Conforme foi noticiado pela mídia, mais de 50 países decidiram condenar,
com veemência, as brutais e inadmissíveis repressão política e violação dos
direitos humanos predominantes na Venezuela.
Não obstante, o Brasil decidiu não assinar a declaração e também não
justificou o seu posicionamento omissivo.
As nações denunciam fortes indícios de fraude eleitoral pelo governo ditatorial
daquele país e os notórios e condenáveis abusos sistemáticos após as eleições
presidenciais.
A declaração exige o fim imediato da violência contra a oposição e a
libertação de prisioneiros detidos arbitrariamente, incluindo crianças.
No mesmo documento foi firmado apelo para o imediato retorno, à
Venezuela, do Gabinete do Alto Comissariado da ONU, para os Direitos Humanos,
que foi expulso do país pelo ditador.
Entre os signatários da condenação estão os Estados Unidos da América,
Canadá, Reino Unido, França, Espanha, entre outros países civilizados e
evoluídos, que pedem a urgente restauração da democracia na Venezuela.
A carta ainda menciona o exílio forçado do candidato eleito à
Presidência da Venezuela, no último pleito eleitoral, visto que obteve o maior
número de votos, segundo registros eleitorais considerados válidos.
Em que pese a forte mobilização internacional, o Brasil se manteve
neutro, não aderindo ao apelo dos países sérios, evoluídos e civilizados, cuja
decisão causou críticas de algumas nações participantes.
O documento segue exigindo o fim do uso excessivo da força e das táticas
de intimidação contra a sociedade civil venezuelana, justamente por ferirem os
princípios democráticos e de civilidade.
À toda evidência, ao se omitir a assinar o documento em apreço, o Brasil
se coloca na contramão da história, em clara demonstração de associação a
governo ditatorial, que se mostra completamente contrário aos princípios
democráticos e aos sagrados direitos humanos.
O certo é que o Brasil não declarou, mas a sua opção de se afastar dos
países que defendem a moralização e a dignificação na Venezuela fica muito bem
definido em que lado ele se colocou, qual seja, o da degeneração e do desprezo
à dignidade do ser humano e à predominância dos princípios democráticos, à
vista do reconhecimento sobre as notórias repressão política e violação dos
direitos humanos, conforme foi ressaltado no documento em comento.
Não há a menor dúvida de que somente apelo em forma de reivindicação formal
de nada adianta nem será capaz de sensibilizar a rigidez da troglodita
mentalidade do ditador venezuelano, que não respeita os mais comezinhos
regramentos de civilidade, inerentes aos princípios humanos e democráticos.
Caso os países autores do manifesto em causa realmente tiverem
interessados em contribuir para a redemocratização da ditadura venezuelana, terão,
necessariamente, que adotar medidas efetivamente capazes de causar o despertar
da sensibilidade do presidente-ditador, por meio de atos de total isolamento da
Venezuela, compreendendo todas as formas de relações diplomáticas, em especial
no que diz respeito ao completo bloqueio econômico, com o corte do comércio em
todas as áreas, de modo que o país fique sem condições de importar nem exportar
absolutamente nada.
Acredita-se que somente assim, com a adoção de medidas drásticas,
capazes de asfixiar todas as vias normais de sobrevivência econômica da nação,
a Venezuela há de se render aos apelos dos países civilizados e evoluídos, no
sentido de retornar ao mundo civilizado.
Ante o exposto, concita-se que a Venezuela seja declarada nação que
pratica claras repressão política e violação dos direitos humanos, que, em
razão disso, os países tais e quais decidem cortar todas as formas de relações
diplomáticas com esse país, até a normalização dos princípios humanitários e
democráticos, por meio do pleno respeito às liberdades e à dignidade humanas.
Brasília, em 2 de outubro de 2024
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