O Escritório Nacional de
Estatística e Informação de Cuba revela que se processa, na ilha, a maior taxa
de emigração desde a chamada Crise dos Balseiros, em 1994. Essa entidade
concluiu que, somente em 2012, 46.662 cubanos saíram, em definitivo, do país de
aproximadamente 11 milhões de habitantes. A evasão de pessoas é preocupante
porque a população do país vem envelhecendo muito rapidamente. Embora a
pesquisa não mencione a faixa etária dos emigrantes, o seu perfil tradicional
situa-se entre jovens, com alguma qualificação, que são ambicionados por
melhoria de vida no país do Tio Sam, onde há reais possibilidades da obtenção
de visto de permanência e de emprego e ainda de viver com dignidade. Segundo a
entidade, nos últimos cinco anos, cerca de 39 mil cubanos fogem anualmente do
país, superando as médias registradas desde os primeiros anos pós-Revolução
Cubana de 1959. O governo da ilha demonstra preocupação com a fuga, ante a
constatação de crescimento populacional negativo, a exemplo do ano passado, que
foi de menos 1,5%. Os dados mostram que, em 2002, a população cubana era de
11.177.743 pessoas e dez anos mais tarde, houve o registro de apenas 11.163.934
ilhéus. Apesar da generalizada decadência da ilha, o ditador-mor não pensa em
mudar um dos piores ferrolhos com que aprisiona seu povo, ressalvando que vai
manter a unidade e o socialismo como prioridades da sua gestão. A situação cubana encontra-se em processo
tão degradante que somente o governo brasileiro, seus asseclas e outros
simpatizantes do regime ainda têm a indignidade de apoiar aquela ditadura
sanguinária e perversa, que nem mesmo os cubanos a toleram mais, à medida que
percebem a real estagnação da Ilha. A degradação humana vem se processando há
mais de cinquenta anos, quando houve a desumana revolução, com a matança em
massa, a desapropriação das propriedades e a imposição do regime absolutista e
cruel, com a submissão do povo aos piores atrasos que a humanidade tem
conhecimento. Causa enorme espanto se perceber, à vista dos expressivos avanços
do homem, à luz da evolução e das conquistas nos diversos campos da ciência, da
tecnologia e dos demais conhecimentos humanos, que ainda existem pessoas, vivendo
no mundo civilizado, tomando como paradigma o arcaico e horroroso regime cubano
de governo, mesmo com a corrosão dos direitos humanos e a deterioração da
civilidade do seu povo. Há ainda quem considera a ditadura Castrista exemplo e
modelo de governo, a ponto de defenderem os métodos de bestialidades submetidos
à geração totalmente perdida, em face da sua desconexão com a realidade dos
novos tempos, à vista dos imensuráveis benefícios incorporados à humanidade, mas
que são absolutamente negados ao povo cubano, que ainda deve continuar nas
trevas da ignorância e do atraso por bastante tempo, mergulhado da fechadura do
regime que beneficia somente a cúpula dominante, que se perpetua no poder. É
desanimador se constatar que a filosofia de perenidade no poder é também o
ideário programático do partido que atualmente comando a nação tupiniquim, por
aplicar métodos revolucionários cubanos, a exemplo do mais escrachado
fisiologismo destinado à reafirmação das espúrias alianças interesseiras de
politicagem objetivando o controle dos partidos igualmente inescrupulosos,
capazes de seduzir à continuidade do poder. No caso do êxodo cubano,
vislumbra-se que a progressiva diminuição de ilhéus levará fatalmente a
situação bem inusitada de que os velhos irmãos Castristas vão comandar a si próprios,
diante da falta dos imbecis que se acovardaram, por tanto tempo, ao aceitar que
um país antes vanguardista em muitos setores do saber humano fosse colocado em
patamar tão desprezível, a ponto de a sobrevivência das pessoas dependerem do
racionamento de alimentos e gêneros básicos, controlada por meio de humilhantes
cadernetas adotadas pelo regime socialista e comunista, idolatrado por um bando
de “intelectuais” brasileiros e mundiais. A humanidade tem o dever de repugnar
a existência de regime completamente desumano, que não respeita os direitos
humanos, quanto à liberdade de iniciativa, expressão e vivência condigna como
seres livres e donos dos seus destinos, impedidos do usufruto dos benefícios
propiciados às pessoas do mundo civilizado, que têm o direito de decidir e
viver livremente, conforme as sábias leis da liberdade, da inteligência e do
progresso da humanidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de agosto
de 2013
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