sábado, 9 de abril de 2016

O esgarçamento de uma nação


Importante jornal regional venezuelano, o El Carabobeño, anunciou que, após 82 anos de publicação, deixará de circular, em razão da falta de papel, que tem o monopólio da venda por fábrica estatal socialista, mas, há exatamente um ano, ela não vende o material vital para a circulação dos veículos de comunicação.
Conforme afirmou o jornal, o governo nega ao veículo, desde 2013, a aquisição de divisas para "concretizar a importação de papel, processo que a empresa desenvolvia há 40 anos".
Na Venezuela, há rigoroso controle pela estatal de câmbio, desde 2003, que impede as livres compra e venda de divisas, que são administradas com exclusividade pelo governo.
A direção do jornal disse que, "Em 82 anos e apesar de ter passado por duas ditaduras, jamais este jornal viveu um assédio tão intenso e definitivo, impulsionado do governo regional, como o que vivencia neste triste episódio do socialismo do século 21".
Diante da situação, o jornal alega que foi obrigado a "concentrar esforços na plataforma digital", por meio da qual será exercido o jornalismo "com o compromisso de manter a sociedade informada e com total apego à verdade".
Outros jornais daquele país denunciaram dificuldades para negociar divisas e comprar papel, em razão do descomunal atraso na aprovação oficial dos recursos, fato que vem contribuído para suspender ou reduzir a circulação de alguns veículos de comunicação.
A ONG Espacio Público avalia que, pelos menos, 13 jornais fecharam suas máquinas e outros 17 foram obrigados a reduzir as dimensões das folhas, com a limitação tanto dos espaços de publicidade como da informação, em face das restritivas condições para a importação de papel.
Trata-se lamentável e péssimo exemplo para os países sérios e civilizados, diante da decretação da morte lenta da imprensa escrita, que tem contribuição de maneira negativa para impossibilitar a publicação e a divulgação das terríveis notícias sobre a decadência do regime socialista, que simplesmente destruiu a nação com alto índice de prosperidade, por ser produtora de petróleo e possuir a quarta maior reserva do ouro negro do mundo.
Não obstante, a Venezuela é país que se encontra completamente desestruturado, falido e sem nenhuma perspectiva de soerguimento da sua economia, se continuar sob a administração de governo incapaz, impotente e decadente, diante da incompetência que tem sido a marca da classe política dominante do país, por ter como único projeto político a exclusiva perenidade no poder, tendo por base o socialismo do século 21
À toda evidência, é lamentável que esse também tem sido o pensamento predominante do governo tupiniquim, que segue, a passos largos, à vista dos pífios resultados econômicos, à vista da forte recessão, os trágicos caminhos traçados pela revolução bolivariana, que tem sido triste modelo de estrondoso fracasso, em todos os segmentos do governo, notadamente na execução da economia, que tem inflação projetada pelo FMI para mais de 700% para este ano, o que demonstra que a situação é simplesmente desesperadora, diante da completa destruição dos princípios econômicos, cujos reflexos são extremamente prejudiciais aos interesses da população.
Os brasileiros precisam acompanhar, com muita atenção, os desdobramentos da progressiva derrocada venezuelana, como forma de se evitar que os trogloditas tupiniquins enveredem pelos mesmos desastrados projetos revolucionários bolivarianos, que conseguiram transformar aquele país numa permanente situação de calamidade pública e de crises humanitárias, à vista da decadência das políticas públicas, com destaque para a execução da economia que se esgarça em verdadeiro escombro de estrondosa mediocridade, obrigando o povo ao injusto sacrifício de muito horror e  desumanidade, como mostram os fatos denunciados pela imprensa. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 09 de abril de 2016

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