segunda-feira, 15 de junho de 2015

À procura de oportunidade...

Com base em resposta de uma funcionária de livraria sobre pedido de colocação dos meus livros à venda, eu fiz a análise que se segue.
Eu disse a ela que teria ficado agradecido pela resposta à minha solicitação, porque ela não podia imaginar o quanto é difícil tratar diretamente com as distribuidoras e principalmente com as livrarias para a aceitação de vendê-los.  
Apresentei a ela minhas desculpas, pela sinceridade quando discorro sobre os contatos com livrarias e distribuidoras, tendo ficado literalmente desiludido na última distribuidora que visitei, apesar de ter sido muito bem recebido pela proprietária.
Ela foi bastante gentil, ao recepcionar-me, por explicar detalhes do funcionamento da sua empresa e mostrar os mínimos detalhes sobre todo sistema e as atividades da distribuidora, que tem enorme dimensão e exige muita dedicação, experiência e eficiência.
Não obstante, ao final, a empresária disse que não tinha condições de distribuir meus livros, por já estar se esforçando para dá conta do atual encargo, e, para minha surpresa, a bondosa senhora recomendou-me que eu abrisse a minha distribuidora e ensinou-me os caminhos de como abrir a empresa para tal serviço (embora eu tenha formação em contabilidade), compreendendo o registro na Junta Comercial, a montagem do escritório, contratação de secretária, instalação de telefone, fax, equipamentos etc.
Quanto aos contatos com livrarias, confesso que também fiquei igualmente decepcionado e desiludido, porque quase nenhuma livraria trabalha com autor independente, que é o meu caso, mas uma livraria me deu oportunidade de ficar com meus livros – um cada volume - e, dois meses depois, a secretária pediu-me que eu fosse buscá-los.
Tão logo cheguei lá, ela imediatamente subiu numa escada, para pegar os livros que se encontravam na última prateleira, onde alguém jamais iria enxergar o título da obra e muito menos o seu conteúdo.
Tudo isso é só para mostrar o tamanho das dificuldades deparadas por autor independente, que não encontra ninguém muito interessado em valorizar o trabalho literário que é feito com dedicação e esmero, pois ele somente será difundido se houver interesse pelo mercado livreiro, em que pese se saber que a sua matéria prima se origina dos escritores, independentes ou não.
Por certo, minhas crônicas falam de fatos que interessam muito à sociedade e por isso mesmo há de haver público leitor para elas, visto que o seu conteúdo literário tenta expressar com objetividade e clareza sobre tema de pura brasilidade, numa linguagem extremamente popular, que todos vão entender o meu diálogo em português ao alcance natural do povão.
Na ocasião, ainda perguntei à funcionária se ela tinha tido a oportunidade de acessar a minha página na internet e ler qualquer artigo, porque eu gostaria que ela lesse meu último artigo então publicado, sob o título "Profunda consternação?", com o intuito de mostrar a ela a minha maneira bem peculiar de escrever, que se encaixa na forma como muita gente gostaria de discorrer.
Finalizando, eu disse a ela que deixo meus livros na livraria onde ela trabalha pelo preço simbólico, que não cobre nem o custo de publicação, quanto mais o custo da elaboração do seu conteúdo, que tem valor imensurável para mim, pelo gosto que tenho de exprimir minhas ideias, que certamente são as de muitos brasileiros.
Diante desse esforço, eu disse a ela que seria importante o conhecimento do meu trabalho, como forma de possibilitar melhor avaliação sobre ele e, para tanto, tenho o maior prazer em mostrar meus livros, na época, no total de doze publicados, que foram acrescidos de mais dois, totalizando quatorze, agora.
Na ocasião, eu disse que concordo em fazer o cadastro sugerido por ela, comprometendo-me a atender às condições comerciais exigidas, evidentemente se elas estiverem à minha altura, porque não sei quais são, tendo em vista que não estou preocupado na absorção do valor do percentual exigido pelo mercado, porque o meu objetivo é exclusivamente disseminar o meu trabalho literário.
Na resposta em comento, ela teria insinuado me recomendar para algumas distribuidoras, evidentemente sob o peso da indicação e do encaminhamento feitos por ela, mesmo porque as empresas por onde passei sempre tinham a fórmula de justificativa pronta, com dizeres muito próximos um do outro, mais ou menos, assim: "já estamos com a capacidade de trabalho esgotada e atendendo somente às editoras com quem já temos contrato.".
Depois de já ter escrito, neste artigo, o bastante para mostrar a difícil situação de autor independente, para colocar seus livros à venda, apelei no sentido de que meu trabalho literário possa ser apresentado ao público diferente das bibliotecas públicas, dos atletas do Eixão Norte e das prateleiras das paradas de ônibus da W-3 Norte, onde deposito, periodicamente, dezenas de livros, com vistas à sua avaliação literária e temática.
Agradeci a especial atenção dela, por ter respondido o meu contato, tendo ficado na expectativa de resposta alvissareira, mas até o momento continuo na espera...
  
          ANTONIO ADALMIR FERNANDES
                  
           Brasília, em 15 de junho 2015               

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