Importante
jornal regional venezuelano, o El
Carabobeño, anunciou que, após 82 anos de
publicação, deixará de circular, em razão da falta de papel, que
tem o monopólio da venda por fábrica estatal socialista, mas, há exatamente um
ano, ela não vende o material vital para a circulação dos veículos de comunicação.
Conforme
afirmou o jornal, o governo nega ao veículo, desde 2013, a aquisição de divisas
para "concretizar a importação de
papel, processo que a empresa desenvolvia há 40 anos".
Na
Venezuela, há rigoroso controle pela estatal de câmbio, desde 2003, que impede
as livres compra e venda de divisas, que são administradas com exclusividade pelo
governo.
A
direção do jornal disse que, "Em 82
anos e apesar de ter passado por duas ditaduras, jamais este jornal viveu um
assédio tão intenso e definitivo, impulsionado do governo regional, como o que
vivencia neste triste episódio do socialismo do século 21".
Diante
da situação, o jornal alega que foi obrigado a "concentrar esforços na plataforma digital", por meio da qual
será exercido o jornalismo "com o
compromisso de manter a sociedade informada e com total apego à verdade".
Outros
jornais daquele país denunciaram dificuldades para negociar divisas e comprar
papel, em razão do descomunal atraso na aprovação oficial dos recursos, fato
que vem contribuído para suspender ou reduzir a circulação de alguns veículos
de comunicação.
A
ONG Espacio Público avalia que, pelos menos, 13 jornais fecharam suas máquinas
e outros 17 foram obrigados a reduzir as dimensões das folhas, com a limitação
tanto dos espaços de publicidade como da informação, em face das restritivas
condições para a importação de papel.
Trata-se
lamentável e péssimo exemplo para os países sérios e civilizados, diante da
decretação da morte lenta da imprensa escrita, que tem contribuição de maneira negativa
para impossibilitar a publicação e a divulgação das terríveis notícias sobre a
decadência do regime socialista, que simplesmente destruiu a nação com alto
índice de prosperidade, por ser produtora de petróleo e possuir a quarta maior
reserva do ouro negro do mundo.
Não
obstante, a Venezuela é país que se encontra completamente desestruturado, falido
e sem nenhuma perspectiva de soerguimento da sua economia, se continuar sob a
administração de governo incapaz, impotente e decadente, diante da
incompetência que tem sido a marca da classe política dominante do país, por
ter como único projeto político a exclusiva perenidade no poder, tendo por base
o socialismo do século 21
À
toda evidência, é lamentável que esse também tem sido o pensamento predominante
do governo tupiniquim, que segue, a passos largos, à vista dos pífios
resultados econômicos, à vista da forte recessão, os trágicos caminhos traçados
pela revolução bolivariana, que tem sido triste modelo de estrondoso fracasso,
em todos os segmentos do governo, notadamente na execução da economia, que tem
inflação projetada pelo FMI para mais de 700% para este ano, o que demonstra
que a situação é simplesmente desesperadora, diante da completa destruição dos
princípios econômicos, cujos reflexos são extremamente prejudiciais aos
interesses da população.
Os
brasileiros precisam acompanhar, com muita atenção, os desdobramentos da progressiva
derrocada venezuelana, como forma de se evitar que os trogloditas tupiniquins
enveredem pelos mesmos desastrados projetos revolucionários bolivarianos, que
conseguiram transformar aquele país numa permanente situação de calamidade
pública e de crises humanitárias, à vista da decadência das políticas públicas,
com destaque para a execução da economia que se esgarça em verdadeiro escombro
de estrondosa mediocridade, obrigando o povo ao injusto sacrifício de muito
horror e desumanidade, como mostram os
fatos denunciados pela imprensa. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 09 de abril de 2016
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