quinta-feira, 30 de junho de 2011

O brilho da estrela solitária

Pouco importa se o elenco do Botafogo não tem ainda um padrão técnico-tático de jogo definido. Nem tampouco interessa saber se os jogadores não conseguem acertar um passe a um metro de distância. Muito menos, ironicamente, se o motorzinho do time é um jogador oriundo do futebol baiano - Estado famoso por ser exemplo de vagareza -, mas que vem sendo o craque-artilheiro, com os gols das vitórias alvinegras, inclusive tendo marcado contra o goleiro-artilheiro centenário, nessa sua atual fase brindando os torcedores brasileiros com seus “franguinhos” maravilhosos. Na verdade, o mais importante de tudo é que, mesmo diante de suas notórias limitações, mas sabendo aproveitar as deficiências dos seus oponentes, o Botafogo, enfim, se aproximou do topo de um campeonato sem muita empolgação, sem a existência de um time com destaque entre os demais competidores, nem com potencial capaz de ser considerado virtual campeão. Convém ser feito este registro, agora, para que sejam aproveitados e saboreados  estes momentos gloriosos e contemplados os raros lampejos de esplendor que os cercam, evidentemente almejando que eles possam ser transformados proximamente em muitas glórias. É muito boa esta fase, em que o coração dos torcedores se enternece com amor pelo time querido e reconhecimento aos jogadores, pela demonstração de bravura e de esforço, propiciando que o grupo se disponha a conquistar o brilho do sol, perto do qual a Estrela Solitária, por enquanto, vem lutando heroicamente, com a força da sua própria luz e com a esperança de que, ao final da jornada, o brilhantismo de suas vitórias resplandeça sobre os demais concorrentes. Viva o atual momento feliz do Fogão.
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 30 de junho de 2011

   

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