A revista
“Fortune”, uma publicação das mais prestigiadas dos Estados Unidos da América,
apontou o juiz que comanda a Operação Lava-Jato, responsável pelas investigações
sobre o escândalo do petrolão e das ações penais decorrentes, na primeira
instância, como o 13º líder mais influente para transformar o mundo.
De acordo
com a edição online da revista, existem 50 homens e mulheres que “estão inspirando outros a fazer o mesmo”,
seja nos negócios, no governo, na filantropia ou na arte.
Sobre o
perfil do juiz de Curitiba, a revista afirma que o magistrado é o principal
protagonista de imitação em vida real brasileira de “Os Intocáveis”, em
referência ao filme e ao livro que narram a perseguição ao gângster Al Capone
(1899-1947), por ele acusar, enquadrar e condenar poderosos do esquema de
corrupção que desviou bilhões de reais da Petrobras para os bolsos de políticos
e ex-funcionários da estatal.
Na visão
da “Fortune”, a presidente brasileira corre o risco de sofrer o impeachment e a
reputação do ex-presidente da República petista está em farrapos, em
decorrência das investigações em curso, sob o comando do mencionado juiz, que
tem sido implacável contra os atos de corrupção.
Segundo a
revista, a coexistência com a corrupção -- endêmica na América Latina -- pode
se tornar hábito do passado, à vista do majestoso trabalho empreendido sob a
liderança e o comando do competente e diligente magistrado.
A revista
elenca nomes da maior respeitabilidade, em especial por conter importantes lideranças
mundiais, entre elas citem-se a competente chanceler alemã, o carismático papa e
famoso cantor que defende direitos humanos, mundo afora.
Não
há a menor dúvida de que o mencionado juiz federal é realmente destaque
maravilhoso pelo seu magistral trabalho à frente da Lava-Jato, que tem sido
visivelmente fora da curva, em relação às atividades do Poder Judiciário, sendo
agora objeto de justo e merecido reconhecimento internacional, pela importância
dos resultados obtidos com as investigações abrangentes e aprofundadas, que
estão sendo executadas por competentes equipes da Polícia Federal, Ministério
Público Federal e a Justiça Federal.
Não há dúvida de que a principal conquista da operação
em apreço diz respeito ao fechamento ao cerco sobre a quadrilha que atuava no
âmbito da gestão pública, totalmente livre e impune, em que pese o governo
ainda ter a petulância de se gabar de ser o mais honesto de todos os tempos,
quando os fatos investigados mostram a devassidão endêmica e sistêmica
desvendada pelo bravo e destemido juiz ora laureado com prêmio internacional da
mais expressiva valoração para um servidor público verdadeiramente de escol.
O
trabalho do juiz da Lava-Jato é indiscutivelmente digno de reconhecimento e
louvores por seu magnífico desempenho, servindo de esplendoroso exemplo não
somente para seus pares, mas também para a legião de brasileiros tão
desacreditada no trabalho nem sempre produtivo e eficiente da Justiça
brasileira, que, por muito tempo, mereceu, com a devida justiça, críticas pesadas
e apropriadas diante da morosidade, lerdeza e fadiga no julgamento das demandas
que só acumulavam e prejudicavam a sociedade, que é, enfim, responsável pelo
seu funcionamento.
É
evidente que o aludido juiz não tem condições de salvar a pátria das enormes mazelas
que grassam no país e tomaram conta das instituições públicas, permitindo que a
administração pública seja desacreditada e malhada diante das precariedades dos
serviços públicos prestado à sociedade, mas a sua demonstração do profícuo amor
à causa da Justiça contribui sobremaneira para estimular o interesse,
engajamento e enfrentamento dos gravíssimos problemas que têm um dos motivos de
atraso do desenvolvimento socioeconômico.
O
juiz de Curitiba demonstrou que tem força de caráter, coragem, inteligência e disposição
para adotar importantes decisões com muitíssimo acerto e efetividade, a ponto
de desagradar os poderosos empresários, políticos, advogados caríssimos, que
não conseguem entender os reiterados insucessos de suas investidas e demandas,
o que demonstra a correção das medidas judiciais adotadas pelo magistrado, que,
sabiamente, emprega as melhores estratégias para a solução dos casos bastantes
intrincados e complexos.
É pena que o juiz que comanda a operação limpeza e
purificação da Petrobras faça esse esplendoroso trabalho no país como o Brasil,
onde milhares de fanáticos e desinformados só têm condições para aplaudir e
reconhecer as falsas lideranças que têm sido responsáveis pela degeneração das
instituições públicas, pelo caos e pela destruição dos princípios da ética,
moral e da dignidade na administração do país, dando a exata dimensão da
pobreza cultural e moral de expressiva parcela dos brasileiros, que ainda se
encontra no umbral da decadência moral e ainda está distante de perceber que
esse atraso é prejudicial ao interesse nacional. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 12 de abril de 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário