Com
alegria no coração, manifestei agradecimento ao caro comunicador João Neto, diante
da sensibilidade dele sobre o importante conteúdo da crônica intitulada “A
corrida contra o tempo”, que gentilmente foi publicada no conceituado portal
Uiraúna.Net.
O
texto em questão mostra situação muito difícil, em que o povo de Uiraúna terá
dificuldade para atender, de maneira satisfatória, a proibição oficial de as
pessoas ficarem em casa, em forma de isolamento social, diante da necessidade
de abastecer a sua casa de água e isso somente é possível se elas saírem para
pegar água na via pública.
Convém
que a população dessa cidade se mobilize e faça forte e explícita pressão, por meio
de mensagens enviadas ao prefeito nas redes sociais e nos sites da prefeitura,
no sentido de que ele sinta na pele o drama pelo qual a população é obrigada a enfrentar,
em especial de não puder evitar o contato social, posto que precisa da água
para sobreviver e resolver problemas de higienização do lar, além de estar
exposta ao eventual contato com o temível coronavírus.
Por
certo, mesmo que haja alguma mobilização por parte da sociedade, dificilmente o
penoso desastre referente à paralisação do fornecimento da água encanada poderá
não ser solucionado tão urgentemente como se deseja a população bastante sacrificada,
por culpa da incompetência administrativa, mas, pelo menos, fica o registro sobre
a insatisfação do povo, em cristalina demonstração de que não suporta mais
tanto descaso que levou ao seu sofrimento, que seria evitável e poderia sim nem
estar existindo, caso tivessem sido adotadas as providências recomendáveis ao
cuidado e ao zelo sobre a manutenção do reservatório de água, inclusive com o
seu reabastecimento, com o que teria se evitado a situação caótica impingida
aos uiraunenses.
Apela-se
ao prefeito de Uiraúna que venha a público para tranquilizar a população, o mais
breve possível, para anunciar as medidas urgentes que o seu governo adotou para
possibilitar, o mais rapidamente, o imprescindível abastecimento da cidade,
pela via civilizada e moderna de água encanada, de modo a se evitar transtornos
à vida da pacata população, que não terá tranquilidade enquanto essa calamidade
humanitária não for solucionada em definitivo.
É
preciso que o prefeito ou quem de direito faça alguma coisa e urgente, porque é
extremamente angustiante o silêncio das autoridades públicas sobre matéria de
extrema urgência e gravidade, permitindo se compreender a existência de completas
omissão e incompetência administrativas, em razão da falta de transparência
sobre os fatos que são do interesse público, como nesse caso do abastecimento
da cidade, que precisa de urgente solução.
Convém
que as autoridades públicas tenham competência para mostrar para a sociedade as
causas dos principais problemas existentes, nos seus mínimos detalhes, a
exemplo da falta de água, com os devidos esclarecimentos sobre o que precisa
para a solução, porque é sabido, por óbvio, que a primeira alternativa é o ajuntamento
de muita água na Barragem de Capivara.
Agora,
como isso não tem sido possível, em que pesem as chuvas quase que constantes, é
preciso se dizer à população quais as alternativas X, Y ou Z à vista, e, para
tanto todos os esforços (dizer quais) estão sendo adotados para a sua
implementação o mais rapidamente possível, bastando tão somente ... (dizer o que
realmente tem sido feito com vistas à realização das obras, que terão previsão
de acabamento para, no máximo... etc.).
O
desespero completo é simplesmente se saber que o problema da falta de água
encanada é realidade patente e não se ter a mínima informação do poder público
sobre se existe alguma iniciativa tendente à sua solução, ou seja, não pode
haver nada mais grave e intranquilizador do que a falta de esperança sobre algo
que tanto se almeja, como nessa calamidade humanitária que somente aconteceu
por causa exclusiva da incompetência administrativa, conforme mostram os fatos,
que são notórios e indiscutíveis, a despeito de recair pesado ônus para a
sociedade, que agora paga, injustamente, preço bastante alto.
Brasília, em 23 de março de 2020
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