Por
meio de nota oficial, o Palácio do Planalto anunciou os nomes de 13 integrantes do novo primeiro escalão do governo federal,
constando, com destaque, entre os ministros que atuarão no segundo mandato da
petista os nomes dos governadores da Bahia e do Ceará e do ex-prefeito de São
Paulo.
As
indicações contemplaram alguns dos partidos que apoiaram a candidatura da
petista à reeleição, entre eles o PT, PMDB, PROS, PSD, PCdoB, PR e PRB.
Depois
de dezenas de convites, em meio aos apelos dos partidos da base de sustentação
do governo no Congresso Nacional, a presidente da República resolveu anunciar
alguns nomes para a composição do primeiro escalão do seu segundo mandato. As
mudanças de última hora premiaram o nome de um deputado federal PT-RS para a
Secretaria de Relações Institucionais, sendo deslocado o atual titular desta
pasta para o Ministério das Comunicações.
O governador da Bahia (PT) será designado para o comando do Ministério da Defesa. Já o governador do Ceará, do PROS, aceitou dirigir o Ministério da Educação. O PP ficará com o ministério da Integração Nacional. O Ministério do Esporte ainda é alvo de disputa, mas está sendo cobiçado por vários partidos, como o PRB, PMDB e PT. O Ministério da Ciência e Tecnologia vai para o PC do B.
O governador da Bahia (PT) será designado para o comando do Ministério da Defesa. Já o governador do Ceará, do PROS, aceitou dirigir o Ministério da Educação. O PP ficará com o ministério da Integração Nacional. O Ministério do Esporte ainda é alvo de disputa, mas está sendo cobiçado por vários partidos, como o PRB, PMDB e PT. O Ministério da Ciência e Tecnologia vai para o PC do B.
Depois
de muita disputa interna, o PMDB já sinaliza para apaziguamento com o governo,
aceitando os Ministérios da Agricultura, de Minas e Energia e as Secretarias da
Pesca, da Aviação Civil e do Turismo.
O
ex-prefeito de São Paulo, do PSD, aceitou assumir o Ministério das Cidades,
como forma de possibilitar a ajuda na articulação dos novos polos de
governabilidade dentro da base aliada no Congresso Nacional. Já PR, como uma
espécie de capitania hereditária, vai continuar comandando o Ministério dos
Transportes.
Numa
avaliação ainda que bastante profunda acerca dos atributos dos nomes já escolhidos
para assumir o primeiro escalão do governo, verifica-se, sem maiores
dificuldades, que são todos políticos, sem as devidas qualificações para
ocuparem as respectivas pastas. Ou seja, o requisito técnico-especializado
recomendado na administração pública, como forma de se perseguir a otimização e
a eficiência de resultados, foi, mais uma vez, suplantado pelo costumeiro e inarredável
critério do fisiologismo e da acomodação, nos ministérios, com a sua ocupação
por políticos integrantes dos partidos da base de sustentação do governo, em
claro prejuízo da eficiência administrativa.
Na
verdade, a já iniciada reforma ministerial evidencia que a máquina pública
continuará sob o domínio do aparelhamento político-partidário e também bastante
inchada, pela manutenção dos quase 40 ministérios, cuja existência é totalmente
incompatível com a eficiência almejada para a administração de resultados de
eficiência e eficácia, dando a entender que os desperdícios também continuarão
sendo a marca do governo, que consegue arrecadar com eficiência e sucessivos
recordes, mas tem sido bastante ineficiente quanto à economicidade dos gastos.
Por
sua vez, enquanto os governistas entendem que as escolhas de ministros entre
políticos sinalizam para a intenção da presidente do país de manter a sua base
aliada unida, os oposicionistas afirmam que o governo apenas repete a indecente
prática política do toma lá, dá cá, representado pelo escrachado e
inescrupuloso aparelhamento partidário, que tem o condão de produzir o
ineficiente e desqualificado desempenho político-econômico, em prejuízo dos
interesses nacionais, ante a demonstração clara da satisfação dos interesses
pessoais e partidários, em menosprezo à otimização das políticas públicas, à
vista do comprometimento de recursos dos brasileiros.
Não
dúvida de que a sociedade, responsável pela manutenção da estrutura do Estado,
não pode se contentar com a maneira nada convincente como o governo compõe seu
quadro de principais assessores essencialmente com políticos, sem as
indispensáveis preparação e qualificação técnico-profissionais, apenas pelo
desaprovado critério fisiologista, como forma de acomodação nos ministérios de
aliados que são fiéis integrantes da sua base de sustentação, em evidente
contraposição aos princípios da eficiência e da eficácia na aplicação dos
recursos públicos. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de dezembro de 2014
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