quarta-feira, 1 de junho de 2011

À espera da nova fórmula

O que outrora era tão emocionante, de repente se transformou em algo absolutamente sem graça, insosso e quase sem interesse. É o caso das corridas de carros da Fórmula 1, em que o circo foi armado para somente um artista brilhar e dar as cartas, tendo a facilidade de manobrar seu carrinho como se fosse brinquedo, sem ser incomodado por ninguém. Exemplo disso é que já foram realizadas seis provas, sendo contabilizadas cinco vitórias para um único protagonista, enquanto os demais pilotos se tornaram meros coadjuvantes de um espetáculo que perdeu o encanto e até a motivação da sua existência, em função da falta de concorrência à altura pela disputa do título, ou até mesmo pela definição do melhor entre os melhores. Nesse episódio, o telespectador aficionado foi o maior prejudicado, porque não tem opção para torcer, ficando as manhãs de domingo sem o elã e o charme das mudanças da liderança do campeonato e sem a emoção das ultrapassagens, ocasião em que se mostrava quem realmente tinha competência no volante e muitos igualmente se destacavam, contribuindo para dar o verdadeiro sentido às corridas mais charmosas do mundo, que ajudaram a criar grandes ídolos, pela bravura, coragem e altruísmo ao esporte de alto risco. A Fórmula 1 precisa, com urgência, ser recriada, com novos mecanismos e invenções que modifiquem completamente tudo o que se encontra aí, para que a magia das corridas dominicais volte a encantar e motivar seus eternos apaixonados.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 1º de junho de 2011

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