quinta-feira, 19 de março de 2020

Um pouco sobre o coronavírus


O Coronavírus (COVID-19) é uma família de vírus que causam infecções respiratórias, cujo novo agente, surgido mais recentemente, foi descoberto em  31/12/2019, após casos registrados na China.
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados, pela primeira vez, em 1937, mas somente em 1965 é que o vírus foi descrito e ganhou esse nome, diante de o seu perfil, na microscopia, ter a aparência de coroa.
O seu período de incubação, tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode levar de 2 a 14 dias.
A transmissão do coronavírus ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas, mas é possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas.
A maioria dos coronavírus geralmente infecta apenas uma espécie animal ou pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas, mas o reservatório animal para o coronavírus ainda é desconhecido. 
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, em forma de resfriado, que podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Os principais sintomas conhecidos, até o momento, são: febre, tosse e, em especial, enorme dificuldade para respirar.
Ou seja, o coronavírus primeiro infecta a garganta, com dor por 3 ou 4 dias, e depois ele se mistura com líquido nasal, que entra na traqueia e no pulmão, causando pneumonia, em 5 a 6 dias.
Já no estado pneumônico, os principais sintomas são febre alta e enorme dificuldade de respiração, dando a ideia de afogamento, diante da falta de ar nos pulmões
As formas de transmissão do coronavírus ainda estão em estudos, mas já foi constatada a disseminação de pessoa para pessoa, normalmente feita por meio da contaminação por gotículas respiratórias ou contato direto.
O contato próximo, por um metro, com pessoa com sintomas respiratórios já é indicativo de risco de haver contaminação pelo coronavírus. 
A transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, por meio de gotículas de saliva; espirro; tosse;  catarro; contato pessoal próximo; como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminados, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos, daí o extremo cuidado que precisa ser dado às mãos, que, vez por outra, têm que ser higienizadas, quer com água e sabão ou álcool.
          O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para se minimizar o risco geral de contração ou transmissão de infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus, por meio de: a) lavagem das mãos, com frequência, sob uso de água e sabão/sabonete, por, pelo menos, 20 segundos, podendo se usar desinfetante, na falta de sabão; b)  se evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; c) se evitar contato próximo com pessoas doentes; c) não ficar em casa quando não estiver passando bem de saúde; d) ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com lenço de papel e jogá-lo no lixo; e) limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência; f) uso de máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção por profissionais de saúde.
Ainda não existe tratamento específico para as infecções causadas por coronavírus humano, cujos suspeitos de estarem com os primeiros sintomas devem procurar ajuda médica imediatamente, para os exames de confirmação de diagnóstico e início do adequado tratamento, quando for o caso.
Para quem se interessar saber sobre a sua saúde, especialistas chineses forneceram espécie de autoavaliação pulmonar simples, que pode ser feita toda manhã, qual seja, respirando a fundo e prendendo a respiração, por, pelo menos, de 10 de 15 segundos.
Se a pessoa conseguir realizar o teste normalmente, sem tossir, sem sentir desconforto, rigidez ou aperto, isso pode indicar que está tudo bem, em princípio, mas não há qualquer garantia sobre a certeza da imunidade ao vírus.
Com importante contribuição, médicos japoneses que tratam do coronavírus aconselham que a boca fique sempre úmida, evidentemente nunca seca, mediante a hidratação constante, de 15 ou 30 minutos, possibilitando que, caso o vírus entre na boca, a água potável ou outro líquido o levará para o estômago, onde ele poderá ser morto pelo ácido estomacal.
Caso contrário, com a boca seca, há maior facilidade de o vírus ir para a traqueia e entrar nos pulmões, aumentando os riscos, de forma significativa, da contração da doença.
É aconselhável que somente a pessoa procure o serviço de saúde em caso de enorme dificuldade para respiração, uma vez que, do contrário, a aproximação de local com concentração de pessoas pode contribuir para a transmissão do vírus.
O governo trabalha com a ideia de se evitar, por todos os meios, aglomerações de pessoas para reduzir o ritmo de contágio, já tendo proibido espetáculos em praças esportivas, clubes e em outros locais com a presença de muitas pessoas.
Diante do que se tem notícia sobre a incidência do coronavírus, convém se atentar para a notória precariedade do sistema de saúde pública brasileiro, que tem quantidade limitadíssima de leitos, em todo o país, fato este que evidencia gritante deficiência quanto à internação de doentes e isso poderá ser fator preocupante, no momento de pique, se houver, como aconteceu em outros países.
A verdade é que não será possível se evitar grande quantidade de infectados, mas é possível retardar o processo, de modo que, se a doença se espalhar mais pausadamente, a quantidade de pacientes com necessidade de tratamento a cada instante é menor, o que vale dizer que, se há menos pacientes em cada momento, aumentam significativamente as chances de todos puderem ser atendidos com a necessária atenção médica.
Os brasileiros precisam se conscientizar de que a ameaça do coronavírus é realidade de indiscutível perigo para a humanidade, por se tratar de doença que precisa ser evitada por todos os meios recomendados pelas autoridades de saúde pública, principalmente diante da forma especial de tratamento individual, que exige intubação do doente, por período longo, diante da extrema insuficiência pulmonar, que não pode ser tratada por meio de medicação específica, haja vista a inexistência de remédios com indicação de eficácia contra os sintomas da doença.
É evidente que são preocupantes os avanços, em nível mundial, do coronarírus, ante a sua real letalidade na faixa de idade integrada por pessoas idosas e/ou em tratamento de alguma doença, mas isso nada pode ser motivo de ‘histeria” ou outras formas exageradas de reação, a ponto de se fazer estoque de alimentos e produtos de primeira necessidade ou até mesmo de manifestação em contestação à gravidade da situação, que exige muita sabedoria para compreender os desígnios de Deus.
É preciso que a população acompanhe, com calma e tranquilidade, os acontecimentos sobre a evolução do coronavírus, no Brasil, porque ele apenas vem chegando de mansinho, sisudo, mas com poder demolidor, a exemplo do que foi capaz de destruição por onde já esteve, deixando desesperador rastro de enorme angústia.
À toda evidência, as autoridades públicas brasileiras estão acompanhando pari passu a evolução do coronarírus, no resto do mundo, e procurando, da melhor maneira possível, adotar as medidas recomendáveis para proteger os brasileiros contra possível catástrofe, principalmente sabendo-se que a contaminação de pessoas, em nível exagerado e fora do controle, certamente será uma das piores tragédias da história do Brasil, porque o país não tem as mínimas condições para atender os doentes, com a devida eficiência, levando-se em consideração que, na atualidade, sem qualquer anormalidade, o governo não dispõe de leitos e muito menos de UTIs necessários para a internação dos doentes em situação de normalidade, sem se levar em conta o pique de internação exigida por causa da situação de emergência.
Vejo com muitíssima preocupação se o quadro do coronavírus evoluir, de maneira assustadora como ocorreu, que Deus nos livre, na Itália, onde o sistema de saúde pública existe e nem se compara com o brasileiro, que praticamente nem há, onde aconteceram muitas e sucessivas mortes, justamente diante da dificuldade de tratamento em condições especiais das pessoas, que exige cuidado diferenciado e isso é notório que não existe em terras tupiniquins, onde o atendimento à saúde pública é lastimável e desolador.
Os brasileiros precisam ter esperança de que não faltem recursos com relação a pessoal e material, em condições suficientes para o tratamento adequado e promissor dos doentes com sintomas do coronavírus, diante das preocupantes notícias vindas do exterior, onde os resultados, em geral, demonstram quadro de muita desolação e tristeza e de muito pouca animação quanto aos auspiciosos sucessos para algumas pessoas, que também precisam ter vida digna, merecendo tratamento de qualidade.
Brasília, em 19 de março de 2020

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