O último ex-presidente do país comemorou o resultado das eleições
municipais, afirmando que o seu partido teve espetacular desempenho nas urnas,
ao ganhar em 9 de 26 capitais brasileiras.
Ele ainda demonstrou a satisfação por outro motivo: "Varremos o
PT de Araraquara", que tinha o domínio político há bastante tempo,
naquele município paulista.
O político prometeu que agora vai se concentrar na eleição paulista,
apoiando o atual prefeito à reeleição, justificando que o vice dele é do seu
partido, embora ele não tenha esclarecido que o vice foi indicação sua, para
não revelar que se trata de seu afilhado político, certamente para evitar assumir
o conchavo existente, ou seja, o explícito interesse político que realmente
existe por parte dele.
O ex-presidente disse que "Agora em São Paulo é abrir o jogo, se
configurar (omiti os nomes), vou entrar de cabeça (na campanha
eleitoral)".
Para o ex-presidente, o candidato conservador derrotado em São
Paulo errou muito durante a campanha e o
laudo falso contra um concorrente foi o fechamento que faltava para tirá-lo da
disputa.
Ele afirmou que "Esse laudo do (omiti o nome) vai marcar
a vida dele, não pretendo conversar com ele", tendo reafirmado que o
prefeito de São Paulo é o seu candidato.
Tudo bem que esse importante político também tenha condenado os graves
desvios de conduta do candidato derrotado, que demonstrou muitas qualidades,
mas se perdeu completamente em detalhes políticos que jamais ele poderia tê-los
protagonizados.
A verdade é que o candidato perdedor foi muito ingênuo em seguir
equivocada estratégia arquitetada para acusar, de forma veemente, os defeitos
dos adversários dele, como se estivesse em jogo a disputa pelo troféu do menos
sujo ou mais atrapalhado, em detrimento da discussão sobre os planos de
governo, cujo resultado foi o pior possível para ele, que pagou caro por suas
investidas absolutamente desnecessárias.
Enfim, o que se viu foi que o confronto da balanço entre as qualidades e
os defeitos do candidato derrotado pesou muito mais a visível falta de
sensibilidade e sensatez dele, uma vez que isso de se acusar as sujeiras dos
demais candidatos não tem qualquer vinculação com o cargo em disputa e os
eleitores perceberam perfeitamente a sua desnecessidade.
Sim, o ex-presidente tem todo direito de afirmar que não quer conversa
com o candidato perdedor, justamente em razão das atitudes desnecessárias dele,
que deveriam ter sido evitadas, para o próprio bem da candidatura dele, que estava
sempre em evidência, com prevalência de fatos negativos.
Não obstante, não foi o primeiro político brasileiro a errar tanto e
isso não justifica, em princípio, que o ex-presidente não queira falar com ele,
tendo em vista que se trata realmente de deslizes que podem até servir como
importante aprendizado, de tal modo que tudo de ruim pode ser refletido para o
fim da montagem de novas estratégias políticas, em especial no sentido de se
perceber que, na campanha eleitoral, o que importa mesmo, perante o eleitorado,
são as qualidades do candidato e não os defeitos dos adversários.
É importante que o candidato perdedor possa refletir e concluir sobre as
suas reais falhas protagonizadas na campanha eleitoral, para o fim das devidas
correções de rumo, tendo em conta principalmente sobre os seus planos de
governo, sem precisar agredir ninguém com acusações, mostrando defeitos e
máculas de adversários, mas sim a essência das metas governamentais pretendidas
de execução na sua gestão.
A verdade é que o candidato perdedor tem excelentes potencialidades
político-administrativas, com base na sua experiência como gestor de negócios
na área privada, além de ter mentalidade conservadora, com notória capacidade
empreendedora que é de suma importância para a gestão pública, em termos de
eficiência, otimização e competência no emprego de recursos públicos.
Enfim, parece aconselhável que o ex-presidente do país pense melhor, com
o máximo de moderação, jamais descartando conversar com o candidato derrotado
de São Paulo, uma vez que, na política, existem muitos caminhos e, por certo,
ambos, mais cedo ou mais tarde, vão necessariamente se cruzar, justamente em
momento em que o Brasil muito precisará da associação de seus talentos, para a
implementação de importantes projetos políticos necessários ao desenvolvimento
do Brasil.
Brasília, em 9 de outubro de 2024
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