segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Candidatura independente, já!

Com o lançamento precoce das candidaturas à Presidência da República, já se delineia o perfil dos principais pretendentes à ocupação do mais importante "trono" do país, representados pelas figuras praticamente carimbadas dos principais partidos, que pretendem estabelecer revezamento na cadeira mais cobiçada, que tem o poder de aglutinar os grandes partidos aos seus pés, mediante o costumeiro sistema seboso e indigno do “toma lá, dá cá”, permeada com a marca indelével da falta de escrúpulo na gestão dos recursos dos bestas dos brasileiros, que, mesmo consciente da desmoralização da administração pública, não toma vergonha na cara para exigir respeito aos princípios da ética, moralidade e legalidade, como forma de prestigiar o nobre exercício da democracia. Diante do quadro já exposto da corrida presidencial, é voz corrente da população, engrossada por expressiva opinião pública, que, de uma forma ou de outra, os pré-candidatos não preenchem adequadamente os requisitos de moralidade, competência e visão de estadista, por não se enquadrarem ao perfil pretendido e exigido para administrar condignamente os destinos do país, com total independência do malévolo e imundo pensamento ideológico do fisiologismo implantado no governo; competência técnica e profissional capazes de apresentar programa de governo viável e adequado às reais necessidades do povo, inclusive com a indicação das prioridades para o saneamento das mazelas ou até mesmo para, minimamente, atacar as suas raízes; e completa independência dos deprimentes esquemas que têm significativa participação na gestão da nação, constituídas de pessoas sem a menor qualificação, a exemplo do que se constata na atualidade, uma vez que basta garantir o apoio aos projetos do governo no Congresso Nacional para ser integrante da classe dominante do país. Ainda há tempo para se modificar esta triste realidade do país e a sua solução pode provir da viabilização de candidaturas independentes, em todos os níveis dos cargos públicos eletivos, obviamente sem vinculação com partidos políticos. Trata-se de medida bastante inteligente, por propiciar o extermínio das terríveis ideologias programáticas do abominável fisiologismo, encampadas pelas agremiações situacionistas, das maiores às menores, que funciona como instrumento nefasto da coligação ao governo para receber em troca as benesses do poder, mediante cargos públicos nos ministérios e nas empresas estatais, bem assim usufruir das facilidades na liberação de verbas públicas destinadas a fins nunca declarados ou justificados para os bestas dos contribuintes. A candidatura independente existe nos países desenvolvidos e avançados democraticamente, a exemplo dos Estados Unidos da América, onde qualquer cidadão pode se candidatar a qualquer cargo, segundo as suas convicções ideológicas e a sua vocação tão somente para prestar serviços ao público. O candidato independente pode ter enormes vantagens sobre os candidatos filiados a partidos políticos, porque ele se reveste de autonomia tal que se torna independente da retrógrada e pragmática sede de poder pelo poder, tendo plenas condições de defender seu programa de trabalho no exercício de mandato pautado exclusivamente na consecução de objetivos focados na satisfação do interesse da sociedade, sem vinculação ou obrigação de se submeter aos conchavos e arranjos políticos, normalmente engendrados por partidos objetivando a formação de coalizões e coligações interesseiras muito mais visando à satisfação pessoal ou partidária, por intermédio de mecanismos compensatórios contrários aos salutares princípios democráticos, que devem imperar na política. O candidato independente, como o próprio nome indica, pode ter plena autonomia para não se misturar com os políticos desonestos e indecorosos, que tramam e se envolvem em atos indignos e contrários aos princípios da dignidade e da honradez. Ele poderá ser menos influenciável às “bondades” e às cafajestagens palacianas, quanto à obrigação de apoiar as maracutaias dos governos incompetentes e corruptos, que fazem coalizão com políticos com exclusiva finalidade de apoiá-las, em detrimento das causas nacionais. Enfim, a candidatura independente pode ser a salvação da política brasileira, por se destinar à defesa de ideologias e programas sadios, desinteressados e facilmente controlados pela sociedade, porque a consciência do político poderá ser bem menos poluída das sujeiras próprias dos partidos vendáveis, facilmente “conquistados” por governos incompetentes e tendenciosos, pensam em tudo, menos nas questões sociais. A sociedade tem o dever cívico de, para o bem da nação e em consonância com a evolução da humanidade e da democracia, defender a candidatura independente, como forma maravilhosa de possibilitar que as pessoas de bem, honestas e de bons propósitos na vida pública, tenham a dignidade e honradez de ser político tão somente para servir ao país e à sociedade e não para se beneficiar da política para a realização dos seus objetivos pessoais e partidários. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 04 de agosto de 2013

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