Depois
de longos 53 anos, os Estados Unidos da América resolveram reatar relações
diplomáticas com Cuba, embora os obstáculos quanto às relações econômicas continuem
intocáveis.
O
presidente americano disse que o "Isolamento
nunca funcionou", "É hora
de uma nova abordagem". Ele afirmou que as relações entre os dois
países terão novo começo a partir de agora, tendo adiantado que "Estamos tomando medidas para melhorar as
relações comerciais e políticas com Cuba" e espera debate
sério do Congresso norte-americano para que seja possível o levante do embargo
que o país mantém a Cuba, que proíbe o comércio de produtos entre os dois
países.
Não
há dúvida de que o reatamento de relações em causa pode ser considerado marco
histórico entre a primeira potência econômica e democrática mundial e a última
nação do planeta, que conseguiu se transformar, possivelmente, no pior país do universo,
por ter atingido indiscutivelmente o lugar de nação subdesenvolvida econômica,
social, política e democrática, graças, sobretudo, por ter adotado o sistema
comunista de governo, tendo como princípio o rigoroso e rígido controle do
Estado sobre as pessoas, onde inexistem respeito ao salutar princípio
democrático, aos direitos humanos e à liberdade de expressão, conquanto nada
acontece naquele país sem que a máquina do governo não tenha metido o dedo para
controlar e estabelecer os limites de interesse do regime totalitário.
É evidente que o embargo norte-americano em si até
pode não mais se justificar, como afirma o presidente desse país, diante da
evolução da humanidade, que também serve de base para que o pior e mais
subdesenvolvido país do mundo caia na real e possa se sensibilizar que os
avanços científicos e tecnológicos alcançados pelos países civilizados não se
coadunam com o ultrapassado e obsoleto regime comunista, que tem por lema a abominação
dos princípios democráticos, dos direitos humanos e das liberdades individuais,
em contrariedade à evolução da humanidade.
Estranha-se que o acordo reatando as relações
diplomáticas em comento não tenha focalizado para esse aspecto de suma
importância para propiciar a liberdade do povo cubano da escravidão, porque
esse fato poderia ter constituído oportunidade de ouro para que a população
cubana pudesse participar efetivamente das condições humanas, que oferecidas
sobejamente ao povo americano por seu governo democrático.
Nos termos do acordo em apreço, pode-se se inferir
que o único vitorioso tenha sido o regime tirânico de Cuba, que não cedeu um
milímetro quanto ao rígido controle do Estado sobre seu povo sofrido e
escravizado e ainda conta com a solidariedade dos governantes que têm a mesma
índole socialista, simpatizantes do bolivarianismo antidemocrático e dissonante
da realidade dos países desenvolvidos.
Não há dúvida de que o mundo comemora a vitória do
regime ditatorial cubano, enquanto o povo ilhéu vai continuar sob o jugo da
escravidão e do terrível subdesenvolvimento social, político, econômico e
democrático. Por enquanto, nenhum governante foi capaz de lamentar as condições
de miserabilidade impostas ao povo cubano, dando a entender que, para a
população, pouco importa existir liberdade individual, ter o direito de se
expressar livremente e participar democraticamente sobre as decisões que
interessam aos destinos do país.
Nesse
contexto, o povo cubano é apenas um detalhe de somenos importância, que não
precisa haver nenhuma preocupação quanto ao seu estado de sofrimento e de
permanentes agruras e de martírio, à vista das condições de subdesenvolvimento do
país.
Em razão da ocorrência desse acordo histórico, seria
bastante oportuno que os brasileiros se posicionassem contrariamente à terrível
e lamentável situação de desumanidade dos cubanos, à vista da injustificável aproximação
do governo tupiniquim ao governo caribenho, de vez que os ditadores de Cuba
conquistaram o país mediante golpe revolucionário e submeteram o povo daquele
país à forma mais degradante e truculenta de incivilidade, em irracionalidade
completamente diferenciada do regime militar brasileiro, que foi combatido pela
atual mandatária do Brasil, fato esse que demonstra inexplicável incoerência
ideológica do governo brasileiro, à vista da sua evidente simpatia pelo governo
cubano, de regime totalitário. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de dezembro de 2014
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