Um presidente de partido político
disse que o governador de São Paulo estará preparado para disputar a
Presidência da República, em 2030, uma vez que o atual presidente do país deverá
concorrer à reeleição, embora aquele político seja bem cotado para disputar a
corrida ao Palácio do Planalto, no próximo pleito presidencial.
O mencionado presidente disse que o atual momento político aponta que o
governador de São Paulo “vai fazer uma opção para ser candidato a
governador, para continuar seu governo, que vai muito bem, para consolidar seu
legado.”, sob o argumento de que “ele ainda é jovem e terá tempo para
acumular mais experiência política.”.
Causa perplexidade, esse presidente dizer que é reconhecida a força
política do atual presidente do país e destaca que “ele está acima de
partidos no Brasil, o que pode ser um fator decisivo nas próximas eleições.”.
Outro importante político disse que “vê meios de o presidente (omiti
o nome) se reaproximar do eleitorado evangélico e, assim, consolidar sua
reeleição.
Esse mesmo político afirmou que “Ele sempre defendeu o Bolsa Família,
transporte para as pessoas mais pobres, o Minha Casa, Minha Vida, em que a
maioria das pessoas são evangélicas. (…) O valor cristão ensina que você tem
que cuidar dos mais pobres, ser mais solidário, mais humano. Então se for para
seguir Jesus, é melhor estar com o (omiti o nome).”.
Qualquer pessoa tem todo direito de defender a reeleição do presidente
do país, mas não venha com essa ideia irreal e maluca de “força política”, porque
isso se demonstra por meio do voto, do apoio do povo, que é algo absolutamente inexistente
naquele político apontado como líder apenas da agremiação comandada por ele, que
já foi muito forte, apenas no passado.
Na atualidade, as urnas mostraram que o partido do presidente do país
somente conseguiu eleger pouco mais de duzentos prefeitos, no universo de aproximadamente
5.670 municípios, o que representa cerca de 4% do eleitorado brasileiro,
quantidade extremamente decepcionante para se pretender reeleger o presidente
do país, totalmente desprestigiado e desmoralizado, por não ter conseguido
provar a sua inocência nos atos irregulares cuja autoria é atribuída a ele.
No caso, chega a ser risível se basear em força política do presidente
para se defender a reeleição dele, uma vez que o conceito dele perante os
brasileiros é o pior possível, quando a maioria absoluta do povo o rejeita de
forma radical, não o aceitando como o seu representante político, diante da demonstração
da falta dos predicativos mínimos para o exercício do cargo máximo da nação.
Ou seja, se depender essencialmente da força política, o atual
presidente já poderia se despedir agora mesmo do cargo, que seria enorme alívio
para os interesses do Brasil, porque o seu conceito se encontra em nível mais
do que sofrível de decadência, por ter aprovação apenas dos seguidores que são
defensores dos programas assistencialistas de governo, como o Bolsa Família,
que é enxergado como símbolo de pobreza e de subdesenvolvimento social, como verdadeiro
puxador de voto para o partido dele, algo apenas deplorável.
É terrivelmente lamentável a mentalidade dos políticos que defendem a manutenção
dos programas assistencialistas, como o Bolso Família, os transportes
populares, a assistência residencial e outros projetos com viés exclusivamente eleitoreiros,
que são políticas importantes, em termos sociais, mas apenas em condições excepcionais,
uma vez que governos sérios, competentes, eficientes e responsáveis precisam
cuidar da execução de políticas públicas destinadas ao incentivo da criação de
empregos, por meio de valorização da produção e de obras públicas de impactos,
que ajudam aos fatores de desenvolvimento, especialmente para a melhoria de
vida das classes menos assistidas, em termos de políticas de investimentos
públicos e privados.
Na verdade, essa tendência da manutenção de políticos populistas no
poder tem o condão de incentivar a eterna consolidação da pobreza dos
brasileiros, que ficam vivendo de programas assistencialistas mantidos por
governos medíocres, visivelmente incapazes da criação de políticas públicas com
cunho desenvolvimentista, com capacidade para a criação de empregos e do
fomento ao progresso, porque a sua mentalidade é a da desprezível manutenção no
poder, com o reforço da deplorável ideia de consolidação dos programas
assistencialistas, em forma de recompensa pelo voto.
Diante das circunstanciais atuais, em que o governo tem enorme desaprovação
popular e isso é fato notório, à vista da péssima repercussão da sua gestão extremamente
precária, com enorme desperdício de gastos públicos, com reflexos diretos nos orçamentos
deficitários, já passou do momento de haver o devido recall do representante
político que não corresponde aos requisitos mínimos de eficiência, competência
e responsabilidade perante a satisfação dos interesses da sociedade.
Ou seja, todo homem público se elege com o propósito de ser o fiel
representante político da sociedade e isso implica na obrigação da prestação de
serviços públicos razoavelmente em padrão de satisfatoriedade dos interesses da
população, em forma de correspondência do cumprimento ajustado na campanha
eleitoral, no sentido de fidelidade à defesa dos anseios da sociedade.
Do contrário disso, é preciso, por imposição de respeito à grandeza das funções
públicas, que o representante do povo possa ser avaliado quanto ao seu
desempenho político, cabendo ao povo, na mesma forma que o elegeu, decidir se
ele pode continuar no mandato ou precisa ser substituído, diante dos motivos indicativos
de incompetência prejudicial à eficiência na gestão pública.
Na verdade, o recall tem a equivalência de avaliação com a capacidade de
se dizer que o político precisa passar pelo estágio probatório, que é qualidade
que precisa urgentemente ser introduzida na administração pública, para se
permitir a implantação do selo de eficiência, a se garantir que todos os
representantes políticos se esforcem para continuar na vida pública, sob pena
de perder o mandato em pleito idêntico ao qual ele fora eleito.
É evidente que medida destinada à exigência de comprovação de
competência do representante político jamais será aprovado no pais tupiniquim,
que já demonstrou que ele prima para a prevalência do quesito quanto pior,
melhor na administração público, à vista dos reiterados exemplos de abusos de
mediocridades das políticas incentivadoras da perpetuidade dos programas
assistencialistas de governo, quando há múltiplas opções para a implantação de
ações destinadas ao desenvolvimento socioeconômico, por meio de programas de
incentivo aos investimentos públicos e privados.
Enfim, embora as melhores políticas se apresentam para aquelas
destinadas ao fomento ao progresso, com investimentos maciços em obras públicas
e incentivo à produção privada, com real capacidade para a geração de empregos
e mais renda para a população, mas a prevalecente e medíocre mentalidade dos políticos brasileiros tem sido
a que privilegia os programas subdesenvolvimentistas de incentivo ao
assistencialismo, como forma da consolidação do regresso socioeconômico e da potencialização
da incompetência e da ineficiência, na administração pública.
De maneira bastante notória, tem-se aí a confirmação do famoso adágio
segundo o qual o povo tem o representante político que bem merece, porque
somente este tem o poder, por meio do voto, de exigir a mudança da vulgaridade
existente na representatividade política, que vem funcionando em detrimento dos
interesses dos próprios brasileiros.
Brasília, em 13 de outubro de 2024
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