quarta-feira, 8 de abril de 2015

Comprovação de incivilidade

       Encontra-se circulando pela internet denúncia sobre livro didático adotado pelo Ministério da Educação, destinado a alunos de 1º e 2º anos do Ensino Primário, intitulado “Aparelho Sexual & Cia, Um guia inusitado para crianças descoladas”, escrito por autora francesa e editado no Brasil, desde 2007.
Com a aludida denúncia, há levantamento de assinaturas para formulação de abaixo-assinado, com vistas à retirada de circulação desse famigerado livro das redes de ensino do país.
A matéria esclarece que as crianças estão completamente indefesas nas próprias escolas, de vez que se trata de livro com exemplos agressivos que estão invadindo as salas de aula com o propósito de estimular crianças a partir de 9 e 10 anos a fazerem sexo.
Causa perplexidade que censurável livro tem a sugestão do Ministério da Educação para ensinamento de seu conteúdo nas redes pública e privada de ensino.
Segundo a denúncia, o livro ensina várias técnicas ousadas de sexualidade, inclusive de como se usa o preservativo pelo menino, além de terem a função de interação com as crianças, conforme o modelo mostrado na matéria.
A denúncia informa que os entendimentos da autora e de quem publica obra é de que “criança descolada” é aquela “que está pronta para fazer sexo”.
Por meio de diversas figuras, o livro ensina às crianças a transarem, mostrando, entre muitos detalhes, pasmem, posições sexuais, explicação sobre o orgasmo e o que se pode sentir com a prática sexual.
Em determinada página, há indicação de como as crianças podem ser estimuladas com a colocação do dedo num buraco feito no livro, onde se pode simular uma situação efetiva de relação sexual.
A resenha da obra informa que o livro explica as questões relacionadas com as dificuldades dos adolescentes, quanto ao amor, ao sexo e às questões que esses temas despertam: “como é estar apaixonado? Como se beija na boca? Por que crescem pelos e espinhas pelo corpo durante a puberdade? O que é masturbação? Como nascem os bebês. Essas e muitas outras questões intrigantes são explicadas neste guia, com bastante humor, mas também com sólida base pedagógica, rigor científico e delicadeza.”.
Segundo a denúncia, o livro tem o apoio de nada menos do que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, Projeto BRA 95/014, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO e Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE, que são organismos de suprema responsabilidade com a educação e o ensino de qualidade, fato esse que evidencia clara irresponsabilidade quanto ao zelo pela formação cultural de crianças, que devem ser orientadas adequadamente com matérias compatíveis com a sua idade e seus anseios de intelectualidade, sem a precipitação da introdução de ensino sobre sexualidade em fase tão precoce e prejudicial à sua formação moral e psicológica.
É muito provável que nem nas republiquetas essa forma de deseducação ainda não tenha chegado, como forma de despertar tão precocemente a curiosidade juvenil sobre sexo.
É nítida a demonstração da falta de inteligência e de criatividade, em completa desarmonia com os princípios de civilidade e razoabilidade, somente compatíveis com países subdesenvolvidos e distanciados das conquistas alcançadas pela humanidade, por permitirem ensinamento tão estranho à realidade cultural do país.
Isso só evidencia o quanto o Brasil é realmente a "Pátria Deseducadora", visto que as autoridades (ir)responsáveis pela educação demonstram absoluto desprezo pela qualidade e a eficiência do ensino, justamente porque os questionados livros se destinam, ao contrário do praticado, à formação de crianças que precisam de instruções saudáveis e construtivas, compatíveis com a sua idade.
 
Protesta-se, sobretudo, pelo fato de os pais das crianças que estão sendo educadas com o auxílio desse ridículo livro não tenham ainda se conscientizado sobre a recusa dos ensinamentos pertinentes, haja vista que não se exige maiores conhecimentos para se verificar os malefícios do seu conteúdo à formação moral e psicológica das crianças.
Compete à sociedade se conscientizar de que não tem o menor cabimento que os recursos provenientes de seus tributos não devem nem podem ser empregados em projetos absurdos e fora da realidade cultural brasileira e exigir que os governantes e autoridades incumbidas da educação e do ensino públicos tenham sensibilidade e responsabilidade cívicas e morais, no sentido de que somente permitam e aprovem livros e materiais didáticos compatíveis com a formação moral, civilizada, séria e construtiva dos alunos brasileiros.
 
          Com absoluta certeza, as crianças brasileiras de 9 e 10 anos de idade ainda não estão preparadas para serem educadas com métodos tão "avançados", à vista da tradicional cultura nacional, que difere bastante daquela já atingida, principalmente, na Europa ou nos países cujo desenvolvimento ainda não alcançou o país tupiniquim e isso é motivo mais do que suficiente para que as autoridades que cuidam da educação juvenil se conscientizem, com a devida urgência, sobre essa indiscutível realidade, para que não haja sérios prejuízos de aprendizagem das crianças a partir daquelas faixas etárias.   
Concita-se à sociedade se encorajar no sentido de repudiar, com extremo sentimento de indignação, a péssima e irresponsável iniciativa de quem teve a indignidade de aprovar e autorizar a disseminação de matéria de tão baixo teor educativo e de qualidade indiscutivelmente questionável, que merecem acalorada desaprovação, por todos os meios disponíveis. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 09 de abril de 2015

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