segunda-feira, 1 de junho de 2015

Visível perda de credibilidade

O descontentamento é o primeiro passo para a evolução de um homem ou de uma nação”. Oscar Wilde
 
No momento, os especialistas em política e administração pública comentam que a crise causada pelos escândalos na administração do país pode contribuir para acabar a era de pujança do PT, que será transformado em um partido sem expressão, principalmente devido à perda da credibilidade, por ter conseguido levar a nação ao fundo do poço, se é que ele existe, ante a enorme extensão das dificuldades que parecem não ter fim.          
O certo é que o PT jamais irá acabar, mas ele foi capaz de liquidar o país e o futuro e as esperanças de muitos sensatos brasileiros, que há muito tempo foram para o espaço sideral, graças às desastradas políticas públicas adotadas pelo governo e os casos de irregularidades com recursos públicos, a exemplo do petrolão, cujas fraudes causaram gigantesco abalo nas estruturas da empresa do porte e da robusteza da Petrobras, que foi catapultada da 30ª posição do ranking das maiores empresas do mundo para, pasmem, 406ª, além de a estatal se tornar, em curto prazo, a maior devedora do mundo, ou seja, a administração petista conseguiu realizar, ao contrário, fantástica quebra da empresa petrolífera que até pouco tempo atrás era modelo e referência de eficiência operacional e de desempenho econômico-financeiro. 
A crise que envolve o PT repercute diretamente nos interesses do Brasil e faz lembrar o que parece de todo acertado o vaticínio do último presidente do regime militar, que teria profetizado, in verbis: “Vocês querem, então vou reconhecer esse sindicato como Partido (PT). Mas não esqueçam que se um dia esse partido chegar ao poder e lá estando, tudo fará para instituir o comunismo. Nesse dia, vocês vão querer tirá-los de lá. E para tirá-los de lá, será a custa de muito sangue brasileiro”, ou seja, à toda evidência, o partido vem conduzindo o Brasil para destinos incertos e perigosos, causando monstruoso prejuízo ao patrimônio dos brasileiros, mas tudo indica que é absolutamente impossível afastá-lo do poder, salvo se forem adotadas medidas drásticas, com riscos à integridade dos brasileiros.  
O certo é que o PT, depois que assumiu o poder, não procede nos limites constitucionais e legais previstos para a existência de partido político, visto que ele se revestiu, indiscutivelmente, como sendo a pátria propriamente, cujos procedimentos são identificados como se o patrimônio do país lhe pertencesse, à vista da sua pretensão de absoluto domínio sobre tudo e todos e da sua prepotência de ter descoberto o Brasil e o transformado em potência social, econômica, política e democrática, embora os fatos mostrem verdadeiro fiasco, quando todos os indicadores apontam para o debacle da economia, da prestação dos serviços públicos, das atividades políticas, dos princípios ético e moral, entre tantas deficiências que somente atestam as extremas maldade e crueldade que os brasileiros estão sendo presenteados pelo partido, que não tem a humildade de reconhecer suas incapacidades reveladas nos resultados da administração do país.
Como ironia do destino, atualmente, o PT é o partido que está se posicionando radicalmente contra os trabalhadores, adotando medidas impopulares, pertinentes à retirada de direitos trabalhistas, conforme os ajustes fiscal e econômico que estão em curso de aprovação, foram inventados para corrigir as desastradas políticas de governo e levaram ao descontrole das contas públicas, cuja fatura das homéricas trapalhadas de gestão estão sendo apresentadas aos incautos trabalhadores, que, enfim, acreditaram no partido e no governo de partido com o nome de trabalhadores.
Não há a menor dúvida de que o PT passa por terrível crise institucional, diante do seu envolvimento nos maiores escândalos da história republicana, que se tornaram inevitavelmente ostensivos, diante das investigações e do julgamento das irregularidades com dinheiros públicos, com a participação de integrantes do partido, inclusive da sua cúpula, a exemplo do repugnável mensalão, que foram condenados à prisão, mas, de forma inexplicável, eles se tornaram heróis, como tal sempre aplaudidos pelos correligionários, naturalmente pelo fato de o produto da corrupção ter contribuído para o governo comprar a consciência de parlamentares, para a aprovação de projetos de interesse do Planalto.
Outro clamoroso caso contribuiu decisivamente para complicar a existência do partido, uma vez que a sua gravidade seria mais do que suficiente para imediata extinção, caso os fatos danosos tivessem acontecidos num país sério e de povo com o mínimo de consciência sobre o que significa dignidade, honestidade, ética, moralidade e, sobretudo, o verdadeiro valor sobre o zelo pelo patrimônio dos cidadãos.
Na verdade, os fatos falam por si sós, a exemplo das supracitadas precariedades e deficiências à saciedade, que se associam a tantas outras, como os juros superando os 13% ao ano, com substancial reflexo nas dívidas públicas, a inflação fugindo das rédeas do controle, os indicadores econômicos e sociais mostrando os piores resultados, a exemplo do Índice de Desenvolvimento Humano, apurado pela ONU, indicando que o bem-estar dos brasileiros, em relação aos países avaliados, ficou acima da 80% posição, embora, em termos econômicos, o país seja a 6º ou a 7º economia mundial; na educação de crianças, o país se situa além dos 170 países, ficando ao lado da Zimbábue, todos muito perto do último, que figura em 186º; em todo Brasil, somente 13% das escolas públicas têm ensino de qualidade e o restante nem se classifica como unidade de ensino, entre tantas mazelas que envergonham o povo brasileiro, pela péssima qualidade dos serviços públicos prestados, em que pese se tratar de nação onde se exige a arrecadação das mais pesadas cargas tributárias do mundo.
É inadmissível que, em pleno século XXI, os brasileiros permitam passivamente que partido que protagoniza gravíssimas irregularidades com verbas públicas ainda possa ter seu registro com validade, quando o mínimo que poderia acontecer, à luz dos princípios da legalidade e da moralidade, seria a sua imediata extinção, haja vista que os fatos são incontestáveis, diante da sua materialização devida e legalmente comprovada, não deixando a menor dúvida quanto aos malefícios e prejuízos ao interesse nacional.
Nos países sérios e desenvolvidos social, político, econômico e democraticamente, com certeza, esse partido já teria sido eliminado há muito tempo das atividades políticas e muitos de seus integrantes teriam sido condenados ao ressarcimento dos danos causados ao erário, além de serem presos e afastados das práticas políticas por longo tempo, como forma pedagógica e preventiva para se evitar que casos desastrosos e trágicos contra os interesses nacionais, em especial como os representados pelo mensalão e petrolão, nunca mais aconteçam, evidentemente para o bem dos brasileiros e do país. Acorda, Brasil!
                            
          ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 1º de junho de 2015

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