quarta-feira, 13 de abril de 2016

A exigência da serenidade


Segundo reportagem publicada pela revista IstoE, o Palácio do Planalto foi tomado por forte tensão e completa desorganização depois que a presidente do país foi acometida por constantes crises de explosões nervosas, em visível descompasso com a realidade do momento político do país.
A revista diz que, a par das gravíssimas crises moral, política e econômica, a presidente não demonstra possuir condições emocionais para conduzir o governo, à vista da intensificação da descompostura presidencial, que está cada mais deixando os assessores palacianos igualmente aturdidos e alvoroçados, mesmo aqueles já acostumados com tal atitude, que tem sido cada vez mais imprevisível às vésperas da votação do impeachment pelo Congresso Nacional.
Observadores relatam que a petista “está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca. (...) Na última semana, a presidente mandou eliminar jornais e revistas do seu gabinete. Agora, contenta-se com o clipping resumido por um de seus subordinados. Mesmo assim, dispara palavrões aos borbotões a cada nova e frequente má notícia recebida. Por isso, os mais próximos da presidente têm evitado tecer comentários sobre a evolução do processo de impeachment. Nem com Lula as conversas têm sido amenas. Num de seus acessos recentes, Dilma reclamou dos que classificou de ‘traidores’ e prometeu ‘vingança’. Numa conversa com um assessor, na semana passada, a presidente investiu pesado contra o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. ‘Quem esse menino pensa que é? Um dia ele ainda vai pagar pelo que vem fazendo’”.
A informação sobre a “delação definitiva” por executivos da empreiteira Odebrecht, segundo relato de testemunha, deixou a presidente tão nervosa que ela foi capaz de avariar móvel de seu gabinete, com o sonoro embalo de muitos xingamentos.
A reportagem menciona que, na tentativa de controlar as crises, tem havido constância na prescrição de remédios controlados para a presidente, os quais estão sendo ministrados desde a abertura do processo de impeachment contra ela e um dos medicamentos tem aplicação contra a esquizofrenia, embora o seu efeito seja calmante, mas observadores entendem que os medicamentos nem sempre apresentam eficácia, à vista das reiteradas agressões de inconformismos.
A revista relata episódio em que a presidente, depois de forte turbulência que desestabilizou a aeronave, teria invadido a cabine do piloto aos berros, dizendo para o comandante: “Você está maluco? Vai se f...! É a presidente que está aqui. O que está acontecendo?”.
Na verdade, o principal objetivo da presidente é continuar, mesmo em meio às loucuras e aos desertos que tem sido a sua gestão, no comando da nação, a todo e qualquer custo e, se logrando êxito no seu intento, ter condições de revidar com punição, ao seu modo de agressividade, aqueles que tenham sido considerados por ela seus ferozes inimigos e opositores, com destaque para os congressistas.
          Na atualidade, a mais importante tática que demonstra potencial desespero do governo tem a face do oferecimento de cargos em ministérios e empresas estatais e da liberação de emendas, na tentativa de angariar apoio à sua dificílima causa, não se preocupando com os limites já ultrapassados das contas públicas e muito menos com os rigores da fiscalização pelos órgãos de controle, a exemplo do Tribunal de Contas da União.
No auge do desespero, não obstante as reiteradas e destruidoras mentiras disseminadas na campanha eleitoral, a presidente teve a insensibilidade de dizer, diante de inflamada plateia preparada para ouvi-la, que estava percebendo focos de verdadeiro “nazismo” no país, quando os discursos tipicamente nazistas foram iniciados pelo todo-poderoso, com a incitação do “nós contra eles”, tendo o ministro da Secretaria de Comunicação Social vaticinado: “Nós vamos baixar o tom ou esperar o primeiro cadáver?”, sendo que as provocações do presidente do PT e de um coordenador do MTST são autoexplicativas quanto à forma truculenta de não aceitação da realidade dos fatos, quando disseram, respectivamente, “Queremos a paz, mas não tememos a guerra.” e “Não haverá um dia de paz do Brasil”, em clara e induvidosa forma de adoração às ideologias nazistas de ser, que foram integradas ideário do partido.
Os fatos mostram, à luz dos frequentes e inusitados encontros e reuniões acalorados, organizados estrategicamente em recintos nobres do Palácio do Planalto, com movimentos sociais, classes profissionais, artistas, intelectuais e pessoas assemelhadas, que a presidente do país pode ter sucumbido ao teste do bom senso, da moderação e da civilidade, vez que são normais, por parte dela, surtos de agressividade, seguidos de destemperos, em clara insinuação que levam à negação da realidade, dando a entender que ela se encontra desnorteada e completamente fora da normalidade de equilíbrio, a denotar a sua plena incapacidade para comandar o país com a importância do Brasil, que exige serenidade, ponderação e maturidade políticas, como forma de contribuir para o aperfeiçoamento da democracia. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
          Brasília, em 13 de abril de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário