Conforme matéria que circula na internet, o
prefeito e os vereadores de Londres, Inglaterra, na qualidade de autoridade pública,
fazem jus ao transporte proporcionado pelos cofres públicos, porém de forma bem civilizada e razoável.
Segundo o texto, eles recebem da administração da
cidade, quando assumem os cargos públicos eletivos, pasmem, um tíquete
equivalente ao vale-transporte, com validade anual e direito à passagem em
ônibus, trens ou metrô, sem a menor chance para a extravagância da
exclusividade de carro oficial e motorista particular, como ocorre ainda nas
republiquetas ou nos países cujos políticos se consideram o proprietário do
patrimônio do Estado, com direito ao esbanjamento de recursos públicos, a seu
bel-prazer, apesar das gritantes carências de toda ordem dos serviços públicos para a população.
A matéria diz ainda que o prefeito londrino usa,
com frequência, nos dias de expediente, a bicicleta como meio de transporte
para se dirigir ao trabalho, hábito extremamente salutar física e
economicamente, fato que representa belo exemplo de austeridade, simplicidade e
dignificação do servidor público.
Em casos excepcionais, devidamente comprovados,
aquelas autoridades podem fazer uso de taxi, cujo reembolso das despesas é
feito sob rigorosa fiscalização, principalmente quanto à imperiosa necessidade
da comprovação de que não existe outra opção de transporte mais barata. Ressalta-se
que as prestações de contas são ostensivas e a população pode acessá-las
normalmente pela internet.
Essas informações servem para confirmar que o fato
em si significa a maior prova da indignidade dos políticos do resto do mundo, principalmente
das republiquetas, que não abrem mão das regalias propiciadas pelos bestas dos
contribuintes, que os elegem como seus lídimos representantes, mas as suas
práticas político-administrativas não condizem nem um pouco com a realidade de
carência da nação, por não demonstrarem a menor preocupação em servir de
exemplo de dignidade em relação ao emprego das verbas públicas, à vista do
abusivo uso de veículos oficiais, que obrigam gastos substanciais com eles, em
combustíveis, manutenção, pessoal etc.
Saindo do mundo evoluído política e
democraticamente, convém se deparar com o quadro de degradação e da indignidade
ainda existente nas terras brasis, a exemplo da cidade de São Paulo, onde os
veículos usados pela Câmara Municipal são alugados ao gasto anual do valor aproximado
de R$ 1,78 milhão, para o conforto de 55 vereadores, enquanto a Prefeitura de
São Paulo tem gasto mensal da cifra de R$ 3,1 milhões com veículos oficiais. Na
mesma cidade, a Assembleia Legislativa gasta a quantia de R$ 223 mil mensais
com os veículos oficiais, para o atendimento de 92 deputados.
Enquanto a farra dos veículos oficiais não tem
limite na capital paulista, a Câmara dos Deputados, na capital do Brasil, gasta,
por ano, o valor de R$ 6.334 milhões com os veículos oficiais e mais R$ 583 mil
com a manutenção dos automóveis destinados aos 513 deputados.
Esses elementos são muito importantes para a
população brasileira se conscientizar sobre a indiscutível vida de príncipe
levada pelos políticos tupiniquins, que não têm o menor pudor em se esbaldar
com os ilimitados privilégios, regalias, mordomias e muitas outras benesses
completamente injustificáveis e incompatíveis com a realidade de penúria do
país, que tem visível carência de recursos para investimentos em obras
indispensáveis à melhoria das condições de vida do povo que vive em extrema
pobreza e sob a falta de investimentos em obras públicas.
Não obstante, os homens públicos, os representantes
do povo, cada vez mais conseguem ampliar seus tentáculos sobre vantagens jamais
imagináveis nos países civilizados e conscientizados sobre a verdadeira
importância da missão, repita-se, dos representantes do povo, que se restringe
à nobre função de prestar serviços públicos à população, com embargo dos
recrimináveis privilégios normalmente instituídos pelos próprios beneficiários.
Convém que a sociedade se desperte
da terrível letargia que permite exagerado e abusivo uso dos recursos públicos
para a satisfação de interesses da casta política dominante, de maneira
incontestavelmente injustificável, à vista dos saudáveis exemplos vindos de
países evoluídos e desenvolvidos social, político, econômico e democraticamente,
onde os políticos demonstram nobreza e dignidade em defesa da austeridade com
os dinheiros dos contribuintes, evitando os indecentes privilégios, mordomias,
regalias e demais vantagens que não condizem com os princípios ínsitos da boa
conduta que deve imperar na vida pública. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de abril de 2015
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