terça-feira, 8 de outubro de 2024

Apelo à paz!

 

O último balanço sobre a guerra do Oriente Médio, divulgado pelas Forças Armadas de Israel, mostra o registrou da perda da vida de 782 soldados israelenses, durante os combates contra o Hamas, na Faixa de Gaza.

Os ataques tiveram início há um ano pelo grupo terrorista Hamas, com o registro de mais de 41 mil pessoas mortas, no lado palestino, por conta das operações militares israelenses, segundo o Ministério da Saúde desse grupo terrorista. 

Em 7 de outubro de 2023, militantes do Hamas realizaram ataque devastador no sul de Israel, resultando em 1,2 mil mortos e o sequestro de aproximadamente 250 pessoas, das quais, até o momento, cerca de 100 desses reféns continuavam sob a custódia do grupo terrorista, de acordo com autoridades israelenses.

O relatório das forças israelenses também apontou que, dos 782 soldados mortos, 380 perderam a vida no ataque inicial de outubro, enquanto 346 morreram em combates posteriores.

Além disso, 56 soldados faleceram em acidentes operacionais, com o registro de 4.576 soldados feridos, desde o início do conflito.

Houve a convocação, ao longo do último ano, de 300 mil reservistas, sendo 82% homens e 18% mulheres, com quase metade deles entre 20 e 29 anos.

Há relato de que mais de 40 mil alvos em Gaza foram bombardeados e destruídos, além da identificação de 4,7 mil túneis e da destruição de mil bases de lançamento de foguetes.

O exército israelense relatou que, desde o início da guerra, 13,2 mil foguetes foram disparados contra seu território, a partir de Gaza, além de 12,4 mil vindos do Líbano, 60 da Síria, 180 do Iêmen e 400 do Irã.

Em resposta aos ataques, as forças israelenses realizaram operações no Líbano, matando mais de 800 militantes e atingindo 4,9 mil alvos aéreos e 6 mil no solo.

As operações em Gaza não apenas resultaram em uma elevada contagem de mortos, mas também deslocaram quase todos os 2,3 milhões de habitantes do território, levando a uma crise de fome e denúncias de genocídio que Israel ignora e nega.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha pediu a proteção de civis em meio ao conflito.

Ataques aéreos israelenses, realizados neste domingo, atingiram uma mesquita e uma escola na Faixa de Gaza que abrigavam pessoas deslocadas, deixando 26 mortos e 93 feridos, segundo as autoridades locais.

Os fatos mostram a crueldade de guerra extremamente selvagem e desumana, com o registro de milhares de mortes, abrangendo, na sua maioria absoluta, pessoas inocentes que estão pagando, com a vida, por crime que não cometeram, em injustificável decretação do horror e da incivilidade.

O certo é que a guerra, em hipótese alguma, tem justificativa para a sua existência, lembrando que, neste caso, foi o Hamas que decidiu provocar a ira de Israel, quando este foi selvagemente agredido por esse grupo terrorista, que causou barbaridade contra os judeus, matando muita gente e sequestrando enorme quantidade de pessoas, todas inocentes.

Sim, trata-se de algo completamente inexplicável, em termos da compreensão humana, diante da destruição de muitas vidas e estrutura patrimoniais, totalmente irrecuperáveis, quando nada disso faz sentido apenas pelo prazer da agressão pela agressão, sem se levarem em conta a importância da vida humana, em especial.

Há, nas guerras, todo o injustificável instinto da irracionalidade e da desumanidade, por causa de objetivo que poderia ser conseguido por meio do diálogo, com o emprego dos recursos da diplomacia e da inteligência humana, mas o império do terrorismo tem o poder de superar qualquer sentimento racional e civilizado, por entender que a violência é o instrumento capaz de mostrar força e poder para a conquista de território, quando os fatos mostram exatamente a realidade da crueldade e da ignorância.

O certo é que de nada adianta o registro de tantas mortes absolutamente desnecessárias e de tantas outras destruições despropositadas, quando há a prevalência do instinto de total aniquilação do inimigo, enquanto houver alvo à sua frente, com o único propósito da exposição de força e poder bélicos, não importando a relevância maior da vida, que exige dos homens irracionais e animalescos o respeito à dignidade humana, sobretudo com vistas à preservação da vida.

Embora não seja ouvido por ninguém, o mundo grita em apelo por que os cruéis e desumanos patronos das guerras possam ser atingidos, tocados nas suas entranhas pensantes, sobre a verdadeira importância das vidas humanas, não importando as adversidades ideológicas, para que os seus interesses sejam discutidos em ambiente de paz e harmonia, por onde seja possível se encontrar a solução de seus problemas.   

Brasília, em 8 de outubro de 2024

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