Conforme vídeo que circula nas redes sociais, é mostrada uma pessoa com
tornozeleira segurando uma banner com a propaganda de candidata a prefeita,
reconhecidamente da esquerda.
A imagem é muito clara, que mostra uma pessoa usando tornozeleira, que é
indicativo símbolo de quem se encontra em liberdade condicional.
Isso é fato que também mostra que a pessoa sustenta, nas mãos, bandeira ou
banner de propaganda política de candidata petista à prefeitura de cidade não
identificada.
Pelo visto, é bem possível que a
inferência primeira é a de que o rapaz indiscutivelmente praticou crime e que
estaria fazendo propaganda política para a candidata, em possível indução à
associação da candidata com a criminalidade e vice-versa.
Não obstante, pode-se imaginar também, com bastante razoabilidade, que o
rapaz esteja trabalhando regularmente para ganhar o seu pão, exatamente diante
das restrições de trabalho para pessoas com passagem pela Justiça, em forma de
condenação.
A verdade é que a mentalidade social tem a tendência de logo se concluir
pelo pior e, por conta disso, ir logo fazendo o julgamento que melhor se ajusta
ao seu convencimento.
Como o presente caso pode propiciar interpretações outras, não somente a
de quem fez associação da imagem com a índole de maldades da esquerda, penso
ser sensato se acreditar que o rapaz se encontra no exercício de atividade que
condiz com a dignidade do ser humano, principalmente sob a compreensão de que a
necessidade de sobrevivência não oferece direito de escolha, senão aquela que
se apresenta primeiro.
Infelizmente, é da índole do brasileiro o emprego da lei mais simplista,
mesmo que possa haver alternativa, como no presente caso, que procurou a pior e
negativa interpretação para o caso.
Que seja possível a existência de trabalho para os brasileiros,
independentemente da sua origem, desde que ela seja digna e que possa
satisfazer às carências naturais da vida.
Brasília, em 6 de outubro de 2024
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