O ex-presidente da República petista disse a amigos
que tem se preparado diariamente para, se lhe “encherem o saco”, poder voltar a
se candidatar em 2018. O petista fez essa declaração ameaça logo depois de
concluir que o governador de Pernambucano e o senador tucano terão dificuldades
para dominar suas “sombras”, respectivamente a ex-senadora da Rede e o
ex-governador paulista. Ele negou que seja “sombra” da presidente da República,
tendo reafirmado que o seu principal objetivo é reelegê-la. Em sua opinião, o
governador de Pernambuco “se enrolou de
vez” ao aceitar o apoio da ex-senadora, porque ela aparece à sua frente nas
pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República. No Estado Democrático de Direito, qualquer brasileiro, observados os
preceitos e as normas constitucionais aplicáveis à espécie, pode ser presidente
da República. Em se tratando do mais importante cargo da administração pública,
em princípio, a sociedade anseia por que ele seja ocupado por pessoa que
preencha os requisitos da mais relevância em qualificação, preparação, capacidade
e experiência para assumir com responsabilidade, transparência e dignidade a
administração dos elevados negócios do país. O ideal é que o perfil do estadista
deva satisfazer à confiança do povo brasileiro, para que a administração do
país esteja sempre sobre os interesses pessoais e partidários. Precipuamente, o
presidente da República precisa evitar as coalizões espúrias, mediante o loteamento
dos órgãos públicos e das empresas estatais entre a base aliada, que permite a fragilidade
e a incompetência do gerenciamento dos negócios do país; eliminar cargos de confiança
no executivo, reduzindo-os em 50%, pelo menos, de modo a estimular que os
Poderes Legislativo e Judiciário sigam idêntica medida, inclusive no âmbito dos
estados e municípios; reduzir, de forma drástica, os injustificáveis
benefícios, mordomias, regalias, privilégios, ajudas, verbas e demais despesas
desnecessárias e contrárias ao interesse público; diminuir a absurda quantidade de ministérios, que já atinge o escandaloso
número de 39, muitos absolutamente inúteis; não aceitar alianças políticas com
os piores homens públicos, acostumados à prática da politicagem contrária aos
interesses públicos; acompanhar, enxergar e saber sobre tudo o que acontece na
administração pública, inclusive dentro do palácio presidencial; punir a corrupção;
reformular e modernizar amplamente a legislação federal, inclusive os códigos
especiais, por estares obsoletos e extemporâneos; ter competência para promover
as reformas estruturais, principalmente nos setores essenciais às atividades
econômicas e produtivas do país, de modo que a produção nacional tenha
condições de competitividade com os importados; nomear pessoas capacitadas e
preparadas para dirigir os órgãos superiores da administração pública,
levando-se em conta exclusivamente a capacidade e o mérito; dar prioridade às
políticas públicas, de modo que os serviços públicos sejam prestados com a qualidade
que o povo merece; administrar com eficiência os recursos do programa Bolsa Família,
providenciando depuração dos falsos beneficiários e aproveitadores, mediante
recadastramento geral dos participantes; gerenciar o Sistema Único de Saúde com
eficiência e competência; enfim, o país precisa, com urgência, de administrador
competente e capacitado para o gerenciamento dos recursos públicos com
austeridade e economicidade e o expurgo, em definitivo, das politicagens de exclusivo
robustecimento de projeto político visando à perenidade no poder. Urge que o
presidente da República se preocupe, na essência, com a solução das questões de
impacto de interesse da sociedade, inclusive com as que afetam com gravidade a
região nordestina, sempre prejudicada com as longas estiagens causadas pelas
secas. Já está comprovado que, ante a sua terrível contribuição ao subdesenvolvimento,
o país não precisa mais de político populista que se vangloria mundo afora e a
todo instante exclusivamente sobre os cuidados com o aperfeiçoamento de programa
assistencialista, apesar de suas notórias deficiências, como se outros governantes
não tivessem sensibilidade administrativa e fossem incapazes de perceber que se
trata de política de competência do Estado que deve ser executada para
atendimento à população carente, não na forma irresponsável como ela se
apresenta, mas sob rigoroso controle de eficiência quanto às famílias que efetivamente
devem fazer jus ao benefício objeto da instituição desse programa tão importante
para as famílias verdadeiramente carentes da assistência do Estado. A atual
experiência de gestão pública mostra que o Estado arrecada montanhas de
dinheiros oriundos de pesados tributos, mas ele tem enorme deficiência na
execução das prioridades das políticas públicas, prejudicadas, sobretudo, pela
falta de capacidade gerencial para controlar e fiscalizar os gastos públicos,
com vistas à comprovação da efetividade das aplicações dos recursos públicos. A
sociedade precisa se conscientizar, com urgência, sobre a necessidade de ser
colocado na Presidência da República somente alguém que preencha o perfil de
homem público devotado e compromissado com as causas eminentemente nacionais,
que demonstre não ter indecoroso apego ao poder, seja abnegado com exclusividade
ao interesse da sociedade, tenha capacidade de renunciar, em definitivo, ao
imoral e indecoroso fisiologismo na política e, finalmente, tenha reais condições
de revolucionar a administração pública com a promoção das reformas estruturais
que o país tanto precisa, mostrando a pujança do estadista ansiado pela nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 12 de novembro de 2013
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