A ex-senadora da Rede
de Sustentabilidade afirmou que o retrocesso deve ser a marca do atual governo.
Ela disse: "Torço que a presidente
Dilma deixe a sua marca. Por enquanto, a marca que tem deixado é a do
retrocesso ou risco do retrocesso. O retrocesso na área ambiental é inegável. O
modelo de governabilidade chegou ao limite. Chegamos a 40 ministérios e, para
manter base, novos têm sido criados, e isso é insustentável". Ela
também fez comentário sobre afirmação da lavra da presidente da República de
que seus adversários nas próximas eleições precisam "estudar muito" o Brasil. A conclusão da ex-senadora foi bem
apropriada ao caso: "Eu acho que ela
deu um conselho de professora. Eu fui alfabetizada aos 16 anos. Isso é uma
coisa que eu gosto de valorizar aqueles que se dispõem a estudar. E eu vi que o
Eduardo é uma pessoa que pega as coisas assim, com muita consistência. Nas
conversas que temos tido, na experiência de governo, eu acho que ela dá um
conselho muito bom porque aprender é sempre uma coisa muito boa, difícil são
aqueles que acham que já não têm mais o que aprender e só conseguem ensinar".
A ex-senadora é simpatizante da restauração do tripé econômico, com controle da
inflação, câmbio flutuante e superávit primário: "Tudo que nós conquistamos foi pelo fato de termos um compromisso com a
meta de inflação, mas, nos últimos anos, o teto dessa meta foi a realidade e,
algumas vezes, até extrapolado. Reafirmamos essas diretrizes, aprofundando com
a evolução programática com o PSB". Não há dúvida de que a maior prova do retrocesso, não
somente do governo em atividade, mas em especial da longeva gestão petista,
entre muitas deficiências gerenciais e administrativas, é a completa falta de
iniciativa e da incapacidade para a realização, por minimamente que sejam, de reformas
estruturais que há tanto tempo o país clama e necessita com urgência delas, em
que pese tratar-se de medida inserida nas promessas de campanha do então
presidente da República, que nada fez nesse sentido. Enquanto as reformas
essenciais ao desenvolvimento socioeconômico sequer são imaginadas, a nação é
obrigada a respirar os malévolos ares próprios dos sistemas arcaicos e
deformados do continuísmo administrativo, em desprezo aos benfazejos
ensinamentos da evolução e da modernidade que se impõem como mecanismos
indispensáveis ao aperfeiçoamento dos segmentos de eficiência que devem imperar
na gestão dos recursos públicos e dos negócios da nação. É fora de dúvida que,
diante do lamentável comodismo obsequioso e extremamente prejudicial aos
interesses nacionais, o caminho natural tem sido o inevitável retrocesso
preconizado pela ex-senadora, com implicação cada vez mais ao rumo do desanimador
patamar do atraso e do subdesenvolvimento. Um dos exemplos irreprocháveis disso
é a carga tributária, cuja eficiência ajuda a arrecadação bater sucessivos recordes,
se tornando uma das mais elevadas do mundo, que sacrifica impiedosamente a
sociedade e muito mais ainda o parque industrial brasileiro, que não consegue
competir com a sua produção com a concorrência internacional. Os resultados
administrativos e econômicos não deixam dúvida de que o retrocesso do governo e
do país é patente, porquanto, se tivesse havido o mínimo de competência
gerencial do Estado, o Produto Interno Bruto não seria tão mirrado e acanhado
como tem sido, em contraposição à grandeza econômica e às potencialidades produtivas
do país, que estão em estágio cada vez mais minguante, em face da inexistência
de visão estratégica por parte das autoridades públicas. A sociedade precisa
perceber, com urgência, que a administração do país, inclusive a execução dos
recursos públicos, encontra-se em dissonância com a persecução do indispensável
desenvolvimento socioeconômico, ante a inconcebível falta de políticas
destinadas a eliminação dos graves gargalos que contribuem fortemente para o
retrocesso e o subdesenvolvimento da nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 31 de outubro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário