sexta-feira, 20 de março de 2020

A difícil missão dos brasileiros?


Não há a menor dúvida de que, quanto mais informação sobre o famigerado coronavírus, será de muita valia para a população, que precisa se inteirar tanto sobre os sintomas, a forma de transmissão e precauções a serem adotadas como a sua responsabilidade primária dos cuidados para se evitar o contágio com o vírus.
É justamente com esse propósito que elaboro mais uma crônica, trazendo alguns detalhes sobre esse poderoso e assustador vírus, mais do que temido pelo governo como pela população, com absoluta e razoável razão, diante da sua ação devastadora contra o ser humano, à vista das notícias vindas além-mar.
Pois bem, os especialistas explicam que, nos casos de consequência mais grave, o coronavírus precisa percorrer longo caminho até alcançar o pulmão, onde começa a causar os piores estragos à saúde desse órgão, debilitando-o por completo.
Segundo os especialistas, o coronavírus atua da mesma forma que outros vírus respiratórios, como o da gripe, por exemplo, com a diferença de que os seus efeitos podem ser muito violentos, em razão da inexistência de medicação capaz de anulá-lo.
A entrada do coronavírus no corpo humano se dá pelas vias aéreas superiores, como nariz e garganta, por exemplo, sendo comum o paciente manifestar sintomas nesses lugares, na forma de coriza e dor de garganta, sintomas estes que aparecem na maior parte dos casos e termina por aí, sem maiores consequências.
O avanço do coronavírus acontece para valer em quantidade bem reduzida, passando a complicar a situação, porquanto ele consegue avançar e as vias aéreas inferiores, como a traqueia, os brônquios, onde ele pode causar inflamação, e os alvéolos, que são pequenas estruturas que compõem o pulmão e funcionam levando o oxigênio à corrente sanguínea.
Um pneumologista esclareceu que “Nos casos graves, que são mais raros, ele causa insuficiência respiratória, por conta do comprometimento dos alvéolos. O vírus age fazendo com que se acumule líquido nos alvéolos, no lugar de ar, e causando insuficiência respiratória.”.
O médico também informou que "A situação pode variar de quadros mais leves, em que uma pequena parte do pulmão é afetada, até casos mais graves, quando uma grande parte dos dois pulmões fica comprometida".
O mesmo especialista disse que o tratamento médico é ministrado em conformidade com a gravidade do paciente, podendo, conforme o caso, exigir a aplicação de cateter ou até ventilação mecânica, em casos mais graves.
O médico também esclareceu que, “Apesar de a Covid-19 nem sempre atingir os pulmões, alguns pacientes recuperados tiveram danos na função pulmonar, de acordo com os médicos do Hospital Princess Margaret, de Hong Kong.“, com redução de 20% a 30% na capacidade respiratória de pacientes que se recuperaram do novo coronavírus.
De acordo com a experiência médica, as formas de transmissão do coronavírus são pelo ar, por contato e superfície não higienizada.
O contágio pelo ar é feito mediante gotículas de saliva com o vírus, que sai no espirro, na tosse, no catarro, e na fala.
As gotículas com o vírus entram em contato com mucosas, como boca, olhos e nariz, ocorrendo a infecção.
A transmissão por contato se dá pelo beijo, pela troca direta de saliva com o vírus; pelo aperto e mão, onde o vírus na pele entra em contato com olho, nariz ou boca.
O contágio pelo abraço se dá por gotículas da fala, que entra em contato com a mucosa, como a boca, o nariz ou o olho.
Já o contágio com superfície não higienizada é assimilado pelas mãos, que é passada em local contaminado e o vírus é conduzida para a mucosa, como a boca, o nariz ou os olhos.
A infecção também pode ser contraída pela ingestão de carnes de animais silvestres, ainda não identificados.
Os sintomas do coronavírus são bastante variados, mas os mais comuns já conhecidos são a tosse (seca ou com secreção) e febre acima de 37*.
Também há outros possíveis sintomas, como dores no corpo, congestionamento nasal, inflamação da garganta e diarreia.
Em linhas gerais, eis as principais e marcantes características do assombroso coronavírus, cujo rastro por onde tem andado já conseguiu demonstrar poder devassador do ser humano, que não resistido a sua violência de letalidade.
Tem absoluta razão o governo brasileiro em procurar se cercar de todos os cuidados possíveis e imagináveis, na tentativa de controlar a virulência dessa perversa e impiedosa chaga do século, que já conseguiu causar muitas mortes e contagiar centenas de brasileiros, em muito pouco tempo, conforme mostra o noticiário, atualizado a todo instante.
Em síntese, trata-se de situação bastante complexa e de difícil condução, em razão das enormes dificuldades do controle por meio de políticas públicas tradicionais, sob a ingerência governamental, que tem procurado, a bem da verdade, adotar os mecanismos que estão  sob o seu alcance, em forma de disciplinamento sobre as atividades inerentes ao combate ao coronavírus, mas, por mais que seus esforços sejam feitos nesse sentido muito dificilmente o governo sozinho será capaz de evitar o pior, a exemplo do que tem acontecido nos países com muitos casos, como a Itália, onde a situação já evidencia verdadeira calamidade humanitária.
É preciso que os brasileiros se conscientizem sobre a real gravidade da questão envolvendo o coronavírus, para o fim de compreender que o efetivo combate a essa peste depende da integral mobilização da sociedade, que precisa se solidarizar ao máximo às políticas públicas adotadas pelo governo, aderindo, com a maior fidelidade possível, às orientações e aos aconselhamentos que forem necessários para se minimizarem ao extremo os efeitos maléficos dessa inevitável pandemia, inclusive aceitando espontaneamente as quarentenas compulsórias, certamente em benefício de todos os brasileiros.
Brasília, em 20 de março de 2020

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