Em que essa
guerra tenha como protagonistas Israel e a organização terrorista Hamas, que
controla a Faixa de Gaza, hoje ela já se expandiu e chegou a partes da Síria e
do Líbano, cujo conflito, no cenário internacional, se tornou complicado xadrez
diplomático, com repercussões também no governo brasileiro.
Na verdade,
essa crise teve início em 7 de outubro de 2023, depois que o Hamas lançou sua
maior ofensiva contra o Estado judeu, matando civis e mantendo reféns no sul do
país.
Imediatamente,
o premiê israelense declarou guerra contra o Hamas e ordenou, em seguida, violentos
bombardeios aéreos contra o território palestino.
O Hezbollah,
que significa, pasmem, Partido de Deus, é um grupo armado fundamentalista, organização
terrorista e partido político do Líbano, onde concentra instituições que
funcionam como funil de recursos e apoio popular, principalmente da população
muçulmana xiita, que é aliado do Hamas, para fins de guerra.
A
principal fonte de recursos do Hamas e Hezbollah é proveniente do Irã, potência
regional governada por aiatolás xiitas, país que fornece armas e treinamento a esses
terroristas, desde a fundação deles.
Nas
últimas semanas, Israel intensificou os ataques contra o Líbano, visando alvos
do Hezbollah, com o objetivo de eliminar seus principais líderes e tem
conseguido com absoluto sucesso.
Em retaliação
de mortes de líderes do Hezbollah, o Irã atacou Israel, com mais de 200 mísseis
pelo ar, sendo que a grande maioria foi abatida, segundo informações de Tel
Aviv.
Atualmente,
estão envolvidos com a Guerra do Oriente Médio, evidentemente, além de Israel,
protagonista, o Líbano e o Irã, por serem, respectivamente, sede e patrocinador
do Hezbollah.
Outros
países que também assumiram papel na guerra são a Síria, o Iraque e o Iêmen,
que abrigam células de rebeldes pró-Irã.
Esses
países fazem parte do chamado Eixo da Resistência, aliança informal entre
países do Oriente Médio que inclui ainda o Afeganistão e o Paquistão.
Por último,
o embaixador de Israel na ONU afirmou que Israel vai responder aos ataques
aéreos lançados pelo Irã, de forma dolorosa, depois de ter esclarecido que "Este
foi um ataque calculado contra uma população civil. Israel não ficará parado
diante de tal agressão. Israel responderá. Nossa resposta será decisiva e sim,
será dolorosa, mas ao contrário do Irã, agiremos em total conformidade com o
direito internacional".
O premiê israelense
já havia divulgado comunicado em que prometia vingança, nestes termos: "O
Irã não aprendeu a lição. Quem ataca o Estado de Israel paga um preço alto.
Este ataque terá consequências. Temos planos e agiremos no tempo e no lugar que
escolhermos".
Causa
estranheza que o governo brasileiro ainda não se manifestou sobre os ataques do
Irã contra Israel, mas com absoluta certeza, ele vai condenar a violenta desumanidade
da retaliação de Israel, exatamente como vem fazendo depois que Israel atacou o
Hamas, precisamente por ter sido agredido.
O
presidente dos Estados Unidos disse que "Nós discutiremos com os
israelenses o que eles vão fazer, mas os sete de nós (as nações do G7) concordamos
que eles têm direito de responder, de forma proporcional".
É
evidente que ninguém aceita ser atacado com mísseis, posto que a sua finalidade
era realmente agredir e matar pessoas inocentes e ninguém consegue se acomodar
em momento desagradável como esse, o que vale se inferir que a reação de Israel
ao Irã vai ser violenta e preocupante, uma vez que os mísseis iranianos incomodaram
bastante as estruturas de Israel.
Nada pode
ser pior do que os conflitos de guerra, em que os países envolvidos sempre contabilizam
mortes, ruínas e destruição, em escalada crescente e incessante, mas o que
adianta se aconselhar o cessa fogo, quando a vingança é o estopim de ambos os
lados?
Como é
triste o estado de beligerância, quando nunca há espaço para a paz, que resiste
enquanto o bom senso e a racionalidade não aparecer no silêncio das armas, que
tem sido a decisão mais difícil da guerra.
É preciso
que os líderes das guerras possam se conscientizar sobre a valorização das
vidas humanas e do patrimônio da humanidade, para que ambos sejam preservados,
na sua integridade, porque, do contrário, somente vão restar a destruição, os
escombros e as ruínas, em regozijo apenas do império da monstruosidade.
Brasília,
em 3 de outubro de 2024
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