Isso, na
realidade, se parece como história de compromisso de união eterna, em que a
vida de ambos estava ligada com o mesmo fio de união celestial, no sentido de
se puder acreditar que um era realmente a razão da existência do outro, em
forma de vida, e vice-versa.
É
engraçado que os fatos aconteceram segundo se imaginava, à vista da informação
da família, de que a mulher sempre afirmava que ela "sempre dizia que
não gostaria de viver um dia sequer sem seu esposo. Ela passou anos acamada,
mas só partiu depois que ele se foi".
O casal se
conheceu numa universidade, em Belo Horizonte, e consolidaram sua união em
Brasília, sendo que ela veio primeiro e ele veio logo em seguida, depois de
largar o emprego e vir se juntar à sua amada, conforme disse uma de suas filhas,
nestes termos: "Minha mãe era uma mulher muito à frente de seu tempo.
Ela fez o concurso sem contar a ninguém e foi aprovada. Meu pai, apaixonado,
largou seu emprego e veio para Brasília. Mais tarde, ele também passou no
concurso para professor. Eles foram o 37º casal a se casar aqui, no DF, e estão
registrados no primeiro livro de casamentos".
Outra
filha deles disse que "Eles eram um casal comum, mas com valores muito
sólidos. Nas dificuldades, enfrentavam tudo de maneira especial e celebravam as
alegrias com uma espiritualidade muito forte. A prática do Evangelho era uma
realidade no nosso dia a dia, não apenas nas palavras, mas nas ações. Conceitos
como 'amor ao próximo' não eram apenas ideias abstratas; eram vividos,
refletindo uma fé concreta".
Um neto
do casal disse que "Foi um privilégio ver como eles sempre mantinham
uma serenidade inspiradora. Foi uma experiência dolorosa (por causa da
doença dela), mas ao mesmo tempo foi muito gratificante poder estar próximo,
ajudando-os no que fosse necessário".
Vê-se que
algo muito lindo realmente aconteceu com esse casal, uma vez que a coincidência
da proximidade da passagem dos dois para o reino celestial se houve sem que ela
nem tivesse tido conhecimento que ele tinha acabado de ir antes dela, porque
ela vinha vivendo sem nenhuma consciência, em razão de ter sofrido AVC, ou
seja, ela não sofreu nada diante da partida dele.
É muito
fácil se perceber a existência de verdadeiro milagre divino na convivência de
duas pessoas especiais, que se amavam muito uma ao outro, em que ambas faziam
parte de único plano de vida, que fazia sentido apenas pela existência deles
vivos, não importando se ela vivia sem consciência.
Isso faz
muito sentido a se acreditar piamente na importância de Deus em nossas vidas,
porque Ele é realmente esse Ser capaz de unir as pessoas de maneira quase que
inexplicável, como nesse caso, em que tudo começou na universidade e só
terminou no reino divino, conforme mostra essa maravilhosa história de amor.
Queira
Deus que a bonita história desse fantástico casal possa se materializar em
muitos outros casais igualmente abençoados por Deus!
Brasília,
em 28 de outubro de 2024