quarta-feira, 18 de março de 2015

Lutar pela liberdade?

Ao se manifestar pela primeira vez após os surpreendentes protestos que invadiram as ruas do país, a presidente brasileira fez questão de lembrar sua participação nos movimentos terroristas contra o regime militar e se disse feliz por ver a liberdade de expressão nas ruas, numa alusão totalmente fora de contexto.
Ela disse que "Ontem, quando eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando, não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena lutar pela democracia. Este país está mais forte que nunca. Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse ir às ruas se expressar. Eu, particularmente, participei e tenho a honra de ter participado dos processos de resistência da ditadura".
Para o bem da Parte superior do formulárioParte inferior do formulárioverdade, os fatos históricos evidenciam que a petista, em absoluto, não teria lutado pela democratização do país, porque consta que ela participou de atividades de implacável terrorismo, tendo o deliberado propósito de rebeldia contra o regime de então, quando seus grupos explodiam bombas em locais públicos, assaltavam bancos, matavam inocentes e, enfim, disseminavam violência com a primacial finalidade de implantar, no Brasil, o regime comunista do proletariado, pelo enfrentamento do regime militar.
Acreditar-se nesse pensamento inverídico da presidente não passa de tremendo retrocesso dos princípios da dignidade e da honestidade para com os fatos históricos, que são muito claros mostrando os verdadeiros objetivos dos terroristas, que não visavam, em absoluto, à redemocratização, mas sim à implantação do comunismo no país.
A presidente do país precisa compreender, isto sim, que as manifestações foram realizadas por força da maneira deplorável como ela vem administrando a nação, a ensejar que a população se insurgisse contra a falta de competência na condução das políticas públicas, em especial das políticas econômicas, que foram completamente destroçadas no primeiro mandato dela, que fez tudo para investir maciçamente no seu exclusivo projeto de perenidade no poder, com a estruturação de órgãos públicos em quantidade absolutamente desnecessária.
A exagerada quantidade de ministérios é mantida tão somente para o atendimento do excrescente sistema fisiológico institucionalizado na administração do país, como forma de se assegurar apoio político aos projetos e objetivos do governo, quanto à perenidade no poder.
Até o momento, o governo petista vem fazendo política para a satisfação do bem pessoal e partidário, como forma de acomodar os interesses partidários e da classe dominante, sem a menor preocupação com o bem comum da população, salvo alguma exceção, também na conveniência política.
Induvidosamente, a sociedade agora teve coragem e dignidade para ir às ruas e mostrar que tudo tem limite e a incompetência governamental se enquadra nesse limite de tolerância, que extrapolou o critério de razoabilidade e racionalidade.
É completamente inadmissível que a presidente se apresente, agora, como verdadeira heroína dos brasileiros, como se tivesse contribuído, como terrorista, para o povo poder sair às ruas, quando, na verdade, a demonstração de indignação da sociedade é devido à desastrosa condução das políticas públicas desse governo, que, se tivesse a mínima competência, teria evitado o caos na administração do país e, de consequência, as manifestações, porque não haveria necessidade de se dizer que ninguém aguenta mais tanta precariedade na governança do país e que urge a adoção de medidas concretas, efetivas e eficientes para sanar as graves questões que contribuíram para deteriorar os mecanismos de desenvolvimento econômico.
Não se admite mais que a sociedade continue submetida ao terrível sacrifício, com os juros altos, o descontrole da inflação, o aumentos descomunal das tarifas de energia, a exorbitância dos preços dos combustíveis, quando alhures o mandatário do país ufanava-se em ressaltar a autossuficiência do petróleo, entre outras penalidades à sociedade, que exige que o governo se sensibilize e se conscientize de que a estrutura do Estado e a administração do país precisam, com urgência, não por sacrifício, mas por reformas profundas e abrangentes, com a diminuição de muitos ministérios inúteis, desnecessários, improdutivos e onerosos; a ocupação dos órgãos públicos pelo exclusivo sistema do mérito e da capacidade técnico-administrativa; a extinção do abominável sistema do fisiologismo na administração pública; a racionalização da carga tributária, de modo que haja justiça social e seu enquadramento aos limites da capacidade contributiva dos contribuintes; e que os demais sistemas político-administrativos sejam aperfeiçoados e modernizados, para o bem da sociedade e do país.
Não se pode mais tolerar, em pleno século XXI, que maus políticos tentem distorcer a realidade dos fatos, como forma de pretender tirar o foco sobre os acontecimentos e se beneficiar de algo inexistente, como no caso da presidente do país que ressalta situação fantasiosa e se refere à incompetência e corrupção como se não tivesse conhecimento de nada e se isso não fosse exatamente o pivô da lastimável gestão petista.
É impressionante, mesmo diante de situação de extrema gravidade, políticos se referirem à ética e moralidade, como se a vergonhosa e desgraçada gestão do país não tivesse acontecendo justamente por falta desses princípios e como se a tragédia ocorresse, na verdade, em mundo distante do Brasil.
Urge que sejam escoimados os gargalos que contribuem, de maneira efetiva, para a falta de investimentos em obras públicas, por força da desindustrialização, falta de competitividade, retirada do capital estrangeiro e de tudo o mais que tem sido objeto de entrave ao desenvolvimento do país, que tende cada vez mais a regredir na forma vislumbrada por estadista com mentalidade do passado negro e destruidor da humanidade, que precisa ser repaginado com urgência, inclusive com essa incorreta e distorcida ideia de luta pela democratização do país, quando os fatos históricos mostram os reais sentimentos de comunização do Brasil, em clamoroso detrimento dos princípios da dignidade e da civilidade. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 18 de março de 2015

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