sábado, 30 de novembro de 2013

Homenagem ao grande ídolo

O ex-lateral-esquerdo Nilton Santos, conhecido como “Enciclopédia do Futebol” e um dos maiores ídolos da história do Botafogo de Futebol e Regatas, partiu para planos mais altos, deixando enorme saudade, em especial para os torcedores do Glorioso, clube onde ele se firmou como o maior lateral de todos os tempos. A sua passagem pelo clube alvinegro, único defendido por ele como profissional, foi sempre marcada por muitas vitórias e conquistas memoráveis. Ele foi o jogador que mais vestiu a camisa da Estrela Solitária, chegando a atingir a marca de 723 partidas, no interregno de 16 longos anos de clube, tendo conquistado o Campeonato Carioca por quatro vezes (1948, 1957, 1961 e 1962) e o Torneio Rio-São Paulo por duas vezes (1962 e 1964). Com o seu talento e a sua competência futebolística, ele foi destacado partícipe da Seleção Brasileira nos campeonatos mundiais de 1958 e 1962, tendo conquistado, de forma gloriosa, o bicampeonato na Suécia e no Chile, respectivamente. Em 2000, a Fifa lhe outorgou, com o devido mérito, o título de melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, demonstrando o reconhecimento pelo excelente desempenho de quem conhecia com profundidade o setor que sempre dominava com singular desenvoltura, a ponto de os jogadores que atuam na mesma posição, depois dele, se espelharem no seu maravilhoso trabalho que se eterniza como sendo inigualável, mas sempre invejado. Diante do infausto acontecimento, o clube da Estrela Solitária, ao lamentar o ocorrido, prestou homenagem ao grande ídolo, transcrevendo, no seu site, versos do jornalista Armando Nogueira, também botafoguense, já falecido, nestes termos: "Quanta majestade no trato de uma bola! O moço jamais fez um truque com a bola. Só fazia arte. Nilton não era um jogador de futebol, era uma exclamação. Tu em campo parecia tantos /E, no entanto - que encanto - eras um só: Nilton Santos". O amigo Amarildo, outro ídolo do Botafogo, disse que “Nilton Santos foi um dos maiores. O amor que ele tinha pelo Botafogo e pelo esporte nenhum outro demonstrou. Ele dava o sangue pelo clube. Um homem e atleta perfeito.”. Tratava-se, induvidosamente, de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, que procurou desempenhar seu mister com invulgar elegância, acurada técnica e refinado talento no trato com a bola. Ele se destacou principalmente por ter revolucionado, por completo, a maneira defensiva de atuação dos laterais, com a introdução da ousadia dos constantes avanços em direção ao gol adversário. Com Nilton Santos, vai o exemplo de profissional que cumpriu com extremados empenho, dedicação e amor a sua missão no clube que nunca deixou de venerar e de defender com o ardor dos grandes e eternizados atletas, pelo qual sempre mereceu especiais veneração e distinção, em reconhecimento ao seu valor e à sua importância para a história do futebol brasileiro. Todos os profissionais do futebol poderiam se espelhar no majestoso legado deixado por esse grande jogador, símbolo eterno dos laterais de futebol. O Botafogo sempre se orgulhou por ter tido no seu time jogador de caráter e de perfeição modelar como Nilton Santos, por sua marca de fibra, garra e abnegação, tão relevantes que serão lembradas por muitas gerações. As inúmeras homenagens prestadas nesse momento difícil e os penhorados agradecimentos partem, com pleno merecimento, não somente do Glorioso, mas também da Seleção Brasileira, por quem ele honrou com o seu talento e a sua dedicação. Todo carinho ao iluminado Nilton Santos, por sua importante obra construída em benefício da renovação e do enriquecimento das técnicas e dos conceitos do futebol, que passou a ser praticado diferentemente, para melhor, após a sua participação nessa apaixonante modalidade desportiva. Ele será sempre lembrado por sua importante contribuição ao futebol moderno e vitorioso do Brasil. No Olimpo dos deuses do futebol, alguém vai amargar a passagem para a reserva, pois o astro principal acaba ingressar, para brilhar como e para sempre, na posição de lateral-esquerda. Muito obrigado, mestre Nilton Santos, por ter pertencido ao sempre amado Botafogo de Futebol e Regatas. 
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 29 de novembro de 2013

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