quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Humilhação

Atualmente, os torcedores brasileiros não suportam mais as sucessivas apresentações pífias da seleção canarinha, que vem colecionando fracassos um atrás do outro, em demonstração de incompetência em franca consolidação, embora seja composta por jogadores considerados potencialmente possuidores de superior qualidade nos seus clubes de origem, mas, infelizmente, eles são transformados em verdadeiros pernas-de-pau, ao se comportarem no time apenas como um bando desgovernado e desorientado, sem qualquer noção de conjunto e de solidariedade, em que cada qual pretende resolver tudo sozinho, em atitude de desespero e ineficiência. Os especialistas em futebol entendem que a seleção brasileira passa por momento de transição, mas esse estágio de sofrimento já dura um ano de eterno inferno astral, em que sempre se ouve explicação do técnico, com a maior cara-de-pau, no sentido de que os resultados positivos vão aparecer no momento certo, mas isso tem se tornado cada vez mais impossível de acontecer. Na verdade, a paciência dos torcedores já foi para o espaço há bastante tempo e não dá mais para acreditar que essa medíocre seleção seja capaz de readquirir o futebol vistoso, alegre, vibrante e vitorioso, que fazia tremer de profundo respeito todos os seus adversários. O certo mesmo é que esse técnico só evidenciou que tem o grande e infinito mérito de nada renovar, em termos técnicos e táticos, de convocar os mesmos atletas, alguns já aposentados há muito tempo, e ainda de conseguir que os jogadores percam suas características e se tornem iguais entre si, sem talento, destaque ou criatividade. Tendo em vista que o esquete canarinho passa por interminável mudança, o técnico poderia muito bem prestar uma enorme contribuição aos torcedores e à pátria e, formalizando o seu último ato heroico nesse processo de transição, desistir de causar tanta humilhação a quem efetivamente não merece tamanho padecimento. Com certeza, esse seria seu grande ato de destaque como técnico de uma seleção malograda e ganharia desmedido agradecimento unânime dos brasileiros.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 10 de agosto de 2011

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