quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Apelo ao fim das guerras!

 

A guerra entre Israel e Hamas tende a se prolongar e se expandir para outras regiões, depois do ataque aéreo demandado pelo Irã contra Israel, que prometeu retaliação do Estado judeu, quando a humanidade vinha apelando para o fim dos conflitos, no Oriente Médio. 

Em que essa guerra tenha como protagonistas Israel e a organização terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, hoje ela já se expandiu e chegou a partes da Síria e do Líbano, cujo conflito, no cenário internacional, se tornou complicado xadrez diplomático, com repercussões também no governo brasileiro.

Na verdade, essa crise teve início em 7 de outubro de 2023, depois que o Hamas lançou sua maior ofensiva contra o Estado judeu, matando civis e mantendo reféns no sul do país.

Imediatamente, o premiê israelense declarou guerra contra o Hamas e ordenou, em seguida, violentos bombardeios aéreos contra o território palestino.

O Hezbollah, que significa, pasmem, Partido de Deus, é um grupo armado fundamentalista, organização terrorista e partido político do Líbano, onde concentra instituições que funcionam como funil de recursos e apoio popular, principalmente da população muçulmana xiita, que é aliado do Hamas, para fins de guerra.

A principal fonte de recursos do Hamas e Hezbollah é proveniente do Irã, potência regional governada por aiatolás xiitas, país que fornece armas e treinamento a esses terroristas, desde a fundação deles.

Nas últimas semanas, Israel intensificou os ataques contra o Líbano, visando alvos do Hezbollah, com o objetivo de eliminar seus principais líderes e tem conseguido com absoluto sucesso.

Em retaliação de mortes de líderes do Hezbollah, o Irã atacou Israel, com mais de 200 mísseis pelo ar, sendo que a grande maioria foi abatida, segundo informações de Tel Aviv.

Atualmente, estão envolvidos com a Guerra do Oriente Médio, evidentemente, além de Israel, protagonista, o Líbano e o Irã, por serem, respectivamente, sede e patrocinador do Hezbollah.

Outros países que também assumiram papel na guerra são a Síria, o Iraque e o Iêmen, que abrigam células de rebeldes pró-Irã.

Esses países fazem parte do chamado Eixo da Resistência, aliança informal entre países do Oriente Médio que inclui ainda o Afeganistão e o Paquistão.

Por último, o embaixador de Israel na ONU afirmou que Israel vai responder aos ataques aéreos lançados pelo Irã, de forma dolorosa, depois de ter esclarecido que "Este foi um ataque calculado contra uma população civil. Israel não ficará parado diante de tal agressão. Israel responderá. Nossa resposta será decisiva e sim, será dolorosa, mas ao contrário do Irã, agiremos em total conformidade com o direito internacional".

O premiê israelense já havia divulgado comunicado em que prometia vingança, nestes termos: "O Irã não aprendeu a lição. Quem ataca o Estado de Israel paga um preço alto. Este ataque terá consequências. Temos planos e agiremos no tempo e no lugar que escolhermos".

Causa estranheza que o governo brasileiro ainda não se manifestou sobre os ataques do Irã contra Israel, mas com absoluta certeza, ele vai condenar a violenta desumanidade da retaliação de Israel, exatamente como vem fazendo depois que Israel atacou o Hamas, precisamente por ter sido agredido.

O presidente dos Estados Unidos disse que "Nós discutiremos com os israelenses o que eles vão fazer, mas os sete de nós (as nações do G7) concordamos que eles têm direito de responder, de forma proporcional".

É evidente que ninguém aceita ser atacado com mísseis, posto que a sua finalidade era realmente agredir e matar pessoas inocentes e ninguém consegue se acomodar em momento desagradável como esse, o que vale se inferir que a reação de Israel ao Irã vai ser violenta e preocupante, uma vez que os mísseis iranianos incomodaram bastante as estruturas de Israel.   

Nada pode ser pior do que os conflitos de guerra, em que os países envolvidos sempre contabilizam mortes, ruínas e destruição, em escalada crescente e incessante, mas o que adianta se aconselhar o cessa fogo, quando a vingança é o estopim de ambos os lados?

Como é triste o estado de beligerância, quando nunca há espaço para a paz, que resiste enquanto o bom senso e a racionalidade não aparecer no silêncio das armas, que tem sido a decisão mais difícil da guerra.

É preciso que os líderes das guerras possam se conscientizar sobre a valorização das vidas humanas e do patrimônio da humanidade, para que ambos sejam preservados, na sua integridade, porque, do contrário, somente vão restar a destruição, os escombros e as ruínas, em regozijo apenas do império da monstruosidade.  

Brasília, em 3 de outubro de 2024

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