quarta-feira, 12 de maio de 2021

Esculhambação?

 

O líder petista já começou a campanha em rumo ao Palácio do Planalto, tendo começado as conversas com lideranças políticas aliadas do presidente da República, na tentativa de preparar terreno para a ampliação do leque de conversas com todos os segmentos nacionais, inclusive o empresariado.

O político afirmou que "A gente precisa voltar a conversar com todo mundo. Conversar com empresários, conversar com os sindicatos, conversar com os trabalhadores, conversar com os partidos políticos para que a gente possa ter certeza que estamos trabalhando para recuperar a democracia no nosso país e voltarmos a ter um país feliz, onde as pessoas todas possam viver em paz".

A intenção do petista de conversar com os empresários acontece exatamente quando o presidente do país tenta se reaproximar dos principais  representantes do Produto Interno Bruto (PIB).

Com vistas à manutenção da governabilidade do país, é de suma importância o apoio do empresariado, que vem sendo prejudicada, muito ameaçada mesmo em razão do enfrentamento da pandemia da Covid-19, que já causou centenas de mortes, muitas das quais atribuídas ao negativismo incrustado na insensibilidade humanitária do chefe do Executivo, por participar intensamente de atividades que reafirmam a sua indiferença à gravidade da crise causada pela pandemia do coronavírus.

Na semana passada, o petista veio a Brasília para dialogar com antigos políticos da esquerda, mas também procurou falar com fiéis aliados do passado, que agora estão de mãos dadas, em termos de alianças, com o presidente do país, e de outras pessoas de ideologia mais à direita, mas que vêm criticando o atual mandatário.

Nessas conversas, o líder petista procurou embaixadores de sete países, para discutir, pasmem, a degradação do meio ambiente no Brasil, que tem sido um dos pontos vulneráveis da atual gestão.

A bem da verdade, o petista deveria tratar desse assunto exclusivamente com especialistas ambientais brasileiros, por se tratar de assunto que somente diz respeito aos interesses do país.

Isso bem demonstra a insensibilidade dele sobre questão que precisa ser tratada pelas autoridades brasileiras e ainda mais que a finalidade dessas conversas se cinge à crítica sobre matéria que precisa ser discutida e resolvida somente no Brasil.

Sem o menor cabimento, porque isso diz respeito à atual gestão, o político conversou com parlamentares sobre a viabilidade do aumento do valor do auxílio emergencial para R$ 600, até o fim da pandemia, certamente para depois, de aprovado, dizer que a medida teve a ingerência dele, como forma de ganhar votos dos beneficiários.

Um parlamentar petista,          que esteve presente nas conversas do seu líder, disse que "Iniciamos um processo de intensa articulação na direção de Lula liderar uma ampla frente para enfrentar Bolsonaro e tratar os problemas que o Brasil está vivendo. Quando ele defende um plano de reconstrução do Brasil, pretende liderar uma ampla coalizão que não fique restrita ao PT.”.

O líder político ainda não admite que será candidato à Presidência da República, embora muitos políticos afirmem que, para eles, está evidente a disposição do petista em enfrentar o atual presidente do país, no próximo pleito eleitoral.

Enquanto o líder da esquerda se movimenta em busca de apoio político, o presidente do país procura manter a sua militância aquecida, além de procurar intensificar as críticas ao político que pode se tornar o seu principal adversário e também ao socialismo e ao comunismo, dos quais ele entende que o petista se apresenta como autêntico representante.

Em uma de suas lives, após relacionar maiores índices de pobreza à existência de um maior número de políticos de partidos de esquerda, o presidente do país enfatizou que "Nós podemos mudar o destino do Brasil. Depende de cada um de vocês. Deixar bem claro, têm eleições no ano que vem. Não estou falando se vou disputar ou não vou, mas é a hora de você se preparar para ajudar a mudar o destino do Brasil. Você pode mudar o destino do Brasil se você trabalhar corretamente".

Vejo com extrema perplexidade o quanto o Brasil se encontra imerso, com muita profundeza, no lamaçal da inconsciência sobre a moralidade e a dignidade na política e na gestão dos interesses da nacionalidade, inclusive no gerenciamento dos orçamentos públicos, ou seja, na realização das despesas envolvendo os dinheiros que são arrecadados dos sacrificados contribuintes, exatamente para o custeio da máquina pública ineficiente, incompetente, atrasada, antieconômica, perdulária e, em muitos casos, extremamente inútil, conforme mostram os fatos.

Com certeza, na pior republiqueta da face da Terra, o político completamente decadente moralmente, em razão de inúmeras suspeitas sobre a prática de atos irregulares, evidentemente contrários aos princípios e às condutas que devem reger, sob o aspecto da moralidade, dignidade, legalidade, transparência, economicidade, honorabilidade, entre outros aceitos no âmbito da seriedade e da decência na administração pública, somente teria condições de tratar de assuntos ou atividades políticas depois de provar a sua integral inculpabilidade sobre os caos inquinados de maculados, porque é exatamente dessa maneira que precisam se comportar os homens públicos com o mínimo de sensibilidade e consciência acerca da importância das atividades políticas, justamente porque há o envolvimento nisso da honradez do povo, que precisa ser representado por pessoas cuja conduta estejam acima de qualquer suspeita.

A que ponto permanece o país com a grandeza social, cultural, econômica, entre outras qualidades, ao se permitir que pessoa completamente alvejada por suspeitas da prática de inumeráveis atos desabonadores da moralidade, que enegreceram a imagem moral do Brasil, ainda transite nos órgãos públicos da República, no ambiente dos representantes do povo, a conversar supostamente em apelo por apoio à sua volta ao principal cargo da nação, sendo tratada como pessoa digna moralmente, quando o seu passado lhe confere somente o extremo desprezo, em termos de avaliação ética e moral, enquanto, por óbvio, não houver a comprovação definitiva sobre os casos tenebrosos sobre as suspeitas da pratica de atos irregulares, muitos dos quais já devidamente comprovados, por meio de materiais comprobatórios irrefutáveis, à vista de sentenças condenatórias à prisão, diante da confirmação dos graves crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cujos processos chegaram a tramitar em instâncias diferentes da Justiça, que confirmaram os atos objeto das condenações, embora elas tenham sido anuladas, não quanto ao mérito, mas sim por incompetência da jurisdição judicial.

A impressão que se tem é a de que o próprio político ignora completamente os fatos denunciados à Justiça, como se nada tivesse acontecido de anormal ou irregular contra ele, para, ao que parece, se beneficiar da situação como se ele fosse vítima, mesmo sendo o principal alvo das suspeitas, que merecem, no mínimo, o seu afastamento da vida pública, como forma imperativa de respeito à dignidade do povo, enquanto perdurarem ativas as suspeitas de irregularidade, porque isso não condiz com a seriedade de país evoluído e moderno, diante da completa sujeira da imagem tanto do país como do seu povo, que fecha os olhos para situação esdrúxula e estapafúrdia de se aceitar conviver nesse estado de visível imundície política, dando a entender a total falência dos princípios republicano e democrático, além da demonstração da inexistência de homens dignos e competentes, com capacidade para liderar campanha por moralização do Brasil.   

A verdade é que, nessas circunstâncias, caberia aos brasileiros honrados e dignos, à unanimidade, demonstrarem veemente repúdio à tentativa de se esculhambar completamente a imagem do Brasil, não se permitindo fechar os olhos para o sentimento sobre o imperativo dos princípios da ética, da moralidade, da dignidade, da honorabilidade, entre outros, porque somente eles são capazes de assegurar o respeito e a credibilidade do seu povo, que poderá cair no estrondoso ridículo da mediocridade quanto à sua credibilidade, ao se permitirem que pessoa envolvida em escândalos possa exercer atividades político-partidárias, antes da comprovação da sua inocência perante o Poder Judiciário, que nem precisa de lei para isso, porque é precisamente assim que se procede nas nações com o mínimo de seriedade, evolução, modernidade e respeitabilidade, tanto perante seu povo como internacionalmente.     

Brasília, em 12 de maio de 2021

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