Em mensagem divulgada na internet, havia escrito que é dia de se
comemorar essas figuras eminentes, se referindo a renomados atriz e contar, que
são imortais da Academia Brasileira de Letras.
A meu sentir, a Academia Brasileira de Letras foi instituída pelo grande
e admirável escritor Machado de Assis, para ser a casa de realmente quem
escreve e se torna célebre por suas obras literárias.
Ou seja, a academia tem por finalidade, em essência, ser a casa do
escritor e isso foi observado por século, em estrito respeito à tradição, no
acolhimento exclusivo de escritores de verdade.
Ultimamente, muitas pessoas, indiferentemente à memória do seu
instituidor, estão ingressando na ABL motivado pelo simples prestígio adquirido
no mundo artístico, em evidente desvirtuamento da finalidade para a qual ela
foi criada.
Isso não é vergonhoso somente para a própria academia, que perde o seu
caráter finalístico original, por aceitar o ingresso de quem não preenche, a
rigor, os requisitos exigidos como verdadeiros escritores, mas também para
esses falsos acadêmicos/escritores, porque eles são intrometidos na academia
apenas por circunstância, não correspondendo à relevância e à nobreza do
verdadeiro acadêmico.
Isso indignifica tanto a própria academia como as pessoas, por ficar
patente que elas não estão à altura e à importância da cadeira na qual eles se
sentam, exatamente porque nada escreveram em plena satisfação à posição de
imortal da Academia Brasileira de Letras.
Esse fato nada desqualifica as pessoas que não são escritores de
verdade, por elas serem respeitadas nas suas respectivas áreas de atuação, onde
deveriam permanecer, para dignificar o seu legado, mas nunca elas deveriam
incursionar em setor que precisa prestigiar exclusivamente os escritores que
possuem imensa obra literária e, por mérito, somente eles deveriam ser aceitos
na casa de Machado de Assis.
Brasília, em 20 de outubro de 2024
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