O presidente da
Venezuela decidiu ordenar a "ocupação" militar na cadeia de lojas de
produtos eletrônicos do país, como forma ofensiva contra o que o governo
socialista considera ser manipulação de preços lesando a economia da nação. Ele
justificou seu ato, afirmando: "Eu
ordenei a ocupação imediata desta rede de lojas para oferecer seus produtos a
preços justos. Não deixe nada sobrar no estoque... Vamos vasculhar toda a nação
na próxima semana. Esse roubo ao povo tem de parar". Por sua
determinação, foram presos cinco gerentes das lojas. A justificativa para a
intervenção das lojas, segundo o governo, foi devido à necessidade de combater
a “guerra econômica”, que teria sido
organizada pela oposição e por setor privado, com supostos vínculos com grupos
de extrema-direita dos Estados Unidos da América e da Colômbia. Em consequência
da intervenção do governo, centenas de venezuelanos ocorreram às compras de
eletrodomésticos, que, por determinação oficial, tiveram redução de até 50% nos
preços dos produtos, antes considerados majorados de forma irregular. Os
analistas afirmam que a inflação galopante do país, que já chegou à taxa anual
é de 54%, a maior desde o início do governo Bolivariano, em 1999, acontece em
virtude da má gestão econômica e dos fracassados planos políticos socialistas,
em que pese o governo insistir em atribuir a culpa pela degeneração da economia
aos empresários, que são considerados gananciosos e inescrupulosos. Não há
dúvida de que os atos de intervenção do governo venezuelano são o começo do fim
do livre comércio e das atividades empresariais, que estão agora sob a
vergonhosa lupa do Estado, mediante o controle dos preços em nome da soberania
da nação. Trata-se da indecente imposição do abuso da autoridade e da vexatória
vitória da incompetência de administrar a nação, que emprega a força irracional
para mostrar autoridade. A sensação que se tem é de que a intervenção do Estado
na economia poderá ser extremamente trágica para o país, porque o capital
estrangeiro, em especial, tenderá a se afastar dos negócios na Venezuela,
contribuindo para que esse país fique cada vez mais isolado do resto do mundo
econômico, a exemplo maléfico do seu país coirmão, a ilha comunista que se
encontra atolada na lama do subdesenvolvimento. A Venezuela está condenada a se
tornar, em passos gigantes e rápidos, uma dizimada Cuba, à vista das medidas
ditatoriais que estão sendo adotadas pelo desgoverno, que prende e arrebenta
para justificar a estabilização dos preços, que sobem por influência natural da
inflação. O governo venezuelano comete tremenda loucura em tratar o empresariado
como verdadeiro inimigo da nação, quando ele devia se conscientizar que os
preços sobem em razão da desastrosa e descontrolada política econômica, que
tende a elevar os preços com a conjuminância da incontrolável inflação, que
dificulta a reposição de produtos no mercado com os preços estabilizados. Enquanto
o povo venezuelano é obrigado a substituir o papel higiênico por outros meios,
a inflação anda aos galopes, o comércio raciona produtos de primeira
necessidade e o governo atribui a sua incompetência aos golpistas da oposição -
velha e surrada fórmula dos malandros socialistas -, a cúpula socialista não
sente os efeitos das dificuldades pelas quais o povo é obrigado a enfrentar. Enquanto
a sociedade passa aperto com a economia em frangalho, a Venezuela se orgulha de
ter organizado uma das mais bem equipadas Forças Armadas da América do Sul,
deixando o Brasil na rabeira do preparo militar. Com certeza, tem militante
socialista no Brasil que está tendo volúpia de alegria, para não dizer outra
coisa, ao verificar que a Venezuela vem sendo administrada por meio da
verdadeira competência socialista, mantendo sob seu controle, com mão de ferro,
as comunicações, a imprensa, o comércio, a indústria, os bancos etc., enfim, a
liberdade de expressão e o poder econômico, pelo argumento simplista de existir
no país forte movimento de sabotagem por parte da oposição contra os interesses
nacionais, maquinando contra a “eficiência” do governo, que sequer consegue
controlar a inflação, que já ultrapassa dos 50% ao ano. É de se lamentar que o
bravo povo bolivariano tenha escolhido mais um tirano para representá-lo e de
se augurar que as nações civilizadas e conscientes da sua responsabilidade com
o futuro do seu povo, que tem direito ao usufruto do progresso, da liberdade de
expressão e do pleno respeito aos princípios democráticos, evitem se espelhar
na forma equivocada do socialismo que destrói rapidinho qualquer estrutura de país.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 10 de novembro de 2013
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