Segundo noticiário da imprensa, o procurador-geral
da República já está decidido a pedir, ao Supremo Tribunal Federal, a abertura
de inquérito contra a presidente da República, por obstrução de investigação
judicial, à vista do somatório de medidas adotadas por ela contrárias ao
ordenamento jurídico do país.
O procurador-geral já tinha firmado essa importante
convicção desde a bombástica delação do senador ex-líder do governo, antes
mesmo da divulgação do áudio da conversa em que a petista combina com o
ex-presidente de enviar antes a ele seu termo de nomeação, como instrumento cautelar,
para o caso de ele ter a prisão preventiva decretada antes da posse dele no
cargo de ministro da Casa Civil.
Não há a menor dúvida de que o conjunto das obras
protagonizadas pela presidente do país já deveria ter sido investigado há
bastante tempo, para o bem do país, uma vez que muitos atos praticados por ela
são realmente afrontosos ao interesse público e aos princípios da moralidade e
legalidade, por pretenderem beneficiar causas de correligionários e aliados, em
evidente demonstração de desprezo às reais finalidades do Estado.
O Brasil precisa ser passado a limpo, com extrema urgência,
e nada melhor do que investigar todos os casos com suspeitas de incorreção e de
ilicitude, porque, ao contrário, o país permanece patinando no limbo mais sujo
e imundo comparáveis às republiquetas, que somente contribui para a
intensificação do subdesenvolvimento democrático.
É bastante louvável a corajosa iniciativa do procurador-geral
da República, que demonstra muita sensibilidade quando capta e entende, no
âmbito da sua competência constitucional e legal, os verdadeiros anseios da
sociedade, que tem suas esperanças renovadas com relação aos melhores dias, em
futuro muito próximo, principalmente no que diz respeito à necessidade de se
investigar os fatos suspeitos de irregularidades, contrários ao interesse
público, não importando a relevância das autoridades envolvidas, porque são
exatamente essas que merecem, melhor do que ninguém, prestar contas sobre seus
atos, cujos procedimentos devem servir de exemplo para as novas gerações de
políticos, que precisam ser renovadas livres desse terrível ranço de muito
desamor e desprezo ao patrimônio dos brasileiros.
Os brasileiros demonstraram, nas recentes manifestações
de protestos das ruas, que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça
Federal têm pleno apoio para promover as investigações indispensáveis à
moralização da administração pública e esse fato é muito importante e auspicioso
para incentivar o imprescindível trabalho dessas magníficas instituições do
Estado, que são merecedoras do crédito e do respeito da sociedade, graças aos
excelentes resultados auferidos por meio das investigações realizadas pela
diligente Operação Lava-Jato, que foi mandada para o Brasil pelo deus do amor à
moralidade e à dignidade, que nunca deveriam se distanciar dos homens de bem.
Impõe-se que a Procuradoria Geral da República
lidere ações, com respaldo na sua competência constitucional e legal, com
vistas, em especial, à preservação não somente do patrimônio dos brasileiros,
mas à defesa dos princípios da ética, moralidade e dignidade que devem sempre imperar
na administração do país, que passa por fase de completa desintegração, em face
do indiscutível relaxamento quanto à indispensável observância dos conceitos de
valorização e dignificação das atividades político-administrativas. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de abril de 2016
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