quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A chaga social

 A sucumbência da sociedade, principalmente de celebridades prestigiadas mundialmente, ao terrível e devastador efeito das drogas demonstra claramente que o combate contra o narcotráfico fracassou redondamente, há bastante tempo. Constantemente, o mundo despede-se, comovido e consternado, de pessoas talentosas que são levadas ao vício de entorpecentes, possivelmente na expectativa de que as substâncias alucinógenas e mortíferas seriam medicamento ideal para beneficiar suas capacidades intelectual e artística. Não se pode mais acreditar ou ter esperança de que seja possível a criação de instrumentos capazes de impedir o prosseguimento desvairado das drogas na sociedade, que tem enorme dificuldade de se conscientizar dos seus malefícios à saúde física e mental, com graves e destruidores reflexos nos relacionamentos familiares e sociais dos envolvidos. Paradoxalmente, muitas celebridades, inclusive políticas, não se envergonham em defender a descriminalização, ou seja, a liberdade da venda de drogas, como se isso pudesse ajudar à conscientização da sociedade para a tragédia dessa chaga da humanidade. Essas pessoas renomadas poderiam muito bem usar a sua fama mundial para a defesa de causas verdadeiramente justas e edificantes em prol de vida saudável, com a criação e o incentivo de campanhas, de âmbito nacional e internacional, no sentido de que os países produtores de matérias-primas de drogas sejam beneficiados com maciços recursos financeiros, oriundos de fundo instituído especificamente para essa finalidade, e apoio material em substituição ao cultivo e tráfego dessas malditas substâncias que estão entorpecendo a vitalidade do ser humano. Ironicamente, tem sido comum a invasão de países por simples interesse econômico, principalmente pela exploração de petróleo, mas jamais qualquer nação tenha sido ocupada por outra sob o argumento da extrema necessidade da preservação da qualidade e dignidade da vida humana. Não se pretende, em absoluto, propugnar por invasão de país algum, mas se isso ocorresse até que se justificaria em nome de causa nobre e humanitária e no direito de revidar a enorme agressão que as republiquetas vêm praticando permanentemente com a exportação de suas drogas. A sociedade clama por que o mundo político e influente se preocupe, com a necessária urgência, com a discussão, em alto nível de responsabilidade e de forma prioritária e abrangente, de meios, medidas e instrumentos que levem ao efetivo extermínio desse mal que inferniza e infelicita toda humanidade.
 ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 03 de agosto de 2011

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