Circula
na mídia, afirmação de famoso médico, com o seguinte conteúdo, verbis: “O
vírus não tem essa potência toda. De cada 100 pessoas que pegar o vírus, 80 a
90 têm um resfriadinho de nada.”.
Logo
embaixo do referido texto, consta a expressão atribuída ao presidente da
República, nestes termos: “Imaginem se eu digo isso.”.
O
presidente da República não precisa dizer absolutamente nada, salvo para
transmitir algo relevante e de interesse público à nação, em cadeia nacional de
rádio e televisão, o que vale dizer que ele tem a obrigação de somente agir em
função do interesse geral da população, adotando, nesse caso do coronavírus, por
exemplo, as medidas inerentes ao combate à temível pandemia, não importando se
o vírus tem ou não potência.
A
população precisa estar preocupada tão somente com as ações efetivas adotadas
pelo governo, de modo que elas correspondam às necessidades inerentes ao combate
à poderosa pandemia, independentemente se o vírus tem ou não potência, porque o
que interessa mesmo é a eficácia das medidas para o seu extermínio.
A
opinião pública faz parte da democracia e a sua existência é importante, o que
é bem diferente do caso do que diz o mandatário do Brasil, que precisa se
voltar para o cumprimento de suas atribuições institucionais, próprias do
Estado.
Enquanto
o mandatário ficar se manifestando desnecessariamente, as suas funções de
estadista estão se distanciando dos fatos em termos de qualidade e efetividade.
Os
brasileiros esperam que o presidente da República se conscientize, o mais
rapidamente possível, de que os estadistas são lembrados pelo povo exatamente
pelos resultados de seu governo e não pelo o que é dito por eles, porque, quase
sempre, as suas palavras são constituídas por conteúdo que levam apenas à perda
do precioso tempo.
As
pessoas precisam apenas de algumas referências para acreditar nas informações oficiais,
nas palavras confiáveis e seguras sobre o que está acontecendo no país e que o
governo precisa transmitir notícia fidedigna, justamente para mostrar a verdade
dos fatos para a sociedade.
Agora,
quando o próprio presidente fica dando opinião que mais confunde e distorce as
fontes oficiais, o governo fica desacreditado e ninguém consegue firmar
entendimento sobre o que é o correto.
É
preciso que o governo centralize as informações no seu órgão de comunicação,
que existe precisamente para essa finalidade e que é a maneira legítima e correta
para o relacionamento do trato dos assuntos oficiais.
O
presidente da República deve cuidar e tratar exclusivamente dos assuntos pertinentes
às suas atribuições de mandatário do país, como forma legítima de se tentar
cumprir com competência, inteligência e eficiência a relevante missão para a
qual ele foi eleito, precisamente para cuidar da governança da nação, com a
responsabilidade que os brasileiros esperam de quem precisa prestar contas à nação
sobre os seus atos, com acerto e na melhor forma prevista nas leis e na Constituição
do país.
Brasília, em 24 de março de 202
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