, o descontrole da
inflação, o aumentos descomunal das tarifas de energia, a exorbitância dos
preços dos combustíveis, quando alhures o mandatário do país ufanava-se em
ressaltar a autossuficiência do petróleo, entre outras penalidades à sociedade,
que exige que o governo se sensibilize e se conscientize de que a estrutura do
Estado e a administração do país precisam, com urgência, não por sacrifício,
mas por reformas profundas e abrangentes, com a diminuição de muitos
ministérios inúteis, desnecessários, improdutivos e onerosos; a ocupação dos órgãos
públicos pelo exclusivo sistema do mérito e da capacidade
técnico-administrativa; a extinção do abominável sistema do fisiologismo na
administração pública; a racionalização da carga tributária, de modo que haja
justiça social e seu enquadramento aos limites da capacidade contributiva dos
contribuintes; e que os demais sistemas político-administrativos sejam
aperfeiçoados e modernizados, para o bem da sociedade e do país.
Não
se pode mais tolerar, em pleno século XXI, que maus políticos tentem distorcer
a realidade dos fatos, como forma de pretender tirar o foco sobre os acontecimentos
e se beneficiar de algo inexistente, como no caso da presidente do país que
ressalta situação fantasiosa e se refere à incompetência e corrupção como se
não tivesse conhecimento de nada e se isso não fosse exatamente o pivô da lastimável
gestão petista.
É
impressionante, mesmo diante de situação de extrema gravidade, políticos se
referirem à ética e moralidade, como se a vergonhosa e desgraçada gestão do
país não tivesse acontecendo justamente por falta desses princípios e como se a
tragédia ocorresse, na verdade, em mundo distante do Brasil.
Urge que sejam escoimados os gargalos que contribuem,
de maneira efetiva, para a falta de investimentos em obras públicas, por força
da desindustrialização, falta de competitividade, retirada do capital
estrangeiro e de tudo o mais que tem sido objeto de entrave ao desenvolvimento
do país, que tende cada vez mais a regredir na forma vislumbrada por estadista
com mentalidade do passado negro e destruidor da humanidade, que precisa ser repaginado
com urgência, inclusive com essa incorreta e distorcida ideia de luta pela
democratização do país, quando os fatos históricos mostram os reais sentimentos
de comunização do Brasil, em clamoroso detrimento dos princípios da dignidade e
da civilidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 18 de março de 2015
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