Encontra-se circulando pela internet denúncia sobre livro
didático adotado pelo Ministério da Educação, destinado a alunos de 1º e 2º
anos do Ensino Primário, intitulado “Aparelho Sexual
& Cia, Um guia inusitado para crianças descoladas”,
escrito por autora francesa e
editado no Brasil, desde 2007.
Com a aludida denúncia, há levantamento de assinaturas para
formulação de abaixo-assinado, com vistas à retirada de circulação desse
famigerado livro das redes de ensino do país.
A matéria esclarece que as crianças estão completamente indefesas
nas próprias escolas, de vez que se trata de livro com exemplos agressivos que estão
invadindo as salas de aula com o propósito de estimular crianças a partir de 9
e 10 anos a fazerem sexo.
Causa perplexidade que censurável livro tem a sugestão do
Ministério da Educação para ensinamento de seu conteúdo nas redes pública e
privada de ensino.
Segundo a denúncia, o livro ensina várias técnicas ousadas de
sexualidade, inclusive de como se usa o preservativo pelo menino, além de terem
a função de interação com as crianças, conforme o modelo mostrado na matéria.
A denúncia informa que os entendimentos da autora e de quem
publica obra é de que “criança descolada”
é aquela “que está pronta para fazer sexo”.
Por meio de diversas figuras, o livro ensina às crianças a
transarem, mostrando, entre muitos detalhes, pasmem, posições sexuais, explicação
sobre o orgasmo e o que se pode sentir com a prática sexual.
Em determinada página, há indicação de como as crianças podem
ser estimuladas com a colocação do dedo num buraco feito no livro, onde se pode
simular uma situação efetiva de relação sexual.
A resenha da obra informa que o livro explica as
questões relacionadas com as dificuldades dos adolescentes, quanto ao amor, ao
sexo e às questões que esses temas despertam: “como é estar apaixonado? Como
se beija na boca? Por que crescem pelos e espinhas pelo corpo durante a
puberdade? O que é masturbação? Como nascem os bebês. Essas e muitas outras
questões intrigantes são explicadas neste guia, com bastante humor, mas também
com sólida base pedagógica, rigor científico e delicadeza.”.
Segundo a denúncia, o livro tem o apoio de nada
menos do que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, Projeto BRA 95/014, Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO e Fundo Nacional
do Desenvolvimento da Educação – FNDE, que são organismos de suprema
responsabilidade com a educação e o ensino de qualidade, fato esse que
evidencia clara irresponsabilidade quanto ao zelo pela formação cultural de
crianças, que devem ser orientadas adequadamente com matérias compatíveis com a
sua idade e seus anseios de intelectualidade, sem a precipitação da introdução
de ensino sobre sexualidade em fase tão precoce e prejudicial à sua formação
moral e psicológica.
É
muito provável que nem nas republiquetas essa forma de deseducação ainda não
tenha chegado, como forma de despertar tão precocemente a curiosidade juvenil
sobre sexo.
É
nítida a demonstração da falta de inteligência e de criatividade, em completa
desarmonia com os princípios de civilidade e razoabilidade, somente compatíveis
com países subdesenvolvidos e distanciados das conquistas alcançadas pela
humanidade, por permitirem ensinamento tão estranho à realidade cultural do
país.
Isso
só evidencia o quanto o Brasil é realmente a "Pátria Deseducadora",
visto que as autoridades (ir)responsáveis pela educação demonstram absoluto
desprezo pela qualidade e a eficiência do ensino, justamente porque os
questionados livros se destinam, ao contrário do praticado, à formação de
crianças que precisam de instruções saudáveis e construtivas, compatíveis com a
sua idade.
Protesta-se, sobretudo, pelo fato de os pais das crianças que estão sendo educadas com o auxílio desse ridículo livro não tenham ainda se conscientizado sobre a recusa dos ensinamentos pertinentes, haja vista que não se exige maiores conhecimentos para se verificar os malefícios do seu conteúdo à formação moral e psicológica das crianças.
Compete
à sociedade se conscientizar de que não tem o menor cabimento que os recursos
provenientes de seus tributos não devem nem podem ser empregados em projetos
absurdos e fora da realidade cultural brasileira e exigir que os governantes e
autoridades incumbidas da educação e do ensino públicos tenham sensibilidade e
responsabilidade cívicas e morais, no sentido de que somente permitam e aprovem
livros e materiais didáticos compatíveis com a formação moral, civilizada,
séria e construtiva dos alunos brasileiros.
Com absoluta certeza, as crianças brasileiras de 9 e 10 anos de idade ainda não estão preparadas para serem educadas com métodos tão "avançados", à vista da tradicional cultura nacional, que difere bastante daquela já atingida, principalmente, na Europa ou nos países cujo desenvolvimento ainda não alcançou o país tupiniquim e isso é motivo mais do que suficiente para que as autoridades que cuidam da educação juvenil se conscientizem, com a devida urgência, sobre essa indiscutível realidade, para que não haja sérios prejuízos de aprendizagem das crianças a partir daquelas faixas etárias.
Concita-se
à sociedade se encorajar no sentido de repudiar, com extremo sentimento de
indignação, a péssima e irresponsável iniciativa de quem teve a indignidade de
aprovar e autorizar a disseminação de matéria de tão baixo teor educativo e de
qualidade indiscutivelmente questionável, que merecem acalorada desaprovação,
por todos os meios disponíveis. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 09 de abril de 2015
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