segunda-feira, 23 de março de 2020

O povo precisa de esperança


Com alegria no coração, manifestei agradecimento ao caro comunicador João Neto, diante da sensibilidade dele sobre o importante conteúdo da crônica intitulada “A corrida contra o tempo”, que gentilmente foi publicada no conceituado portal Uiraúna.Net.
O texto em questão mostra situação muito difícil, em que o povo de Uiraúna terá dificuldade para atender, de maneira satisfatória, a proibição oficial de as pessoas ficarem em casa, em forma de isolamento social, diante da necessidade de abastecer a sua casa de água e isso somente é possível se elas saírem para pegar água na via pública.
Convém que a população dessa cidade se mobilize e faça forte e explícita pressão, por meio de mensagens enviadas ao prefeito nas redes sociais e nos sites da prefeitura, no sentido de que ele sinta na pele o drama pelo qual a população é obrigada a enfrentar, em especial de não puder evitar o contato social, posto que precisa da água para sobreviver e resolver problemas de higienização do lar, além de estar exposta ao eventual contato com o temível coronavírus.
Por certo, mesmo que haja alguma mobilização por parte da sociedade, dificilmente o penoso desastre referente à paralisação do fornecimento da água encanada poderá não ser solucionado tão urgentemente como se deseja a população bastante sacrificada, por culpa da incompetência administrativa, mas, pelo menos, fica o registro sobre a insatisfação do povo, em cristalina demonstração de que não suporta mais tanto descaso que levou ao seu sofrimento, que seria evitável e poderia sim nem estar existindo, caso tivessem sido adotadas as providências recomendáveis ao cuidado e ao zelo sobre a manutenção do reservatório de água, inclusive com o seu reabastecimento, com o que teria se evitado a situação caótica impingida aos uiraunenses.
Apela-se ao prefeito de Uiraúna que venha a público para tranquilizar a população, o mais breve possível, para anunciar as medidas urgentes que o seu governo adotou para possibilitar, o mais rapidamente, o imprescindível abastecimento da cidade, pela via civilizada e moderna de água encanada, de modo a se evitar transtornos à vida da pacata população, que não terá tranquilidade enquanto essa calamidade humanitária não for solucionada em definitivo.
É preciso que o prefeito ou quem de direito faça alguma coisa e urgente, porque é extremamente angustiante o silêncio das autoridades públicas sobre matéria de extrema urgência e gravidade, permitindo se compreender a existência de completas omissão e incompetência administrativas, em razão da falta de transparência sobre os fatos que são do interesse público, como nesse caso do abastecimento da cidade, que precisa de urgente solução.
Convém que as autoridades públicas tenham competência para mostrar para a sociedade as causas dos principais problemas existentes, nos seus mínimos detalhes, a exemplo da falta de água, com os devidos esclarecimentos sobre o que precisa para a solução, porque é sabido, por óbvio, que a primeira alternativa é o ajuntamento de muita água na Barragem de Capivara.
Agora, como isso não tem sido possível, em que pesem as chuvas quase que constantes, é preciso se dizer à população quais as alternativas X, Y ou Z à vista, e, para tanto todos os esforços (dizer quais) estão sendo adotados para a sua implementação o mais rapidamente possível, bastando tão somente ... (dizer o que realmente tem sido feito com vistas à realização das obras, que terão previsão de acabamento para, no máximo... etc.).
O desespero completo é simplesmente se saber que o problema da falta de água encanada é realidade patente e não se ter a mínima informação do poder público sobre se existe alguma iniciativa tendente à sua solução, ou seja, não pode haver nada mais grave e intranquilizador do que a falta de esperança sobre algo que tanto se almeja, como nessa calamidade humanitária que somente aconteceu por causa exclusiva da incompetência administrativa, conforme mostram os fatos, que são notórios e indiscutíveis, a despeito de recair pesado ônus para a sociedade, que agora paga, injustamente, preço bastante alto.   
Brasília, em 23 de março de 2020

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