quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Taxa básica de juros

O Banco Central do Brasil vem utilizando a taxa de juros como instrumento essencial para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia, conforme os indicativos do mercado e da produção mundial. A população tem maior acesso ao crédito e consome mais quando os juros caem muito, contribuindo para aumentar a demanda e consequentemente pressionar os preços, caso a indústria não esteja apta para o atendimento de maior consumo. Por sua vez, havendo subida dos juros, automaticamente são inibidos o consumo e os investimentos, uma vez que o dinheiro fica mais custoso e a economia desacelera, evitando que os preços subam e que ocorra inflação. A gradual redução da taxa básica de juros (Selic) é forma capaz e necessária para a diminuição da atratividade das aplicações em títulos da dívida pública, servindo também como meio para a sobra de mais dinheiro no mercado financeiro, para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo, ou seja, a baixa da taxa de juros é benéfica para o desenvolvimento principalmente para a economia do país. A viabilização dos investimentos depende do corte das taxas de juros, levando-se em conta a contextualização dos tempos de crise, como vem acontecendo no momento. Outro aspecto importante que se pode observar com a queda dos juros é a migração natural de recursos da renda fixa para as aplicações na Bolsa de Valores, que é o real termômetro da economia, devido à injeção vitaminada que ela precisa para viabilizar os investimentos na produção. A subida dos juros propicia exatamente o inverso disso, com a corrida dos investidores para as aplicações de renda fixa, prejudicando diretamente o setor produtivo, cujo processo possibilita a sugação dos dinheiros pelos ralos dos melhores rendimentos. Embora a Selic, taxa básica usada em operações entre bancos, que exerce influência sobre os juros de toda a economia, por refletir a medida de remuneração dos títulos federais negociados e permitir a atualização diária das posições das instituições financeiras, seja importante mecanismo de controle governamental da malvada inflação para os brasileiros, a sociedade espera com avidez que se efetive maior agilidade na diminuição das taxas de juros, de forma palpável e significativa, para que a economia possa se expandir, mediante o aquecimento da produção e do consumo, evidentemente sem os gargalos e os estorvos impostos pelas altíssimas taxas de juros, que, sem escrúpulo, são as mais perversas do planeta Terra, e que o Brasil possa enveredar pelo arejado caminha do crescimento e do desenvolvimento social e econômico.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 20 de outubro de 2011

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