A imprensa noticia que dois criminosos renderam a motorista e roubaram
celulares, computadores e outros objetos de funcionários da Presidência da
República, exatamente no momento em que a equipe de segurança preventiva fazia vistoria
em uma escola estadual de São Bernardo do Campo, no ABC de São Paulo, onde o
presidente do país vota.
No registro da ocorrência, a motorista relatou que estava sozinha no
carro quando os criminosos armados chegaram e exigiram que ela saísse do veículo,
os quais levaram o carro que era usado pela equipe de segurança.
Ela informou que também foram levados o celular dela e todos os pertences
que estavam dentro do veículo.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
esclareceu que nenhum armamento foi levado pelos criminosos, tendo afirmado
ainda que o carro roubado era alugado e que a motorista era funcionária da
locadora.
O GSI informou que "A única pessoa presente no veículo no
momento da ação criminosa era a motorista da locadora que relatou o ocorrido
aos agentes do GSI/PR. Nenhum armamento foi levado. Foi registrado o boletim de
ocorrência, e o fato está sendo apurado pelas forças policiais do Estado de São
Paulo".
É evidente que não se pode tratar assunto tão sério como esse de roubo
de carro a serviço da Presidência da República como mera brincadeira, ao se
invocar o dito de alguém que se referia às repressões de garotos que roubavam como
insuportáveis, uma vez que os ladrões apenas se divertiam, ao levarem celulares
para, possivelmente, tomarem uma cervejinha.
Agora, como se vê, a violência bate às portas da Presidência da
República, quando a criminalidade rouba logo o carro da segurança do presidente
do país, em total desprezo à integridade de quem tem o dever de proteger a
sociedade.
Não que isso possa servir de regozijo algum para a sociedade desprotegida,
mas o caso em si tem o condão de severa alerta no sentido de que já passou do
tempo da adoção de medidas modernas de prevenção e controle da criminalidade,
tendo por urgente a priorização do aperfeiçoamento da legislação pertinente, em
conjunto com maciços investimentos em políticas de segurança pública, de modo
que o combate à criminalidade se torne uma das principais metas de governo.
Na verdade, o que se verifica é que o roubo de viatura que servia ao
principal órgão do país compreende-se apenas como mais um de tantos casos
rotineiros e banais, no país tupiniquim, que não merece a mínima preocupação das
autoridades públicas, quanto à necessidade da urgente melhoria da segurança
pública, como se a sociedade estivesse perfeitamente satisfeita com o estado de
calamidade nessa área de suma importância, que diz com a proteção pessoal e
patrimonial.
Nesses momentos em que se descortina a triste realidade da segurança
pública é que pode avaliar o tamanho da falta de caráter de brasileiros que
apoiam, com o seu voto, políticos completamente insensíveis e irresponsáveis,
que demonstram a falta de escrúpulo ao fazerem apologia à criminalidade, quando
eles condenam a repreensão de quem pratica crimes pequenos, quando se sabe que as
grandes e mais graves delinquências começam precisamente com a banalização dos
pequenos delitos, com a impunidade que vicia e se agiganta, tornando
incontrolável e prejudicial à proteção da sociedade.
Infelizmente, é preciso que a sociedade seja alertada no sentido de que
o caos social tem muito a ver com o peso da sua responsabilidade, de vez que a
escolha do representante político tem influência direta na administração das
políticas que interessam diretamente aos brasileiros, como nesse caso da
segurança pública, quando há incentivo à criminalidade por parte de autoridade
pública, que tem como consequência natural o desinteresse pelo melhoramento da
segurança pública e o prejuízo à população.
Apelam-se por que os brasileiros se esforcem e se conscientizem sobre a
urgente mudança de mentalidade patriótica, somente elegendo homens públicos que
realmente tenham compromissos com a defesa das políticas públicas envolvidas
com a melhoria da qualidade de vida, entre as quais a modernidade e o aperfeiçoamento
do sistema de segurança pública.
Brasília, em 5 de outubro de 2024
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