terça-feira, 20 de novembro de 2018

Fim aos privilégios do Mais Médicos


Com a decisão de Cuba de deixar o programa Mais Médicos, sob a alegação de declarações “ameaçadoras” do presidente eleito, pelo menos 196 médicos regressaram àquele país, no último dia 15, menos de 24 horas depois do anúncio oficial.
Um cubano, que trabalhava em Manaíra, na Paraíba, declarou que "Ratificamos a decisão de não seguir participando do programa Mais Médicos, no Brasil, devido às manifestações servis deste lacaio do império, o novo presidente eleito do Brasil, que não tem conhecimento nem preparo para ser presidente desse país e que não se interessa pela saúde do povo brasileiro. Nós entregamos o melhor".
Os profissionais cubanos foram recepcionados, no aeroporto de Havana, pela vice-ministra de Saúde Pública de Cuba, que afirmou: "Durante esses cinco anos, vi eles partirem, se prepararem, compartilhei com eles a preparação para o idioma, para a geografia do Brasil, para as condições da saúde. Não continuamos no programa Mais Médicos, mas acho importante reconhecer a maneira com que o povo brasileiro sempre tratou a nossos médicos".
Segundo informações do jornal O Globo, quando do anúncio da saída do Mais Médicos, participavam do programa 8.332 profissionais cubanos, conquanto o Ministério de Saúde já cuida da substituição deles, posto que já providenciou a publicação do edital pertinente, para o preenchimento das vagas abertas pela saída dos cubanos e que a convocação dos aprovados deverá ocorrer de forma "imediata".
É inacreditável como as pessoas estão se lamentando pela retirada dos profissionais cubanos do Mais Médicos, em princípio criado com exclusividade  para o atendimento da população carente do interior do país, que tanto ressentia da falta de assistência médica.
Pelo menos foi assim a primordial intensão que levou o governo petista a criar o programa e trazer para o Brasil milhares de profissionais cubanos.
Agora, alguns cubanos desembarcam na ilha caribenha, sendo recepcionados ao meio da euforia pelo governo local, embora um dos integrantes dos desembarcados fez severas críticas ao presidente eleito, afirmando, de forma leviana e indevida, até que ele nem tem preparo para comandar o Brasil.
Esse mesmo cubano deve se lamentar horrores o seu regresso ao país de origem, exatamente porque ele trabalhava, pasmem, logo em um dos paraísos da Paraíba, no bairro nobre de Manaíra, em João Pessoa, onde tem uma das praias mais lindas do litoral paraibano e certamente nem se justificaria, a princípio, a presença de médico contratado pelo Mais Médicos nessa localidade, diante da inexistência de pobres e necessitados de assistência de profissional desse programa, que deve cuidar com a exclusividade prevista na  finalidade para a qual ele foi instituído, qual seja, das pessoas realmente carentes de cuidados médicos.
Essa absurda constatação só demonstra total dissonância com os objetivos que levaram o governo a decidir pela instituição do Mais Médicos, cujo programa se destina, em princípio, ao atendimento da população do interior do país, salvo se houvesse motivação de extrema relevância para justificar a presença de profissional desse programa trabalhando em plena capital do Estado, em bairro povoado pela elite, sem sinal de maior necessidade da atuação do Mais Médicos.
Acredita-se que o novo governo demonstre interesse em acabar com essa inadmissível espécie de benesse, somente contratando médicos e os destinando para o programa, que já se tornou símbolo do atendimento à população mais carente de assistência médica, com a finalidade do efetivo atendimento médico nas regiões situadas no interior do país, onde realmente inexiste esse profissional, acabando de vez com os privilégios incompatíveis com seus objetivos precípuos, de vez que trabalhar na beira-mar é "sacrifício" que nem precisa ser contratado pelo governo, que tem obrigação de compreender exatamente o sentido real do programa, não permitindo que essa forma dissonante de atendimento padrão Mais Médicos jamais possa acontecer, com o comprometimento de recursos públicos.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 20 de novembro de 2018

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