A
presidente da República vai ter enorme dificuldade para tentar convencer seus
correligionários que a crise econômica do país é realmente séria, mas eles
ainda não se tocaram para a triste realidade, e também que o governo dela foi desastroso
que somente o PT e seus apaixonados resistem em perceber, menos ela, que parece
ter se despertado da profunda letargia, que continua contaminando a mentalidade
obsoleta e ultrapassada do idealismo decadente do socialismo.
A
real situação econômica do país é tão grave que a presidente se conscientizou
sobre a necessidade de haver uma trégua com as correntes insensatas, que
conseguem enxergar somente o próprio umbigo, para que alguma medida responsável
e competente de ajuste seja, enfim, implementada tendo em mira a mudança dos
métodos arcaicos que levaram o país à falta de crescimento e ao descrédito
gerencial, de modo que ainda seja possível a recuperação da confiança dos
investidores e dos empresários que se encontra em processo de debandada e de
abandono do país.
Nada
pior para o país do que o descrédito do governo, logo no início de nova gestão,
em especial diante da consequente falta de investimentos público e privado, com
forte tendência do aumento da desindustrialização e da falta de competitividade
da produção nacional.
As
pretendidas mudanças na área econômica, a partir dos ajustes indispensáveis
quanto ao controle das contas públicas e ao regime fiscal, estão mexendo com o
conservadorismo do PT, que não consegue enxergar senão o obsoletismo da
continuidade das políticas que contribuíram para a degradação dos indicadores
econômicos, ante os ridículos resultados mostrando a evidência do debacle
econômico e financeiro.
Não
há dúvida de que ainda há tempo para a recuperação da credibilidade no governo,
que se fortalece com a nova equipe econômica, que deverá promover ajustes e
enxugamentos nas contas públicas, que saíram do prumo há pelo menos doze anos, cuja
gestão não sabe o que é verdadeira competência e eficiência quanto à condução dos
negócios da nação, à vista do desplante da existência de quase quarenta
ministérios, sendo que a maioria não tem a menor finalidade e muito menos
capacidade para o atendimento das funções públicas, por elas sequer existirem,
sem precisar mencionar que esses órgãos vêm servindo apenas para a acomodação
dos partidos da indecente coalizão de governabilidade, que nada mais é do que o
incremento ao censurável fisiologismo que serve de garantia, com recursos
públicos, do apoio dos partidos aliados à base de sustentação ao governo no
Congresso Nacional.
Ao
que tudo indica, a presidente percebeu que, de tanto baterem na caducidade das
políticas econômicas do seu governo, ela não tinha alternativa senão cair na
real e reconhecer que estava caminhando em trilha errada, tanto que tenta
convencer seus áulicos para encampar suas novas ideais, que já deveriam ter
sido implantadas há bastante tempo, antes mesmo da tragédia estampada com a
injustificável falta de controle das contas públicas, o decepcionante
desempenho do Produto Interno Bruto, os incômodos represamentos dos preços, os
juros altíssimos, a inflação beirando o teto da meta, o descontrole das dívidas
públicas, o inexplicável inchamento da máquina pública, tornando a
administração superineficiente, entre outras mazelas que precisam ser
corrigidas e ajustadas aos termos da responsabilidade político-administrativa,
em consonância com os princípios da economicidade, dignidade, legalidade e
moralidade.
Não
obstante, é impressionante como ainda existe parcela significativa de
brasileiros que consegue enxergar pela mesma visão e capacidade petista,
segundo a qual quanto pior a situação do país melhor para a consecução de seus
objetivos, à vista da precariedade do desempenho da economia e a insensibilidade
para a premência das reformas decentes e eficientes das estruturas do Estado,
como forma responsável e indispensável ao seu aperfeiçoamento e à sua modernização,
capazes de contribuir para a eliminação dos gargalos que tanto impedem o
progresso do país, a exemplo da pesada carga tributária, que supera os limites
da capacidade contributiva dos contribuintes, das taxas de juros nas alturas, dos
elevados encargos previdenciários, da mão de obra desqualificada etc.
Contrariando
o obsoletíssimo petista, a presidente do país tenta ressurgir, de forma
isolada, para a realidade brasileira, com a visualização de uma nesga de luz no
final do túnel, num esforço desesperado e tardio, depois dos estragos e das
tragédias ocorridos na economia, ficando muito claro que a missão dela não será
nada fácil para tentar mostrar aos correligionários a terrível realidade da situação
econômica do país, com vistas a conseguir apoio aos seus objetivos de salvamento
do seu governo, caso as mudanças pretendidas sejam efetivamente implementadas e
bem sucedidas.
Compete à
sociedade exigir seriedade e responsabilidade na administração do país,
impedindo o desvirtuamento da destinação dos recursos públicos senão na estrita
aplicação nas finalidades das políticas públicas, mediante o estabelecimento de
prioridades dos programas capazes de satisfazer o bem comum e a melhoria das
condições de vida dos brasileiros, obedecidos os princípios da competência,
eficiência e eficácia na administração do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de dezembro de 2014
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