terça-feira, 22 de julho de 2014

Indispensáveis contribuições

Em resposta a pedido de amigo para colaborar na campanha de candidato a deputado distrital, tive a satisfação de alinhavar rápidas canetadas sobre algumas ideias que, no momento, as considerei oportunas, como forma de serem prestadas importantes contribuições ao que ele classificou de abnegado político, que já deve ter seus planos para o desempenho de tão disputado cargo, ante a infinidade de vantagens que ele proporciona ao seu ocupante. No caso do Distrito Federal, não é novidade que o Legislativo tem sido exemplo de gigantesco desperdício de dinheiro do contribuinte, pelo tanto de gastos com eles próprios, os servidores e diversidade de eventos que não condizem exatamente com as atividades legislativas, no estrito sentido da instituição Parlamento. Desde já, foi dada a garantia a ele de que são do candidato em comento os votos meu e de milhares de pessoas de bem e de responsabilidade pelo desenvolvimento desta nação, que almejam a limpeza dos maus políticos da vida pública, a moralização das atividades político-partidárias, principalmente  dos Parlamentos, e a seriedade no exercício dos cargos públicos eletivos. No meu caso específico, o nobre candidato pode assegurar o meu voto, desde que se comprometa, mediante documento público lavrado em cartório e mostrado aos eleitores, que a sua campanha como candidato será financiada exclusivamente com recursos próprios, arrecadados mediante rifas, sorteios de objetos, almoços de confraternização etc., como forma de não se comprometer com grupos, sindicatos, cooperativas, associações ou pessoas responsáveis pelas despesas da sua campanha, uma vez, depois de formado o vínculo entre candidato e eles, o político, ao tomar posse, tem preito de gratidão que o obriga a defender as causas daqueles que foram responsáveis por suas despesas, que nem sempre guardam consonância com o princípio da parcimônia; se comprometa a ser autêntico servidor público, tendo obrigação de trabalhar de segunda-feira a sexta-feira, cumprindo religiosamente 40 horas semanais, como fazem os servidores de carreira, por força de obrigação estatutária; a receber somente a remuneração principal pertinente ao cargo básico de deputado, no valor previsto constitucionalmente, com expressa abdicação dos demais absurdos e inaceitáveis penduricalhos compostos por as mais variadas ajudas, verbas de representação e de gabinete, auxílios múltiplos, mordomias, regalias e demais benesses injustificáveis e até odiáveis, por não se compatibilizarem com as condições de penúria do povo brasileiro e com a realidade do trabalhador pai de família, que dá o maior duro e se sacrificar cumprindo rigorosamente 44 horas semanais, para receber o minguado e insatisfatório salário mensal de R$ 724,00, que pouco representa para o custeio da família, por menor que ela seja; a ir trabalhar no seu próprio veículo, dispensando carro oficial, motorista e combustível, que são disponibilizados para os parlamentares; a reduzir drasticamente o pessoal do seu gabinete para o mínimo necessário aos trabalhos legislativos, não devendo passar do exagero de seis servidores do seu staff; a evitar participar das vergonhosas e deprimentes coalizões de governabilidade, para o fim exclusivo de se beneficiar do repugnante fisiologismo mediante a garantia de seu apoio político; enfim, cumprir fielmente o mandato de deputado apenas e exclusivamente como verdadeiro representante do povo, conforme e nos termos  da Carta Magna, como forma de ser fiel aos princípios republicanos da ética, da moralidade, do decoro e da honorabilidade. São somente esses conceitos e outros do mesmo quilate que podem ser considerados ideais e justos para que os candidatos se dignem a adotá-los como pilares do seu mandato, na atualidade, como forma garantidora de conquistar credibilidade e mostrar à sociedade que ainda é possível se pensar em moralização das atividades políticas, exatamente em conformidade com seus salutares princípios, que foram institucionalizados justamente para satisfazer o interesse público e o bem comum. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 22 de julho de 2014 

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