Com o
lançamento precoce das candidaturas à Presidência da República, já se delineia
o perfil dos principais pretendentes à ocupação do mais importante "trono" do
país, representados pelas figuras praticamente carimbadas dos principais
partidos, que pretendem estabelecer revezamento na cadeira mais cobiçada, que
tem o poder de aglutinar os grandes partidos aos seus pés, mediante o
costumeiro sistema seboso e indigno do “toma lá, dá cá”, permeada com a marca indelével
da falta de escrúpulo na gestão dos recursos dos bestas dos brasileiros, que, mesmo
consciente da desmoralização da administração pública, não toma vergonha na
cara para exigir respeito aos princípios da ética, moralidade e legalidade,
como forma de prestigiar o nobre exercício da democracia. Diante do quadro já
exposto da corrida presidencial, é voz corrente da população, engrossada por expressiva
opinião pública, que, de uma forma ou de outra, os pré-candidatos não preenchem
adequadamente os requisitos de moralidade, competência e visão de estadista, por
não se enquadrarem ao perfil pretendido e exigido para administrar condignamente
os destinos do país, com total independência do malévolo e imundo pensamento
ideológico do fisiologismo implantado no governo; competência técnica e
profissional capazes de apresentar programa de governo viável e adequado às
reais necessidades do povo, inclusive com a indicação das prioridades para o saneamento
das mazelas ou até mesmo para, minimamente, atacar as suas raízes; e completa independência
dos deprimentes esquemas que têm significativa participação na gestão da nação,
constituídas de pessoas sem a menor qualificação, a exemplo do que se constata
na atualidade, uma vez que basta garantir o apoio aos projetos do governo no
Congresso Nacional para ser integrante da classe dominante do país. Ainda há
tempo para se modificar esta triste realidade do país e a sua solução pode provir
da viabilização de candidaturas independentes, em todos os níveis dos cargos
públicos eletivos, obviamente sem vinculação com partidos políticos. Trata-se
de medida bastante inteligente, por propiciar o extermínio das terríveis ideologias
programáticas do abominável fisiologismo, encampadas pelas agremiações
situacionistas, das maiores às menores, que funciona como instrumento nefasto da
coligação ao governo para receber em troca as benesses do poder, mediante
cargos públicos nos ministérios e nas empresas estatais, bem assim usufruir das
facilidades na liberação de verbas públicas destinadas a fins nunca declarados
ou justificados para os bestas dos contribuintes. A candidatura independente
existe nos países desenvolvidos e avançados democraticamente, a exemplo dos
Estados Unidos da América, onde qualquer cidadão pode se candidatar a qualquer
cargo, segundo as suas convicções ideológicas e a sua vocação tão somente para
prestar serviços ao público. O candidato independente pode ter enormes
vantagens sobre os candidatos filiados a partidos políticos, porque ele se reveste
de autonomia tal que se torna independente da retrógrada e pragmática sede de
poder pelo poder, tendo plenas condições de defender seu programa de trabalho no
exercício de mandato pautado exclusivamente na consecução de objetivos focados
na satisfação do interesse da sociedade, sem vinculação ou obrigação de se submeter
aos conchavos e arranjos políticos, normalmente engendrados por partidos
objetivando a formação de coalizões e coligações interesseiras muito mais visando
à satisfação pessoal ou partidária, por intermédio de mecanismos compensatórios
contrários aos salutares princípios democráticos, que devem imperar na política.
O candidato independente, como o próprio nome indica, pode ter plena autonomia
para não se misturar com os políticos desonestos e indecorosos, que tramam e se
envolvem em atos indignos e contrários aos princípios da dignidade e da
honradez. Ele poderá ser menos influenciável às “bondades” e às cafajestagens palacianas,
quanto à obrigação de apoiar as maracutaias dos governos incompetentes e corruptos,
que fazem coalizão com políticos com exclusiva finalidade de apoiá-las, em
detrimento das causas nacionais. Enfim, a candidatura independente pode ser a
salvação da política brasileira, por se destinar à defesa de ideologias e
programas sadios, desinteressados e facilmente controlados pela sociedade,
porque a consciência do político poderá ser bem menos poluída das sujeiras
próprias dos partidos vendáveis, facilmente “conquistados” por governos
incompetentes e tendenciosos, pensam em tudo, menos nas questões sociais. A
sociedade tem o dever cívico de, para o bem da nação e em consonância com a
evolução da humanidade e da democracia, defender a candidatura independente,
como forma maravilhosa de possibilitar que as pessoas de bem, honestas e de
bons propósitos na vida pública, tenham a dignidade e honradez de ser político
tão somente para servir ao país e à sociedade e não para se beneficiar da
política para a realização dos seus objetivos pessoais e partidários. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 04 de agosto de 2013
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