A
presidente da República, em claro gesto de desespero, resolveu subir o tom no
discurso, no Palácio do Planalto, para artistas e intelectuais contra o
impeachment, tendo comparado o clima de intolerância vivido no Brasil
atualmente ao nazismo.
Na
ocasião, a petista fez crítica à médica gaúcha que deixou de ser pediatra de
uma criança porque a mãe dela é petista e afirmou que as pessoas não devem ser
marcadas pelo que pensam, porque os brasileiros nunca tiveram "esse lado fascista".
Ela
afirmou que “Outro dia, uma pessoa me
disse que isso parece muito com o nazismo. Primeiro você bota uma estrela no
peito e diz: é judeu. Depois você bota no campo de concentração. Essa
intolerância não pode ocorrer.”.
Nesse
ato, que tem sido denominado pela "defesa
da democracia e da legalidade", o governo pretende consolidar a
bandeira de que o impeachment é golpe e angariar mais seguidores em torno dessa
linha.
Com
esse propósito, a presidente disse que “Não
se negocia aspectos da democracia. Nós sabemos que ela é um valor para todos
nós aqui, que ela é fundamental para preservar, garantir e defender esse país,
para fazê-lo um país de todos os brasileiros. Essa unidade que nós aqui
construímos em torno do ‘não vai ter golpe’ vai ser uma das pedras fundamentais
da retomada do crescimento e da reconstrução de uma sociedade melhor.”.
Em
clara demonstração de desespero, a presidente tenta fazer o que a esquerda faz
de melhor, que é se fazer de vítima para mostrar que o problema não é da sua
alçada nem da sua responsabilidade, preferindo imputá-lo às "perseguições" e às "forças ocultas".
Veja-se
que o PT foi um dos líderes do processo do impeachment do presidente alagoano, por
considerá-lo constitucional, mas agora ele entende que processo idêntico é
"golpe" aplicado ao governo
de seu partido, ignorando plenamente que a inobservância às normas de
administração orçamentária e financeira constitui crime de responsabilidade
fiscal, como tal capitulado na legislação pertinente.
No
caso da participação das pessoas ditas artistas e intelectuais, estranha-se que
elas não tenham o indispensável discernimento sobre a percepção dos fiascos que
tem sido a gestão do governo petista, as quais deveriam ter inteligência
suficiente para distinguir a administração benéfica ao interesse público das
políticas desastradas e prejudiciais ao bem comum, que têm sido corroboradas
pela deliberação da presidente de ignorar a importância das normas
constitucionais e legais, em especial as Leis de Responsabilidade Fiscal e de
Diretrizes Orçamentárias.
A
presidente se mostra absolutamente incapaz de entender a realidade dos fatos, que
mostra que o seu governo se encontra no olho do furacão, por ter sido
responsável pela condução do país nas piores crises da história política
contemporânea, a par de contribuir para a impopularidade e a falta de credibilidade
sobre todos os aspectos da administração do país.
É
inacreditável e até chocante como artistas, intelectuais e outras pessoas
consideradas estudadas e esclarecidas menosprezem a dignidade e a moralidade
para acreditar e afiançar o governo que foi capaz de mentir grosseira e abundantemente
na campanha para a sua reeleição e também de descumprir normas de administração
financeira e orçamentária, contrárias aos princípios da ética, moral,
legalidade e dignidade, que contribuem para degenerar os conceitos da nobreza
que devem imperar nas instituições públicas.
Os
fatos mostram que mentiras, mais mentiras, enganação, deturpação da verdade
para os fanáticos, ingênuos, desinformados, ignorantes da vida real e da
política e idealizadores de utopia são disseminadas por integrantes do PT, com
a finalidade da dominação absoluta e da perenidade no poder, ou seja, o PT tem
sido o partido que mais tem procurado distorcer a verdade e propalado a
discórdia e a intransigência entre a sociedade, que também foi o governo que
praticou a compra de votos com o dinheiro público e distribuiu, em nome da
distribuição de rendas, "migalhas" aos mais humildes, pobres e mal
informados, como forma de potencializar os escrachados populismo e caudilhismo,
todos com o peso do degradante peso do viés eleitoreiro.
Impende
se ressaltar que a presidente do país não se cansa de propagar que foi eleita
pelo voto, observado o princípio democrático, como argumento para defender seu
governo, mas não se pode olvidar que o responsável pelo maior extermínio
humanitário também ascendeu ao poder por meio do sufrágio universal e nem por
isso ele foi capaz de se livrar de ter sido um dos piores governantes do
universo, que, infelizmente, foi também um dos maiores líderes que utilizou artistas,
intelectuais e outras classes profissionais importantes como meio de propaganda
para ampliação e aperfeiçoamento da poderosa máquina de propaganda do Estado,
conquanto os artistas, concertistas, maestros que se recusaram a cooperar com o
governo foram executados ou mortos nos campos de concentração.
Os
governos fracos e incompetentes somente conseguem se manter em pé por força de enormes
e injustificáveis propaganda e publicidade, evidentemente financiadas com
recursos públicos, que demonstram claras demagogia e hipocrisia, porque os fatos
defendidos por eles não correspondem à realidade socioeconômica, a exemplo do
que ocorre no país tupiniquim, onde artistas e intelectuais e outros ingênuos
ainda acreditam em governo totalmente inepto e de comprovada ineficiência.
A
história mostra que os maiores destruidores e assassinos da humanidade semearam
o caos em seus países, conduziram as nações à anarquia generalizada, à falência
econômica, à criminalidade endêmica, às doenças de toda ordem, aos roubos, aos desvios,
às corrupções, para que pudessem se perpetuarem no poder, inclusive impondo a escravização
de milhões de pessoas, enquanto os líderes vivem na opulência e no luxo
incompatíveis com a realidade de penúria de seus países.
Não
é normal que haja discriminação e demonstração de intolerância, mas é extremo
absurdo e nítida afronta às vítimas do nazismo a comparação daqueles que são
contrários à corrupção, à incompetência, à destruição, aos traidores da pátria
ao nazismo, como se a degeneração das instituições públicas brasileiras pudesse
ser considerada apenas normal.
Os fatos mostram que a desastrada gestão da
presidente deu causa à situação de extremo desconforto da sociedade, que se
manifesta com a finalidade de despertar a sensibilidade e o bom senso das
autoridades, que resistem à percepção de que a possível minimização das crises
somente será plausível com o afastamento do governo, que já demonstrou plena
incapacidade para encontrar o melhor caminho à resolução do grave impasse
imposto pela falta de habilidade da presidente, que atira farpas ao vento, na vã
tentativa de se eximir da culpa e da responsabilidade pela destruição do país. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de abril de 2016
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