O
cidadão João Batista Alves da Silva apresentou sugestão ao prefeito de Uiraúna,
Paraíba, no sentido de se providenciar a perfuração de poços profundos por trás da comporta da Barragem de
Capivara, cuja água captada por meio desse processamento é suficiente para o abastecimento
da cidade, segundo o entendimento dele.
Não
entendo absolutamente nada sobre as questões referentes à água, mas compreendo
que todas as sugestões são importantes e válidas para, ao menos, minorar a terrível
crise do abastecimento de água naquela cidade, precisando que os órgãos competentes
estudem a viabilidade acerca da execução da ideia e se o resultado pretendido é
capaz de atender às necessidades de água, em condições satisfatória de
potabilidade, insalubridade, quantidade etc.
Agora,
enquanto isso, alguém sabe o que exatamente qual é a ideia do prefeito para
solucionar, com urgência, essa que é uma das maiores tragédias do século para o
povo de Uiraúna?
Ou
será se ele vai esperar que Deus resolva esse terrível problema, lá do céu,
mandando chuvas?
Enfim,
quando é que o povo de Uiraúna vai se movimentar, se mobilizar, brigar, no bom
sentido, para exigir que o poder público aja com urgência, em respeito que a
população merece, para dar-lhe resposta satisfatória o mais urgentemente
possível?
O
certo é que a população não pode e não tem condições de continuar pagando
pecados cometidos por outrem, quietinha e apenas contemplativa com o coas instalado
e sem previsão de saneamento, sabendo que ele é resultante da omissão e da
irresponsabilidade daqueles que permitiram que a situação se agravasse e
chegasse ao seu ápice, sem esboçar nenhuma medida emergencial sobre a mesa, com
capacidade para, pelo menos, dar satisfação razoável e merecida à sociedade
sobre o que efetivamente está sendo feito com vistas à solução desse absurdo
sacrifício imposto, de repente, à população de Uiraúna.
É
lamentável tanta gente nessa cidade não aparecer ninguém em condições de
liderança, para exigir que o poder público mostre o que vem fazendo no sentido
de resolver a grave situação.
Por
seu turno, tem toda pertinência se indagar por andam os políticos de Uiraúna,
nas pessoas de vereadores, candidatos a vereadores, a prefeito e outros
políticos, além de lideranças comunitárias, que igualmente até podem estar
também precisando de água encanada, mas preferem se distanciarem dos problemas
e não se envolverem diretamente neles, quando, com muita mais razão, seria
preferível que eles aparecessem agora e já, para mostrarem interesse em brigar,
no fogo da luta, no meio da pior crise, para dizerem aos seus potenciais
eleitores que estão lutando em defesa do povo.
Ao
contrário disso, eles poderão ficar em situação bastante delicada quando aparecerem
daqui logo mais diante do povo, para pedir voto, com a cara mais deslavada, por
não terem demonstrado capacidade para brigarem e lutarem pelo povo quando ele
mais precisou de tão importante ajuda.
O
político precisa se antecipar aos fatos e mostrar ao eleitorado o seu
verdadeiro valor de luta e empenho, exatamente nos momentos difíceis e de
precisão deles, como o atual, mesmo que não seja possível se conseguir resolver
nada, mas fica a prova de que eles não foram omissos nem tiveram medo de
enfrentar os obstáculos naturais de ordem política.
Por
sua vez, é preciso se enfatizar também que nunca foi tão necessário o surgimento
de lideranças comunitárias para o encaminhamento dos pleitos às autoridades públicas,
em demonstração da insatisfação do povo, por motivo da falta do atendimento de serviços
públicos essenciais, como o da falta de água encanada, que é bem diferente em
vários aspectos daquela servida na rua, inclusive quanto à segurança sobre a qualidade,
em especial.
Enfim,
faço veemente apelo à comunidade política de Uiraúna para se unir, não
importando possíveis desavenças de natureza político-ideológica, com o objetivo
da formação de forças políticas voltadas, com maiores coesão e empenho possíveis,
na busca de medidas que levem urgentemente à solução dessa gravíssima crise de
abastecimento de água da cidade.
Brasília,
em 13 de março de 2020
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