O presidente do Senado Federal   rebateu as severas e apropriadas críticas que vem recebendo em virtude de ter   usado, em agosto último, um helicóptero da Polícia Militar do Estado do   Maranhão, governado por sua filha, para viagens particulares em deslocava para   sua ilha particular, tendo reafirmado que tem "direito" a esse tipo de transporte. Na ocasião, ele disse   que 'Não   prejudicou ninguém', embora, no momento, houvesse uma pessoa   gravemente ferida, que   teria sido preciso esperar o desembarque dessa autoridade para ser retirada   de outro helicóptero. Agora, ele disse ao jornal "Zero Hora", do   Rio Grande do Sul, que: "Quando   esses privilégios foram criados, o objetivo era que os deputados fossem   livres e seus salários não os fizessem miseráveis, dependentes dos   presidentes" e continuou: "Quando   a legislação diz que o presidente do Congresso tem direito a transporte de   representação, estamos homenageando a democracia, cumprindo a liturgia das   instituições". No seu entendimento,   privilégios a congressistas “homenageiam   democracia”. Esse fato   mostra a verdadeira marca registrada de um político decrépito e totalmente   fora de sintonia com os anseios da sociedade, que não merece ser tratada com tanto   desdém e explícita prepotência. É inadmissível que esse político se posicione   como o suprassumo das pessoas, alegando direito adquirido de privilégio como   presidente de uma Casa Legislativa, em homenagem à democracia. Essa é mais   uma barbárie cometida por esse politico, ao agredir e confundir democracia, que,   entre tantas definições, significa prática de princípios de igualdade de   direitos, oportunidade e tratamento numa comunidade, com privilégio, que pode   ser vantagem ou concessão especial feita a alguém, sem exagero. Numa   verdadeira democracia, não se admite privilégio somente para poucos, em   detrimento da sociedade. É lamentável que esse político abuse da sua   autoridade para menosprezar o direito dos cidadãos que pagam os seus vários   vencimentos e proventos, tendo em vista que o helicóptero foi comprado com   dinheiro do povo, com a destinação exclusiva à prestação de socorros médicos   no Maranhão e jamais poderia ser utilizado nem pela presidente da República,   que também merece transporte especial, mas esse veículo ou aeronave deve ser   provido por outros meios apropriados e diferentes daquele que tem uso   específico, não podendo ser dele desviado, sob pena de comprometer o   atendimento à saúde pública e à vida de pessoas acidentadas, como de fato   ocorreu, cujo socorro não pode ficar à mercê do oferecimento de privilégio   inexistente no caso concreto. Esse lamentável episódio exige que o povo   brasileiro se conscientize da verdadeira necessidade de acabar com esse tipo   de privilégio a qualquer político, em homenagem à democracia, votando, para o   seu representante político, na pessoa que possua dignidade, espírito   humanitário, respeite e valorize o seu semelhante e tenha o indispensável e   exclusivo devotamento às causas do interesse público. Acorda, Brasil!     |    
Brasília, em 12 de outubro de 2011
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