O PT divulga duas propagandas partidárias no rádio
e na televisão, ressaltando a existência de "ódio" contra ele, que se origina, basicamente, segundo as peças
publicitárias, de o governo petista ter colocado "mais gente importante na cadeia por corrupção do que nos outros
governos".
A sigla alega que “Tem gente que vê motivos para odiar o PT. Afinal, o PT governa para
todos e não apenas para uns poucos. Colocamos negros e pobres nas faculdades,
nos aviões, na posse de seus direitos. Colocamos mais gente importante na
cadeia por corrupção do que nos outros governos. Quem é contra tudo isso acha
que pode nos odiar, mas nós temos motivos de sobra para seguir amando e lutando
pelo Brasil e eles não vão nos impedir”.
Desta feita, as propagandas da legenda, diferentemente
de outras vezes, não exibirão quadros históricos do partido, como o
ex-presidente da República petista nem a presidente da República e muito menos
outros figurões, que já se tornaram praxe como figurinhas carimbadas em casos
que tais.
Em inserção audaciosa e nada modéstia, o partido diz
que ajudou a “reescrever” a história
do Brasil e aproveita para convidar os telespectadores a participar do
congresso nacional a realizar-se este ano pelo partido.
Realmente, assiste razão ao PT sobre a sua ajuda de
ter reescrito a história do país, mas, como ele próprio reconhece, ela tem a
marca do ódio dos brasileiros, que, na sua expressiva maioria, representada por
mais de 60%, gostaria que ela jamais tivesse existido, ante a patenteada linhagem
negativa dos escândalos protagonizados pela legenda, que se dizia ser
verdadeiro poço de ética, mas terminou se envolvendo em profundo lamaçal de
falcatruas e maracutaias, a partir da sua gestão dos recursos dos brasileiros, sobressaindo
os famigerados escândalos do mensalão e do petrolão, irregularidades essas que
envergonham a nação, à exceção do partido do governo, que se vangloria de ter
governado para todos, como se isso não fosse mera obrigação ínsita no princípio
republicano, que exige também dignidade e decência na administração do país.
O mais estranho é que, diante de todos os
escândalos e administrações temerárias e deletérias do patrimônio dos
brasileiros, à vista da quebra da Petrobras e periclitante condução das
políticas econômicas, que levaram o país à recessão, a legenda ainda tem a
insensibilidade de dizer que “Agora é
hora de reescrever nossa história. Participe do 5º Congresso do PT. Vamos para
as ruas discutir novas ideias”, como verdadeiro convite ao sepultamento da
sua inglória gestão, para o fim de serem discutidas novas ideologias, como se o
povo, com sua dignidade ferida e ultrajada pelo desgoverno de incapacidade
administrativa e de reiterados casos de corrupção, ainda tivesse estômago para
suportar mais inverdades e disposição para a continuidade de incertezas.
O
ódio que o PT reconhece que realmente existe por parte da sociedade é indiscutível
realidade, em razão da repulsa dela à inflação, ao aumento abusivo e extorsivo
dos tributos, ao reajuste das contas de energia elétrica e dos combustíveis, à
incompetência administrativa, pela precária prestação dos serviços públicos, à
corrupção, à impunidade e a outras deficiências que contribuem para a
consolidação do desgoverno da nação.
É
verdade que há importantes corruptos presos, mas alguns foram nomeados pelo
governo do PT ou e outros integram empresas contratadas pela Petrobras, que participavam
da mesma quadrilha composta por partidos da base de sustentação do governo, com
o único detalhe que eles não foram presos pelo PT, mas sim por sentença da
Justiça, os quais jamais seriam trancafiados a mando desse partido, que teve a
insensatez de qualificou de heróis os criminosos condenados no processo do
mensalão.
Com
a sua soberba atitude de grandeza, o partido continua se achando que inventou o
mundo e, apesar dos pesares, ele demonstra que não há o menor motivo para que a
legenda seja odiada, como se os brasileiros tivessem o instinto de Amélia, que
era mulher de verdade e não reclamava de nada, a exemplo do que devem ser os
brasileiros, que não devem ter motivo para reclamar de absolutamente nada,
devendo achar bonito faltar competência e eficiência na administração do país,
com a economia se esvaindo aos frangalhos, em franco processo de recessão, além
da fragilidade da moralidade e dos bons princípios na gestão do patrimônio dos
brasileiros.
Segundo
importante ativista petista, que não tem cara de pobre, deixou bastante
explícito seu ódio contra a burguesia, classe que o partido classifica todos
aqueles que não concordam com a sua ideologia socialista, ou seja, o PT procura
sempre dividir os brasileiros, promovendo o ódio de diversas formas, como: racial
(negros contra brancos), classe (pobres contra ricos), gênero (gays contra
héteros), origem (nordestinos contra sulistas), como, no caso, se ser rico fosse
crime ou algo desprezível num país capitalista, que tem como princípio a
produção e o lucro, justamente para manter o emprego, a renda, e sustentar a
pesada e ineficiente máquina pública, que somente é competente para arrecadar
tributos, além da capacidade contributiva da sociedade.
Não se pode negar que o PT, antes de assumir o
poder, se dizia ser o partido mais ético da face da terra, mas, tão logo passou
a comandar o país, se uniu aos piores políticos, aqueles que ele proclamava como
ladrões, desonestos, corruptos, picaretas e outros adjetivos pejorativos, tendo
por finalidade a consolidação de coalizões espúrias e inescrupulosas,
notadamente com a instituição do fisiologismo na administração pública, com o
loteamento de órgãos públicos entre os aliados, em troca de apoio político,
para possibilitar a continuidade no poder.
Na verdade, o PT não é odiado simplesmente por ter
colocado negros e pobres nas faculdades, nos aviões, na posse de seus direitos,
e mais gente importante na cadeia por corrupção do que nos outros governos,
mas, sobretudo, por ter conseguido institucionalizar, no seu governo, não
somente a marca da incompetência, a exemplo da precariedade da prestação de
serviços públicos e da condução das políticas econômicas, mas também a
corrupção na administração pública, sem que a legenda tenha sequer punido ou
afastado do cargo o seu atual tesoureiro, que responde a inquérito na Justiça
Federal, por ter sido acusado de participação nas propinas com dinheiro sujo
desviado da Petrobras. Também tem sido no governo do PT que o país se encontra totalmente
atolado em grave crise político e econômica.
O ódio ao PT é realmente com justo merecimento pelo
conjunto da sua obra nefasta e maléfica aos interesses da sociedade e da nação,
ante a comprovação de incompetência administrativa, à vista da precariedade da
condução das políticas públicas, em especial na execução das ações econômicas,
onde o desempenho do Produto Interno Bruto é terrivelmente sofrível, a ponto de
o país se encontrar em pleno processo de recessão, e na prestação dos serviços
públicos, com notável deficiência na saúde, na educação, na segurança pública,
nos transportes etc.
O pouco que o PT diz ter feito para os negros e os
pobres não passa de obrigação de quem governa com recursos públicos e não
existe mérito algum nisso, porque o direcionamento de benefício exclusivo para
negros e pobres também representa nítida discriminação contra brancos e pobres,
em clara agressão ao consagrado princípio constitucional da igualdade entre os
brasileiros, que são agredidos com atos de puro racismo, nesse caso, contra as
demais etnias, em razão da distinção entre negro e as demais raças, que são
prejudicadas de forma absolutamente injustificada e inconstitucional, por não
terem os mesmos direitos concedidos aos negros.
Ao contrário da conclusão do PT, o povo não tem ódio
ao partido em si, mas às suas práticas deletérias de corrupção e de destruição
do patrimônio nacional, principalmente no que diz respeito aos lastimáveis
episódios de dilapidação do patrimônio da Petrobras, tendo à frente pessoas
ligadas ao PT, PMDB e PP, conforme denúncias de delatores que se encontram
presos.
O ódio ao PT parece se encaixar numa conduta
reflexiva natural, normal e justa ao partido que conseguiu agregar somente numa
única legenda uma série de atos e fatos prejudiciais ao interesse da sociedade e
do país, à vista dos acontecimentos pululantes na mídia e nos meios de
comunicação.
Nunca
na história republicana, uma frase célebre, pronunciada pelo famoso
ex-presidente Abraham Lincoln, se encaixa com absoluta perfeição ao melancólico
caso do partido do governo, a qual estabelece, ipsis litteris: “Pode-se
enganar a todos por algum tempo; podem-se enganar alguns por todo o tempo; mas
não se pode enganar a todos todo o tempo.”. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 09 de abril de 2015
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