sexta-feira, 13 de março de 2015

Agressão aos princípios democráticos

A coordenação nacional do MST confirmou que o movimento vai participar em peso do ato público que ocorre nesta data, em defesa da Petrobras e contra o impeachment da presidente da República.
A confirmação veio em resposta à convocação do ex-presidente da República petista, quando ele insinuou sobre a mobilização do "exército" do líder do MST, que vem agora confirmar a sua disposição de participar do ato, deixando claro que se trata de “defesa das instituições democráticas e não do governo Dilma, do qual é crítico.”.
O coordenador do MST afirmou que "Não é problema de defender governo, não. Nós vamos defender a democracia, a institucionalidade. Houve uma eleição legítima, uma maioria clara e essa institucionalidade para o bem do país e da democracia deve ser defendida. A presidente foi reeleita com toda legitimidade, o que falta a ela é que nestes dois meses eles ainda não anunciaram nenhuma medida concreta que beneficie o povo. Então é essa estupefação porque Dilma foi reeleita para seguir um programa de melhorias para o povo e até agora o governo está inerte".
Na opinião dele, "O governo foi reeleito em outubro do ano passado para fazer reformas em favor do povo. Os conservadores ganharam a maioria do Congresso e usam essa maioria para manter o governo acuado".
Em conclusão, ele afirmou que "A expressão exército é um verbete que se aplica a muitas coisas. É contingente. E naquele ato o Lula animado chamou a gente de exército. O próprio (Karl) Marx chamava os pobres de exército industrial de reserva." e "Somos um país democrático. Todo mundo pode se manifestar desde que respeite o direito dos outros".
Chega a ser risível que comunista radical empregue, com bastante frequência, o sublime verbete da democracia, que é princípio doutrinário que se fundamenta no respeito às liberdades populares e aos direitos humanos, funcionando modernamente como norteadora da paz e da não violência, exatamente a antítese das práticas dominantes na conduta desse cidadão, que tem sido a sua forma preferencial para o incitamento dos movimentos populares à agressão, ao desrespeito à ordem pública, à propriedade e aos direitos humanos, em cristalino menosprezo à lei, à ordem social, às autoridades constituídas e aos princípios democráticos, que não se encaixam em absoluto nas práticas do MST.
          É mais do que consabido que, no Estado Democrático de Direito, as atividades radicalizantes do regime comunista não contribuem para o aperfeiçoamento dos princípios democráticos, de vez que eles são práticas completamente antagônicas, sendo que os atos agressivos e violentos comumente adotados pelo MST não condizem com a modernidade dos princípios de civilidade e das importantes conquistas da humanidade.
Não há a menor dúvida de que o MST tem todo direito de reivindicar o quinhão de terra para a produção e a sobrevivência com dignidade para aqueles que realmente querem viver em paz e tranquilidade na sua propriedade rural, mas, a realidade mostra que, na prática, não é bem exatamente isso o que acontece com esse movimento, quando o seu principal líder, que deveria servir de espelho e exemplo para seus comandados, é cidadão proprietário de fortuna - em contraste com seus liderados -, sem produzir pessoalmente sequer um grão de alimento para o seu sustento, que seria exatamente o objeto primacial tratado no movimento por ele dirigido, fato a revelar completo desrespeito aos princípios democráticos que, por sua conduta de violência e de desprezo ao Estado Democrático de Direito, jamais ele deveria se referir tanto ao sagrado verbete da democracia, por não haver o mínimo de harmonia entre o que ele fala e o que pratica.
A sociedade precisa deixar claro para o coordenador do MST que o regime democrático tem como princípio fundamental o estrito respeito ao ordenamento jurídico do país, às autoridades constituídas, aos direitos humanos, aos patrimônios público e privado e às condutas de civilidades e de humanidades, que são constantemente violados e agredidos por esse movimento que vive à custa exatamente daqueles que são responsáveis pela sua manutenção e objeto de constantes agressões. Acorda, Brasil! 
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 13 de março de 2015

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