quarta-feira, 25 de março de 2020

Livre arbítrio?


Diante da gravíssima crise que assola o mundo, causada pelo devastador e perverso coronavírus, o mestre e escritor Xavier Fernandes elaborou importante texto que se debruça sobre o que ele chama de imperfeições do homem, ao afirmar, com muita sapiência, que “(...) A humanidade foi longe demais, passou dos limites, a prostituição, o homossexualismo, a depravação, a libertinagem, a violência, a corrupção, o consumismo exagerado, a Ostentação. (o poder de esnobar riquezas) as drogas, as facções, a infidelidade... e ainda mais o desrespeito com Deus com Cristo Jesus. Usando a presença figurada de Jesus pra fazer chacotas, zombaria. A chegada da besta fera, que é com certeza esses computadores celulares Internet, que tornaram o mundo inviável, dividiu as pessoas, muito venenoso, malicioso, violento, destruiu a liberdade, a privacidade e até o contato entre as pessoas, vivemos num mundo individualista que ninguém liga ninguém, o povo louco o que interessa mesmo é conseguir dinheiro, bens, conforto, e mostrar riqueza a tal Ostentação. (...)”.
Depois de longa e reflexiva explanação, o professor Xavier Fernandes diz, em conclusão, in verbis: “Estou muito preocupado o homem é vítima da sua própria armação. O mal produzido pelo próprio homem tornou-se seu maior inimigo. Vamos orar e rezar para ver se Deus ainda nos perdoa e ainda escuta o nosso clamor por misericórdia. Estamos todos num barco só. Numa situação dessas, Deus mostra que todos somos iguais diante dele. Miseráveis e grandes pecadores suplicando o perdão! Que Deus tenha misericórdia de nós. isto é se ainda houver merecimento! Contudo acreditamos que Deus É perdão É Amor. É o Pai cheio de misericórdia. Mas também está profundamente magoado e chateado com todo isso...”.
Não há a menor dúvida de que são sábias as palavras ditas, com muita ênfase, por estudioso do homem, o mestre e versátil Xavier Fernandes, que tem a sensibilidade suficiente para perceber que o Homo Sapiens avançou em tudo, evidentemente com o aproveitamento da evolução da ciência e da tecnologia, que abriram o mundo do conhecimento às mentes humanas, graças, evidentemente, ao consentimento do Criador, que nada acontece na vida sem que não tenha o aval Dele, o que até se poderia imaginar que há verdadeira cumplicidade, sob o lúcido entendimento de que tudo é visto por Deus, que teria, em princípio, o poder de veto, não fosse o conceito bíblico do livre arbítrio concedido ao homem.
É óbvio que os mecanismos que permitiram se alcançar novos mundos podem ter contribuído para as distorções muito bem lembradas e enaltecidas pelo sábio conterrâneo, onde as imaginações mais criativas cuidaram de levar o mundo para a situação que ele se encontra agora, muito cheio de variedade de opções que são próprias e do domínio da mente humana, mas, no dizer do mestre Xavier Fernandes, muitas das quais não condizem com os salutares propósitos imaginados por Deus, que estaria tendo seus conceitos contrariados pela sua bela criatura.
O atento conterrâneo tem a humildade de pedir clemência e misericórdia a Deus, além de apelar por que Ele perdoe nossos gravíssimos erros, cujo conjunto dos pecados pode ser o motivo principal de tantos desastres acontecidos no mundo e desfavor do próprio homem, em escala de muitíssima preocupação, embora nada disso tenha servido para a mudança de rumo, porque o homem vem, de há muito tempo, trilhando o seu destino, ao seu bel-prazer, seguindo o caminho das disputas em todos os terrenos, com destaque para a conquista dos bens materiais, onde os fatores econômicos são preponderantes e as nações fazem tudo para o atropelamento dos países mais fracos, conforme mostram os fatos expostos no noticiário.
Diante do exposto, penso que as ações e as atitudes do homem estão em perfeita sintonia com a modernidade dos tempos, que teve o consentimento do Criador para se chegar a tanto, sob a compreensão suprema de que nada acontece sem a palavra final Dele, que é, por natureza, onipresente – tem presença em todos os lugares ao mesmo tempo -, onisciente – conhecimento de todas as coisas - e onipotente – possuidor de todo o poder, ou seja, nada acontece sem que Deus deixe de manifestar-se favoravelmente, porque, do contrário, Ele entornaria o caldo antes da concepção final e nada seria concluído à sua feição.
Agora, não se pode desconhecer que o homem tem o livre arbítrio para toda a sua criação revolucionária que pode, como bem argumentou o cientista humanitário Xavier Fernandes, pôr muitas coisas a perder, como no caso dessa tormentosa crise provocada pelo surgimento do coronavírus, que tem o poder de se pensar que o Homo Sapiens possa, urgentemente, rever seus conceitos acerca do seu pensamento moderno que transcende a sua harmonia com os princípios divinos, sob pena de estar-se concorrendo, em passos largos, para o seu extermínio, infelizmente.
É se se lamentar que a inteligência do homem não seja suficientemente capaz para a interpretação de que muitas de suas ações poderiam não estar agradando à vontade Suprema, quando muitos de seus projetos poderiam ter resultados prejudiciais aos interesses do próprio ser humano, como se tem visto em muitos casos, a exemplo do aparecimento do aterrorizador coronavírus, que foi capaz de mostrar ao mundo que o homem, com o consentimento de Deus, realmente pode tudo, inclusive  acabar com a vida humana.
Brasília, em 24 de março de 2020

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