sábado, 14 de março de 2020

Apelo à união dos políticos


O cidadão João Batista Alves da Silva apresentou sugestão ao prefeito de Uiraúna, Paraíba, no sentido de se providenciar a perfuração de poços profundos por trás da comporta da Barragem de Capivara, cuja água captada por meio desse processamento é suficiente para o abastecimento da cidade, segundo o entendimento dele.
Não entendo absolutamente nada sobre as questões referentes à água, mas compreendo que todas as sugestões são importantes e válidas para, ao menos, minorar a terrível crise do abastecimento de água naquela cidade, precisando que os órgãos competentes estudem a viabilidade acerca da execução da ideia e se o resultado pretendido é capaz de atender às necessidades de água, em condições satisfatória de potabilidade, insalubridade, quantidade etc.
Agora, enquanto isso, alguém sabe o que exatamente qual é a ideia do prefeito para solucionar, com urgência, essa que é uma das maiores tragédias do século para o povo de Uiraúna?
Ou será se ele vai esperar que Deus resolva esse terrível problema, lá do céu, mandando chuvas?
Enfim, quando é que o povo de Uiraúna vai se movimentar, se mobilizar, brigar, no bom sentido, para exigir que o poder público aja com urgência, em respeito que a população merece, para dar-lhe resposta satisfatória o mais urgentemente possível?
O certo é que a população não pode e não tem condições de continuar pagando pecados cometidos por outrem, quietinha e apenas contemplativa com o coas instalado e sem previsão de saneamento, sabendo que ele é resultante da omissão e da irresponsabilidade daqueles que permitiram que a situação se agravasse e chegasse ao seu ápice, sem esboçar nenhuma medida emergencial sobre a mesa, com capacidade para, pelo menos, dar satisfação razoável e merecida à sociedade sobre o que efetivamente está sendo feito com vistas à solução desse absurdo sacrifício imposto, de repente, à população de Uiraúna.
É lamentável tanta gente nessa cidade não aparecer ninguém em condições de liderança, para exigir que o poder público mostre o que vem fazendo no sentido de resolver a grave situação.
Por seu turno, tem toda pertinência se indagar por andam os políticos de Uiraúna, nas pessoas de vereadores, candidatos a vereadores, a prefeito e outros políticos, além de lideranças comunitárias, que igualmente até podem estar também precisando de água encanada, mas preferem se distanciarem dos problemas e não se envolverem diretamente neles, quando, com muita mais razão, seria preferível que eles aparecessem agora e já, para mostrarem interesse em brigar, no fogo da luta, no meio da pior crise, para dizerem aos seus potenciais eleitores que estão lutando em defesa do povo.
Ao contrário disso, eles poderão ficar em situação bastante delicada quando aparecerem daqui logo mais diante do povo, para pedir voto, com a cara mais deslavada, por não terem demonstrado capacidade para brigarem e lutarem pelo povo quando ele mais precisou de tão importante ajuda.
O político precisa se antecipar aos fatos e mostrar ao eleitorado o seu verdadeiro valor de luta e empenho, exatamente nos momentos difíceis e de precisão deles, como o atual, mesmo que não seja possível se conseguir resolver nada, mas fica a prova de que eles não foram omissos nem tiveram medo de enfrentar os obstáculos naturais de ordem política.
Por sua vez, é preciso se enfatizar também que nunca foi tão necessário o surgimento de lideranças comunitárias para o encaminhamento dos pleitos às autoridades públicas, em demonstração da insatisfação do povo, por motivo da falta do atendimento de serviços públicos essenciais, como o da falta de água encanada, que é bem diferente em vários aspectos daquela servida na rua, inclusive quanto à segurança sobre a qualidade, em especial.    
Enfim, faço veemente apelo à comunidade política de Uiraúna para se unir, não importando possíveis desavenças de natureza político-ideológica, com o objetivo da formação de forças políticas voltadas, com maiores coesão e empenho possíveis, na busca de medidas que levem urgentemente à solução dessa gravíssima crise de abastecimento de água da cidade.
Brasília, em 13 de março de 2020

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