terça-feira, 11 de maio de 2021

Confisco?

      Na Argentina, vem vigorando, há poucos meses, legislação que estabelece imposto extraordinário sobre grandes fortunas, de iniciativa do governo peronista de centro-esquerda, que prevê arrecadação extra de cerca de US$ 3 bilhões.

A Argentina está em recessão desde 2018 e a situação foi agravada pela pandemia do novo coronavírus, tendo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) que aquele país fechará este ano com espetacular tombo de 11% do Produto Interno Bruto.

Como não poderia deixar de ser diferente, o novo imposto é forma clássica de  "confisco" do patrimônio dos cidadãos, para investimento na área social, extremamente carente de recursos, que o governo socialista tira dos ricos, em especial dos empresários e banqueiros, com possibilidade de reduzir a produção e o emprego.

O governo daquele país pretende utilizar os valores arrecadados, segundo as justificativas apresentadas, em gastos relacionados com a pandemia do coronavírus - como política de saúde -, subsídios para pequenas empresas e projetos habitacionais.

O governo argentino já começou a arrecadar, com seu projeto um tanto polêmico, de cunho socialista, porque tira de quem tem, os mais ricos do país, para aplicar em quem não tem, o chamado imposto sobre as grandes fortunas.

Segundo comunicado oficial,  o montante arrecadado, até o momento, tendo  já atingido o valor de 223 bilhões de pesos, o equivalente a US$ 2,4 bilhões.

     Em absoluta harmonia com a racionalidade, alguns milionários argentinos resistiram em pagar o imposto, por entenderem que ele é extremamente injusto e tem impacto direto na economia, com influência direta na produção e no emprego.

Não há a menor dúvida de que a medida, de cunho visivelmente socialista, tenderá frear os investimentos de empresários no país e barrar a entrada de capital externo, diante da tendência natural do empobrecimento da riqueza nacional, além de contribuir fortemente para a desconfiança do mercado internacional.

A verdade é que o confisco de bens, tirando de quem tem para distribuir para quem não tem, vai chegar em determinado momento em que todos vão ficar parelhos sem nada e, não tendo como investir no processo industrial, a tendência natural e a redução das atividades  produtivas e, consequentemente, e o aumento do desemprego, que já é complicado para o povo,  ficando o estabelecido, na prática, a igualdade tão almejada pelo socialismo, que se traduz na soberania do Estado, totalitário, dominador, opressor e desumano, que nada produz nem deixa que a iniciativa privada produza alguma coisa e o resultado é a sua completa falência, como já ocorre nas nações de regime socialista, onde só existem monstruosidade produzida e alimentada pela máquina do Estado governado por brutamontes, com mentes doentias e contrárias aos princípios humanitário e democrático.

Já vi circular, nas redes sociais, mensagem enaltecendo a iniciativa abraçada pela Argentina, por já ter conseguido arrecadar vultosos valores das grandes fortunas, para se destinar aos pobres carentes, dando a entender que a medida é tão importante que poderia ser estendida para o Brasil, evidentemente que isso tem a compreensão dos esquerdistas, que são possuidores de “ideias” brilhantíssimas, na teoria, tendo o apoio de intelectuais, artistas, escritores, professores e tantas mentes evoluídas e sábias, que são fortes defensores da igualdade social, nos termos calcados no famigerado regime socialista, que, enquanto for possível, se satisfaz das riquezas nacionais para fomentar a ideia de subdesenvolvimento social e econômico, conforme mostram, à saciedade, os fatos que ocorrem nos países dominado por esse estapafúrdio regime.

Agora, diante disso, causa enorme perplexidade ninguém do Brasil, que se diz amante do socialismo, por sua lindeza intrínseca de igualdade social, nem unzinho ideólogo desse famigerado regime sequer se atrever a pô-lo em prática, por conta e iniciativa pessoal, posto que o considera lindo nos outros países, com a retirada de dinheiro dos ricos, na marra, por força de lei inconstitucional, porque riqueza é patrimônio legítimo que se acumula por força de trabalho e investimento que produziram mais riqueza e criaram oportunidade de emprego, além de terem contribuído para o desenvolvimento do país.

Ou seja, no Brasil, nada impede que as pessoas defensoras do socialismo distribuam seu patrimônio com os pobres carentes, quando, na verdade, tudo não passa de verdadeira hipocrisia, no sentido de se fazer, na prática e com as próprias mãos, o que apenas tem de beleza na teoria.   

É preciso se compreender que, quando se faz o confisco de riqueza, apenas por meio de vontade contrária à legitimidade, ou seja, que nada o justifique, os valores pertinentes deixam de produzir e de dá empregos, nascendo aí a falência do capital, o empobrecimento do Estado, do capital e das pessoas, porque os recursos são consumidos, sem que haja reposição de nada, vide os exemplos de Cuba, Venezuela e outros países socialistas, que nada produzem e é normal que a pobreza tenda a se estabelecer, em níveis generalizados.

É pena que os intelectuais da esquerda tenham dificuldade para compreender o verdadeiro significado do que seja socialismo, diante da falta de conscientização de que as suas riquezas poderiam ser distribuídas normalmente, sem necessidade de legislação para regularmente tal prática, bastaria repassá-las aos menos aquinhoados, apenas como gesto generoso de se promover a igualdade social.

A partir do momento em que os socialistas brasileiros passarem a defender e praticar a filosofia primordial desse sistema, promovendo a distribuição de seus bens para as pessoas necessitadas, sem necessidade de legislação de confisco, como agora fez a Argentina, é possível se acreditar no “milagre” da igualdade social, dando a entender que realmente o socialismo tem alguma valia também para a inteligência brasileira que o defende com muito ardor, possivelmente porque não sente na pele as agruras impingidas aos povos das nações onde ele é aplicado, para onde ninguém se atreve a ir para viver no paraíso, segundo a sua ideologia.

É preciso que os brasileiros cônscios da sua responsabilidade cívica e patriótica se conscientizem, ainda mais, sobre a premente necessidade de o Brasil perseguir, com o máximo de perseverança a consolidação dos princípios republicano e democrático, de modo a se assegurar o progresso e o desenvolvimento socioeconômicos, por meio dos competentes e eficientes instrumentos calcados nos princípios modernos das liberdades individuais, dos direitos humanos e no livre emprego dos recursos gerenciais, intelectuais, culturais, científicos, tecnológicos, tradicionais, econômicos, entre outros em que eles possam contribuir para a plena felicidade dos brasileiros.  

          Brasília, em 11 de maio de 2021

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