Segundo reportagem publicada no jornal O Globo, o ex-presidente da República
petista “roubou os holofotes da atriz
italiana Sophia Loren na cerimônia de apresentação do calendário Pirelli 2013”.
Ele, que foi um dos últimos a chegar à festa celebrada no Píer Mauá, desviou a
atenção inclusive dos famosos estrangeiros, como atores e atrizes presentes. No
evento, o presidente de uma empresa de pneus prestou-lhe homenagem com um
prêmio por seu trabalho à frente do governo brasileiro. No seu discurso, o
político, a par de elogiar a nominada atriz, ao dizer que ela é a maior estrela
da noite, avaliou os avanços econômicos e sociais do país nos últimos anos, acreditando
que o Brasil passou a ser mais “respeitado no mundo”. Ao mencionar que “O Brasil não desperdiçará o século 21, como
fez com o 20” e que, no seu governo, 28 milhões de brasileiros saíram da
pobreza extrema e 40 milhões ascenderam à classe média, o ex-presidente foi
aplaudido. Não deixa de ser lamentável que a empresa de pneus associe a figura
da deusa do cinema mundial, pessoa prestigiada internacionalmente, à imagem de
quem, no momento, tem andado se escondendo da imprensa, fugindo dos
jornalistas, não respondendo aos pedidos de entrevista, em razão de ter seu
nome envolvido com o escândalo do mensalão, sendo acusado de ser o chefe do
esquema fraudador da gestão pública, ou seja, o corrupto-mor, por ter se
beneficiado das operações objeto dos fatos julgados pelo Supremo Tribunal
Federal. A sociedade lamenta que se preste homenagem a um cidadão que loteou o
estado brasileiro para companheiros, aliados, de forma fisiologista, em prol de
projeto de hegemonia política, contribuindo para fomentar a corrupção no seu
governo; turbinou laços de dependência dos mais pobres com o Estado, mediante
diversas bolsas e outras benesses assistenciais, objetivando se eternizar no
poder; foi incapaz de promover, ainda que mínimas, reformas estruturais; renegou
os programas econômicos do seu antecessor, mas os encampou no seu governo; foi
completamente incapaz de criar programas de governo; deixou de investir na
infraestrutura visando ao progresso do país; decanta melhorias sociais ancorada
em mero marketing de governo, porque qualquer presidente medíocre teria feito o
múltiplo do que foi realizado, a exemplo da atual mandatária que tem
desempenho, embora ruim, pouco melhor do que o seu; entre outras deficiências
que contribuíram para acentuar o atraso socioeconômico da nação. Não deixa de ser lamentável o texto do título da reportagem, ao afirmar que
o petista
teria roubado os holofotes da atriz italiana, por funcionar como infeliz ironia, ao suscitar literalmente o peso da fama do político,
diante de tantas insinuações feitas em relação à sua reputação de solidariedade
à corrupção e à delinquência. Diante do legado de sujeira e de desonestidade atribuído
ao ex-presidente, a sociedade sente-se ultrajada e humilhada quando pessoa como
ele, indiferente às causas nacionais, ainda é homenageada, por ficar a sensação
ruim de injustiça quanto à realidade sobre a vida púbica de um político que não
condiz em absoluto com a grandeza moral e ética do Brasil, principalmente pelo
fato da relutância quanto à omissão da verdade lamacenta e infecta do seu
governo, tão repleto de indignidades e de fatos vergonhosos, segundo as
apurações dos órgãos competentes. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de dezembro de 2012
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