A coordenação nacional do MST confirmou que o movimento vai participar em peso do
ato público que ocorre nesta data, em defesa da Petrobras e contra o
impeachment da presidente da República.
A confirmação veio em resposta à convocação do
ex-presidente da República petista, quando ele insinuou sobre a mobilização do
"exército" do líder do MST, que vem agora confirmar a sua disposição
de participar do ato, deixando claro que se trata de “defesa das instituições
democráticas e não do governo Dilma, do qual é crítico.”.
O coordenador do MST afirmou que "Não é problema de defender governo, não. Nós
vamos defender a democracia, a institucionalidade. Houve uma eleição legítima,
uma maioria clara e essa institucionalidade para o bem do país e da democracia
deve ser defendida. A presidente foi
reeleita com toda legitimidade, o que falta a ela é que nestes dois meses eles
ainda não anunciaram nenhuma medida concreta que beneficie o povo. Então é essa
estupefação porque Dilma foi reeleita para seguir um programa de melhorias para
o povo e até agora o governo está inerte".
Na opinião dele, "O governo foi reeleito em outubro do ano passado para fazer reformas em
favor do povo. Os conservadores ganharam a maioria do Congresso e usam essa
maioria para manter o governo acuado".
Em conclusão, ele afirmou que "A expressão exército é um verbete que se
aplica a muitas coisas. É contingente. E naquele ato o Lula animado chamou a
gente de exército. O próprio (Karl)
Marx chamava os pobres de exército industrial de reserva." e "Somos um país democrático. Todo mundo pode
se manifestar desde que respeite o direito dos outros".
Chega a ser risível que comunista radical empregue, com
bastante frequência, o sublime verbete da democracia, que é princípio
doutrinário que se fundamenta no respeito às liberdades populares e aos
direitos humanos, funcionando modernamente como norteadora da paz e da não
violência, exatamente a antítese das práticas dominantes na conduta desse cidadão,
que tem sido a sua forma preferencial para o incitamento dos movimentos populares
à agressão, ao desrespeito à ordem pública, à propriedade e aos direitos humanos,
em cristalino menosprezo à lei, à ordem social, às autoridades constituídas e
aos princípios democráticos, que não se encaixam em absoluto nas práticas do
MST.
É
mais do que consabido que, no Estado Democrático de Direito, as atividades
radicalizantes do regime comunista não contribuem para o aperfeiçoamento dos
princípios democráticos, de vez que eles são práticas completamente
antagônicas, sendo que os atos agressivos e violentos comumente adotados pelo
MST não condizem com a modernidade dos princípios de civilidade e das importantes
conquistas da humanidade.
Não há a menor dúvida de que o MST tem todo direito
de reivindicar o quinhão de terra para a produção e a sobrevivência com
dignidade para aqueles que realmente querem viver em paz e tranquilidade na sua
propriedade rural, mas, a realidade mostra que, na prática, não é bem
exatamente isso o que acontece com esse movimento, quando o seu principal líder,
que deveria servir de espelho e exemplo para seus comandados, é cidadão
proprietário de fortuna - em contraste com seus liderados -, sem produzir
pessoalmente sequer um grão de alimento para o seu sustento, que seria
exatamente o objeto primacial tratado no movimento por ele dirigido, fato a revelar
completo desrespeito aos princípios democráticos que, por sua conduta de
violência e de desprezo ao Estado Democrático de Direito, jamais ele deveria se
referir tanto ao sagrado verbete da democracia, por não haver o mínimo de
harmonia entre o que ele fala e o que pratica.
A sociedade precisa deixar claro para o coordenador
do MST que o regime democrático tem como princípio fundamental o estrito
respeito ao ordenamento jurídico do país, às autoridades constituídas, aos
direitos humanos, aos patrimônios público e privado e às condutas de
civilidades e de humanidades, que são constantemente violados e agredidos por
esse movimento que vive à custa exatamente daqueles que são responsáveis pela
sua manutenção e objeto de constantes agressões. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de março de 2015
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