domingo, 24 de abril de 2016

Completo destroço


Nunca na história política do país, a multidão foi tão decididamente às ruas, demonstrando a necessidade de urgente mudança do governo petista, em protesto contra os desmandos e as incompetências administrativas, que levaram a nação à desastrada recessão econômica, cujos reflexos são transformados em incertezas e intranquilidades, principalmente com a continuidade da presidente petista, que já se encontra a ano-luz do comando do país, uma vez que os fundamentos administrativos foram implodidos e dispersados no espaço sideral, fazendo com que a gestão pública padeça do mal crônico da acefalia gerencial.
Conforme pesquisa realizada pela revista VEJA, em conjunto com a startup Lean Survev, houve o levantamento junto à população para se auferir seus entendimento e pensamento acerca do governo e o que ela quer, em termos da gestão pública.
A iniciativa em apreço é inédita e teve por objetivo a identificação do perfil, principalmente dos manifestantes que foram às ruas, decididos a protestar contra a degeneração das instituições do Estado, cujos resultados apontam para a urgente necessidade de mudanças dos rumos do país.
Ganha destaque para o expressivo registro pedido do imediato afastamento da presidente da República do cargo, ante a indiscutível demonstração de incompetência e de prejuízo aos interesses dos brasileiros, notadamente com reflexos bastante prejudiciais aos princípios ético e moral, que foram desprezados com a descoberta dos terríveis esquemas de corrupção processados na maior empresa brasileira, que foi saqueada por consequência do aparelhamento dela pelo Palácio do Planalto, mediante a indicação de diretores para desviar recursos para os cofres do PT, PMDB e PP, conforme demonstram os resultados das investigações levadas a efeito pela competente Operação Lava-Jato, que evidenciam os rombos no patrimônio da estatal.
A pesquisa em causa também conseguiu aferir a melhor alternativa para possível transição de governo, sendo que quase 80% dos entrevistados preferem a realização de nova eleição, ou invés do impeachment da petista, evidentemente por consequência da cassação da chapa vencedora na última eleição presidencial, diante do fato de que há pouco entusiasmo a favor da substituição da presidente por seu vice, que desfruta da simpatia de apenas 11% dos entrevistados, embora o simples fato de se acenar para o afastamento do atual governo representa opinião quase unânime nacional, à vista das cristalinas precariedades da administração do país.
Embora haja o veemente desejo da população de nova eleição presidencial, como caminho favorito, a maioria absoluta não tem candidato pronto e ideal em mente, principalmente por falta de homem público com o perfil capaz de garantir confiança para a população e afiançar certeza quanto aos esforços e às medidas necessários para tirar o país das crises profundas e imensuráveis, notadamente no que diz respeito ao gigantismo da fragilidade da economia, que se encontra completamente em frangalhos, ante a derrocada dos resultados dos fatores econômicos.
Outro fator de suma importância para o país foi a afirmação da maioria dos entrevistados, com mais de 80%, de que não há o menor risco à democracia brasileira com a substituição da presidente, por meio das vias constitucionais e legais, quer por intermédio do impeachment ou pela cassação da chapa vencedora no último pleito presidencial, em que pese a possiblidade de haver confrontos, caso a saída da petista se processe antes do fim do seu mandato, previsto para 2018, à vista da radicalização dos simpatizantes dela, que não admitem a perda do status quo do socialismo implantado pelo governo, notadamente no que se refere aos programas de distribuição de renda, que foi certamente a única política executada pelo governo, com relativa efetividade, porque a população pobre continua ainda mais na miséria, por força da prestação dos serviços públicos precários, reconhecidamente de péssima qualidade, em clara demonstração de desperdícios de recursos públicos, além do viés eleitoreiro e populista.
Embora prevaleça a expressiva vontade popular por urgente eleição presidencial, conforme o sentimento esposado na pesquisa em apreço, o maior entrave para a renovação do quadro político e, por via de consequência, da qualidade da prestação dos serviços públicos, é a indisfarçável escassez de homens públicos preparados e capacitados, diante da visível falta de renovação dos quadros políticos e de investimentos na busca de novas lideranças, de modo a contribuir para dificultar o preenchimento da lacuna referente a esse importante quesito de grande estadista que possa solucionar as graves crises que destruíram as estruturas do Estado.
A recomposição e reconstrução da dignidade administrativa do país é ingente tarefa para super-homem, que precisará contar com a integral participação da sociedade para a firme decisão de total reformulação das estruturas do Estado, uma vez que a nação se encontra mergulhada em completo destroço, diante do pleno desprezo aos princípios da ética, moral, eficiência, competência, legalidade, dignidade, entre outros que contribuíram para a destruição das esperanças dos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 24 de abril de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário