sábado, 3 de agosto de 2013

O absolutismo e as trevas

O Escritório Nacional de Estatística e Informação de Cuba revela que se processa, na ilha, a maior taxa de emigração desde a chamada Crise dos Balseiros, em 1994. Essa entidade concluiu que, somente em 2012, 46.662 cubanos saíram, em definitivo, do país de aproximadamente 11 milhões de habitantes. A evasão de pessoas é preocupante porque a população do país vem envelhecendo muito rapidamente. Embora a pesquisa não mencione a faixa etária dos emigrantes, o seu perfil tradicional situa-se entre jovens, com alguma qualificação, que são ambicionados por melhoria de vida no país do Tio Sam, onde há reais possibilidades da obtenção de visto de permanência e de emprego e ainda de viver com dignidade. Segundo a entidade, nos últimos cinco anos, cerca de 39 mil cubanos fogem anualmente do país, superando as médias registradas desde os primeiros anos pós-Revolução Cubana de 1959. O governo da ilha demonstra preocupação com a fuga, ante a constatação de crescimento populacional negativo, a exemplo do ano passado, que foi de menos 1,5%. Os dados mostram que, em 2002, a população cubana era de 11.177.743 pessoas e dez anos mais tarde, houve o registro de apenas 11.163.934 ilhéus. Apesar da generalizada decadência da ilha, o ditador-mor não pensa em mudar um dos piores ferrolhos com que aprisiona seu povo, ressalvando que vai manter a unidade e o socialismo como prioridades da sua gestão. A situação cubana encontra-se em processo tão degradante que somente o governo brasileiro, seus asseclas e outros simpatizantes do regime ainda têm a indignidade de apoiar aquela ditadura sanguinária e perversa, que nem mesmo os cubanos a toleram mais, à medida que percebem a real estagnação da Ilha. A degradação humana vem se processando há mais de cinquenta anos, quando houve a desumana revolução, com a matança em massa, a desapropriação das propriedades e a imposição do regime absolutista e cruel, com a submissão do povo aos piores atrasos que a humanidade tem conhecimento. Causa enorme espanto se perceber, à vista dos expressivos avanços do homem, à luz da evolução e das conquistas nos diversos campos da ciência, da tecnologia e dos demais conhecimentos humanos, que ainda existem pessoas, vivendo no mundo civilizado, tomando como paradigma o arcaico e horroroso regime cubano de governo, mesmo com a corrosão dos direitos humanos e a deterioração da civilidade do seu povo. Há ainda quem considera a ditadura Castrista exemplo e modelo de governo, a ponto de defenderem os métodos de bestialidades submetidos à geração totalmente perdida, em face da sua desconexão com a realidade dos novos tempos, à vista dos imensuráveis benefícios incorporados à humanidade, mas que são absolutamente negados ao povo cubano, que ainda deve continuar nas trevas da ignorância e do atraso por bastante tempo, mergulhado da fechadura do regime que beneficia somente a cúpula dominante, que se perpetua no poder. É desanimador se constatar que a filosofia de perenidade no poder é também o ideário programático do partido que atualmente comando a nação tupiniquim, por aplicar métodos revolucionários cubanos, a exemplo do mais escrachado fisiologismo destinado à reafirmação das espúrias alianças interesseiras de politicagem objetivando o controle dos partidos igualmente inescrupulosos, capazes de seduzir à continuidade do poder. No caso do êxodo cubano, vislumbra-se que a progressiva diminuição de ilhéus levará fatalmente a situação bem inusitada de que os velhos irmãos Castristas vão comandar a si próprios, diante da falta dos imbecis que se acovardaram, por tanto tempo, ao aceitar que um país antes vanguardista em muitos setores do saber humano fosse colocado em patamar tão desprezível, a ponto de a sobrevivência das pessoas dependerem do racionamento de alimentos e gêneros básicos, controlada por meio de humilhantes cadernetas adotadas pelo regime socialista e comunista, idolatrado por um bando de “intelectuais” brasileiros e mundiais. A humanidade tem o dever de repugnar a existência de regime completamente desumano, que não respeita os direitos humanos, quanto à liberdade de iniciativa, expressão e vivência condigna como seres livres e donos dos seus destinos, impedidos do usufruto dos benefícios propiciados às pessoas do mundo civilizado, que têm o direito de decidir e viver livremente, conforme as sábias leis da liberdade, da inteligência e do progresso da humanidade.  Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
                       
Brasília, em 02 de agosto de 2013

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