quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Defesa nacional

Não deixa de ser uma verdadeira piada de péssimo gosto a composição dos titulares dos ministérios, praticamente oriunda da indicação de caciques políticos, uma espécie de loteamento ministerial entre amigos, apenas em atendimento aos conchavos destinados à consolidação da base de sustentação parlamentar no Congresso Nacional, sem qualquer preocupação, infelizmente, com a eficiência que deve imperar na administração pública. No caso do Ministério da Defesa, parece que a escolha do novo ministro mantém a coerência desse governo de pouca inteligência, em especial porque esse órgão, composto pelos Comandos da Aeronáutica, do Exército e da Marinha, encontra-se indevidamente sucateado e relegado a planos secundários, principalmente quanto ao indispensável reequipamento do seu arsenal bélico, que se encontra literalmente ultrapassado e absolutamente incompatível com a pujança do Brasil, considerado a sétima potência mundial, em termos econômicos, porém deve figurar entre os mais atrasados em matéria de segurança nacional, de competência constitucional atribuída às Forças Armadas. Tendo em conta o vasto curriculum do atual ministro, que teve substancial contribuição para colocar o país em diversas situações vexatórias na diplomacia internacional, certamente que não havia ninguém melhor do que o ilustre diplomata para dirigir o Ministério da Defesa, no qual terá excelente oportunidade para dar continuidade às visíveis inércia e desmoralização das Forças Armadas brasileiras, que foram colocadas em verdadeiro desmancho por obra e graça dos últimos governos, em flagrante prejuízo à eficiência e eficácia da nobre missão de defesa nacional, pondo em risco a premência da pronta mobilização contra invasão inimiga, além de demonstrar o estado de humilhação à dignidade dos pundonorosos e abnegados militares que as integram, que estão em permanente prontidão para defenderem, com amor e dedicação inexcedíveis, as mais elevadas causas de interesse nacional. Acorda, Brasil!

ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 10 de agosto de 2011

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